segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Seleção para gestores

Em maio do corrente ano o governador Eduardo Campos por meio de decreto institui o processo seletivo para gestores(as) das Gerências Regionais de Ensino (GREs). A seleção ocorreu através da análise de currículo, do projeto de gestão dos candidatos para as áreas de atuação e entrevista. Inicialmente vista como algo positivo, a seleção veio mostrar-se como algo frustrante, isto porque gestores incompetentes e reprovados no processo seletivo e que realizam práticas condenáveis como por exemplo, desrespeitar à comunidade escolar ao fazer intervenção para as direções de escolas de forma aleatória beneficiando apadrinhados, gestores que destratam os professores quando estes recorrem às GREs em busca de atendimento, permanecem no poder. Ora, para que serviu mesmo a seleção?
Para os que criaram a expectativa de gerências regionais democráticas e humanizadas, resta lamentar.

domingo, 27 de novembro de 2011

BOM EXPLICAR

Li a nota do SINTEPE publicada nos principais jornais do domingo e penso que algumas citações feitas merecem explicações principalmente para os trabalhadores em educação que não estabelecem uma relação de intimidade com o processo eleitoral. A nota diz que a apuração dos votos foi acompanhada por um observador da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), porém, os que estavam presentes na sede do SINTEPE no sábado (19) assistiram ainda no perídodo da tarde bem antes de começar a apuração, o representante da OBA, fazer a leitura de um documento explicando a sua retirada no processo de contagem dos votos.Representantes da chapa 2 também retiraram-se da apuração por compreenderem que, não poderiam respaldar um pleito que desde o início dava sinais de irregularidade uma vez que as cédulas de votação da chapa 1 do Sintepe e da chapa 2 apresentavam redação semelhantes causando confusão no eleitorado que não identificara a chapa de Oposição (2). Procedimento este seguido pelos representantes da capa 3, ficando então apenas reprepresentantes da chapa votoriosa (1) executando a contagem dos votos. O retardar na liberação das urnas para a Região Metropolitana de Recife não garantiu a passagem das mesmas nos três turnos na maioria das escolas da rede,por sinal queixa esta, feita pelos próprios trabalhadores através das redes sociais.
Perante tudo isso fica a pergunta: Onde fica a lisura do processo eleitoral tão alardeado pelo Sintepe?

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Pensamento

"Creio que a maior vitória é não aquela que nos conduz ao poder mas a que, nos faz cada vez mais firmes em direção aos valores da ética sempre objetivando a construção de um novo tempo".
Para Albênia, a luta continua
Geraldo Santos

Trecho da carta que recebi do amigo e companheiro de luta Geraldo Luis Santos.
Obrigada amigo!
Albênia Silva

RESULTADO DAS ELEIÇÕES

Resultados das eleições do SINTEPE.

Número de votantes - 8.696
Votos Válidos - 8.343

Chapa 1 - 5.808 votos (69,61%)
Chapa 2 - 1.896 votos (22,73%)
Chapa 3 - 639 votos (7,66%).

Fonte: Heleno Araújo Filho
PRESIDENTE DO SINTEPE

domingo, 20 de novembro de 2011

Deu na imprensa

DIÁRIO DE PERNAMBUCO- Recife, sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Vida Urbana

SINTEPE
Eleição envolta em denúncias

A eleição para o próximo triênio do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) está envolto em denúncias contra a atual gestão. Integrantes de duas chapas que concorrem no pleito se queixam de atraso na entrega das urnas, violação das máquinas, adulteração de cédulas, intimidação de mesários e representatividade de apenas uma das chapas na comissão eleitoral.
O pleito termina hoje. Ontem, as chapas 2 e 3 protocolaram denúncias no Ministério do Trabalho. Segundo o presidente do Sintepe, Heleno Araújo, as acusações não procedem. “O Ministério do Trabalho e o Ministério Público de Pernambuco acompanham a eleição. As denúncias não tem fundamento”. O sindicato tem atualmente, 28 mil associados. A previsão é que o resultado seja divulgado no sábado.

CÉDULA E CONFUSÃO


















A redação semelhante nas cédulas de votação das chapas 1 e 2 confundiu propositalmente o eleitor , uma vez que não identifica-se a chapa de Oposição. Heleno Araújo presidente do SINTEPE classificou o fato como 'um equívoco'. Durma com uma justificativa dessa.

AGRADECIMENTOS

A CHAPA 2 AGRADECE IMENSAMENTE À TODOS QUE COLABORARM COM A NOSSA CAMPANHA DISTRIBUINDO MATERIAL, DIVULGANDO A CHAPA, ENVIANDO MENSAGENS DE APOIO ENTRE OUTRAS COISAS MAIS.
PELO ANDAR DA CARRUAGEM JÁ PREVÍAMOS O RESULTADO MAS, VAMOS AGUARDAR O QUE VIRÁ, DESSA VEZ AS MARACUTAIAS FICARAM MUITO EVIDENTES, A MÍDIA E A JUSTIÇA TOMARAM CONHECIMENTO DAS TANTAS IRREGULARIDADES OCORRIDAS NESSA ELEIÇÃO PARA NOVA DIREÇÃO DO SINTEPE. CONFIAMOS QUE JUSTIÇA SEJA FEITA.
MUITO OBRIGADA QUERIDOS/AS AMIGOS/AS E COMPANHEIROS/AS, OUTROS PLEITOS VIRÃO E TOMARA QUE POSSAMOS MOSTRAR PARA AS FUTURAS GERAÇÕES EXEMPLOS DE DE ELEIÇÕES SINDICAIS VERDADEIRAMENTE DEMOCRÁTICAS EM NOSSA CATEGORIA.
MUITO OBRIGADA E UM GRANDE ABRAÇO À TODOS(AS).

Maria Albênia Silva

ELEIÇÕES SINTEPE

Não podemos respaldar um pleito que desde o início dá indícios de irregularidades. Algumas coisas merecem ser lembradas para que a reflexão seja feita, a Comissão Eleitoral que regula a eleição é composta por representantes apenas da chapa 1, a plenária para aprovação do regimento que rege o pleito foi realizada no auditório (que comporta aproximadamente duzentas pessoas) do SINTEPE, contando com o máximo de apoiadores da chapa 1 , inclusive com o pessoal do interior do estado que normalmente aparece para votar em propostas que favorecem o sindicato assim, esse pequeno grupo decide e representa os vinte e oito mil associados. Qual resultado de tudo isso?
O roteiro percorrido pelas 129 urnas, permanece o mesmo à décadas, a listagem com o nome de todos os sócios aptos à votar consta em todos os locais de votação, portanto, nada impede que o eleitor use de má fé e deposite ‘seus votos’ em urnas diferentes, não há um controle sobre isso. Por fazerem uso da máquina, a cada eleição observa-se um grande aparato logístico organizado pela chapa do SINTEPE, além dos táxis e outros veículos encarregados do transporte da urnas com respectivos mesários, há uma frota de carros exclusiva com fiscais fazendo boca de urna e ‘’preparando’’ os trabalhadores(as) para votarem antes da chegada das urnas.
Se o SINTEPE tem toda essa estrutura organizacional porque então tanto desmantelo nessa eleição?
Nesse pleito foram três chapas concorrentes, assim, o sistema de vigilância das outras chapas sobre a chapa 1 ficou mais acirrado. Quatro dias antes da eleição acontecer verificou-se que vinte urnas estavam sem condições de serem enviadas aos locais de votação. E o SINTEPE o que fez? Nada. Deixou para providenciar a troca das urnas na manhã do dia 17 quando as urnas já deveriam estar prontas para seguirem roteiro pré-estabelecido. O atraso nas entregas das urnas comprometeu o roteiro que estas deveriam percorrer nos dias 17 e 18, assim, não foi garantido o direito de voto igualmente a todos os(as) trabalhadores(as) até porque as urnas fixas também chegaram com tempo muito grande de atraso deixando muitos sem votar principalmente em locais onde as outras chapas haviam marcado presença expressiva em período de campanha.
Denúncias de irregularidades ocorreram durante todo processo eleitoral, o slogan de identificação das chapas 1 e 2 foram redigidos de forma semelhante na cédula de votação, um intuito claro de confundir o eleitor, intimidação aos mesários das chapas 2 e 3, desvio de percurso do roteiro traçado para as urnas volantes. Em Arcoverde o mesário da chapa 1 queria enviar as urnas para Recife sem a presença dos mesários que deveriam vir em outro veículo, fato este que, obrigou-nos a perder tempo e dinheiro em ligações telefônicas na tentativa de intermediar o conflito através da comissão eleitoral.
Os fatos acima citados são apenas alguns exemplos dos desmandos que ocorreram nesse pleito, assim, depois de denúncias protocoladas no Ministério Público do Trabalho (dia 17 de novembro) compreendemos que seria inadequado a chapa 2 participar da contagem de votos num processo eleitoral evidentemente marcado por tantas irregularidades, considerado, fraudulento e que deveria ser anulado. Após os procedimentos judiciais tomados pela chapa 2 estamos no aguardo da resolução das questões.
Pergunta-se: Qual lisura garante-se num processo com este?
Quanto ao resultado do pleito o que temos por enquanto é a informação que a chapa1 conta com 4.900 votos, a chapa 2 com 1.900, e a chapa 3 com 300 votos.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

A lenda do Grande Diário ou A Caderneta Mágica

E-mail da sempre talentosa e competente Profª Katia Cristina ( Esc. Alzira da Fonseca Breüel) contando uma estorinha sobre o nosso cotidiano:

O duque André Montes tornou-se o secretário de educação de um pequeno principado, outrora colônia portuguesa, pois o anterior, lorde Danúbio, se elegera Primeiro-ministro. Animado com a colocação e depois da festa oferecida pelo Palácio do Campo das Fadas em sua homenagem, despediu-se do monarca Dom Eloá Ramos e foi para sua residência. Ao deitar, com a cabeça carregada de mil projetos e ideias, tentou conciliar o sono. Quando já estava adormecendo, teve uma visão: um enorme diário de classe azul claro, surgiu a sua frente e ele, espantado e maravilhado, escutou uma voz que encheu o recinto:

_ Eu sou a mola-mestra da educação de qualidade! Eu tenho o poder de transformar vidas! Através de mim crianças e jovens obterão o conhecimento! Ouça-me e siga as minhas instruções!

No dia seguinte, o secretário André Montes já tinha em mente a chave para uma educação de sucesso - o diário mágico! encomendou réplicas na gráfica real, convocou a imprensa e disse:
_ A partir de hoje os professores do reino terão de preencher todas as páginas do diário escolar ou serão punidos!

Para melhor fiscalizar suas ordens, elegeu pessoas de sua confiança que seriam os Guardiões do Diário. Estes acompanhavam os docentes passo a passo e anotavam tudo em um livro secreto que seria entregue bimestralmente ao secretário. O professor Irino foi autuado por não preencher a caderneta. A professora Lisbete recebeu uma notificação do Ministério Público e a professora Suelen foi intimada e deverá comparecer ao Tribunal Federal em breve. Quando um aluno não consegue assimilar rapidamente a matéria, o professor o coloca em frente à caderneta e ele imediatamente aprende. Em recente pronunciamento, o imperador Dom Eloá Ramos afirmou que o Grande Diário veio para solucionar os problemas da educação em seu reino.


Kate Marrone 58, antiga repórter d'A Moita, atualmente em Notícias de Paranã-Puca.

Arbitrariedades eleitorais

Mal começou as eleições para a escolha da nova direção do SINTEPE e nos deparamos com uma série de irregularidades.Pela manhã(17/11) não foi possível garantir a votação em algumas escolas de determinados setores isto porque, não havia urnas suficientes para serem enviadas a tais locais.Isto mesmo, a direção do SINTEPE que a vinte anos vivencia o processo eleitoral (por sinal, nos mesmos moldes) não providenciou a tempo a troca das vinte urnas que apresentavam problemas (algumas rasgadas, outras impossibilitadas de serem lacradas, etc.)Quando a questão foi solucionado, já havia se passado o período da manhã, isto fez com que as urnas não chegassem aos locais de votação dentro do horário previsto.
Notícias vindas de Araripina, Palmares, Cabo e outros municípios denunciavam que, o slogan da chapa 2 tinha sido arbitrariamente alterado na cédula de votação. Em vez de "Oposição, Novo Tempo, Novo Sintepe, aparece na cédula a expressão, "Sindicato: Independente, Classista e de luta" semelhante ao da chapa 1 (,Sintepe: Independente, Classista e de Luta”; fato este que, causou confusão e indignação aos trabalhdores(as) em educação que,no momento do voto não identificaram a chapa de Oposição. Companheiros que estão no interior (da chapa 2 e da 3), também denunciaram que estavam sendo assediados moralmente por mesários da chapa 1 que a todo custo tentava impedir o trabalho destes e o andamento democrático das eleições. Perante tantas irregularidades, formalizamos a queixa através do Procurador do Ministério Público do Trabalho chamado para mediar o conflito. Utilizamos também os espaços do Jornal do Comércio, Diário de Pernambuco e da Folha de Pernambuco para publicizar os fatos.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

A REPÚBLICA NO BRASIL

por José Ricardo de Souza*

"O povo assistiu bestializado"
Aristides Lobo, republicano.


No dia 15 de novembro de 1889, quando as tropas militares comandadas pelo marechal Deodoro da Fonseca ocuparam o Palácio Imperial, anunciaram a deposição de dom Pedro II, o que representou o fim do Império e o advento da República. A palavra República tem origem latina (vem de res publica) e pode ser traduzida como "coisa pública, embora sua instauração no Brasil foi feita não foi feita pelo povo, mas por membros da oligarquia rural e setores do Exército, que embora defendessem interesses distintos, se uniram num projeto político comum para derrubar o Império. A idéia de República não é nova no Brasil, remonta aos tempos coloniais, sendo a Capitania de Pernambuco privilegiada neste item, pois partiu daqui, mais precisamente de Bernardo Vieira de Melo, o primeiro "Grito de República", no antigo Senado da Câmara de Olinda, em 10 de novembro de 1710, durante o tempestuoso conflito intitulado "Guerra dos Mascates". O feito é citado por Oscar Brandão da Rocha na letra do Hino de Pernambuco: "a República é filha de Olinda".

Os pernambucanos levantaram a bandeira republicana outras vezes: em 1817, durante a Revolução Pernambucana, e na Revolução Praieira (1848-1851). As Conjurações Mineira (1789) e Baiana (1798), as revoltas regenciais da Cabanagem (1835-1840) e Farroupilha (1835-1845) foram outros movimentos de orientação republicana, sendo todos eles sufocados por forças legalistas, leais ao Rei ou ao Imperador. O processo de ruptura com a ordem imperial nasceu em meados do século XIX com as transformações sociais e econômicas surgidas no Brasil, que paulatinamente passava por um tímido processo de industrialização e crescimento das cidades, o que favoreceu à formação de novos grupos sociais, como as médias camadas urbanas. O controle político ainda era centralizado na figura do Imperador, no caso dom Pedro II, e disputado pelos partidos conservador e liberal, embora ambos representassem a oligarquia rural, proprietária de terras e de escravos.

Após a Guerra do Paraguai (1865-1870) o recém-formado Exército brasileiro passa a reivindicar maior participação na ordem política do país, o que foi veementemente negado. As lutas pela abolição da escravatura tomaram amplitude nas discussões políticas e ideológicas, sob influência velada do governo inglês interessado em transformar ex-escravos em trabalhadores assalariados, portanto possíveis consumidores das mercadorias inglesas que invadiram o mercado brasileiro na época. O governo imperial prometia uma abolição, embora "lenta e gradual" para não ferir os interesses dos cafeicultores. O envolvimento de alguns padres católicos com a Maçonaria foi alvo de conflito com o Império. Em obediência ao papa Pio IX, os bispos de Olinda, Dom Vital, e do Pará, Dom Macedo, puniram padres que participavam da Maçonaria, sendo por isso presos e condenados à trabalhos forçados. Assim se delinearam os três suportes ideológicos do movimento republicano: a questão militar, a questão abolicionista e a questão religiosa.

A articulação política dos republicanos foi formalizada na Convenção de Itu em 1873, onde foi fundado o poderoso Partido Republicano Paulista - PRP. O local escolhido para a reunião, um casarão de uma ilustre família de cafeicultores paulista, os Almeida Prado davam uma dimensão do que estava para acontecer. Os republicanos expuseram suas propostas num documento intitulado "Manifesto Republicano", onde se lê "somos da América e queremos ser americanos", numa clara referência que, com exceção do México, o Brasil foi o único país das Américas a adotar o regime monárquico após a emancipação política da metrópole portuguesa. O colegiado militar recebia influências do Positivismo francês do filósofo Augusto Conte, que inspirou o lema da bandeira republicana "ordem e progresso" e defendia um Estado forte para promovê-lo sem grandes rupturas com a ordem social existente. Ainda havia a questão da sucessão, uma vez que a princesa Isabel era casada com Gastão de Orléans, o Conde D'Eu, de origem francesa e de má fama após as atrocidades cometidas por ele na Guerra do Paraguai, como executar prisioneiros e incendiar hospitais de campanha.

O desenrolar dos acontecimentos após estes fatos foram meticulosamente articulados para colocar as tropas contra o Imperador. Primeiro, a adesão de lideranças civis, como Quintino Bocaiúva, Francisco Glicério, Aristides Lobo, Rui Barbosa, Silva Jardim, entre outros com os principais chefes militares, o próprio Deodoro da Fonseca, Benjamin Constant (positivista convicto) e Solón Ribeiro. A partir daí bastaram boatos sobre supostas prisões de militares republicanos para desencadear o golpe militar. Às nove horas do dia 15 de novembro de 1889, o Visconde de Ouro Preto, chefe do governo imperial, é comunicado oficialmente do fim do Império brasileiro. No dia seguinte, dom Pedro II e sua família são exilados para a Europa. Dom Pedro II viria a falecer dois anos depois em Paris, esquecido e abandonado.

Concluindo, podemos afirmar que a República brasileira nasceu de um golpe militar, articulado pelos cafeicultores desafetos com a abolição da escravatura, e articulado pelos militares da linha positivista. Em nenhum momento, houve qualquer indício de participação popular. O Brasil republicano, pouco mudou para a maioria da população, que continuava empobrecida e excluída das decisões e dos grandes processos nacionais. Os donos do poder continuavam, como sempre, os mesmos, ou seja, era a oligarquia latifundiária comprometida com o capitalismo internacional, leia-se capitalismo inglês. A continuidade do governo republicano revelará mais adiante muitas manifestações contrárias aos desmandos do governo, um sinal de que as massas populares estavam insatisfeitas com os novos rumos impostos pela elite dominante.

* O autor é historiador, professor, escritor; membro da Academia de Letras e Artes da Cidade do Paulista.

– Artigo publicado na Folha de Pernambuco, edições de 14 e 16 de novembro de 2003.

PS.: para quem desejar saber mais sobre este assunto, acessem meu blog => josericardope.blogspot.com, onde preparei um Especial sobre os 122 Anos de República no Brasil.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

LOCAIS DE VOTAÇÃO


Para votar (eleições Sintepe)dias 17 e 18 de novembro, levar contracheque de outubro mais documento de identificação.
Votam os filiados até 3 meses antes das eleições e aposentados (filiados).
A relação com os locais de votação, urnas fixas e volantes,encontra-se no site do SINTEPE.
Abraços à todos(as)!
Bom feriado.

Companheiros(as) e Setores (CHAPA 2)























Nomes de alguns companheiros(as) que estão candidatos(as) a representantes setoriais na CHAPA 2
Setor Caxangá - Fátima Oliveira e Flávio Ferro
Sul-Centro - Mariano Macedo (foto) e Carolina Abigail
Casa Amarela - Matheus Toledo
Cabo-Ipojuca - Felix Barbosa
Camaragibe-São Lourenço- Maria de Lourdes Florentino(foto) e Rogério Reis.

sábado, 12 de novembro de 2011

Excelente crítica do Professor Raymundo ao descaso com a educação no Brasil

ELEIÇÕES SINTEPE (17e 18 de novembro)

IPOJUCA não é caso isolado

Ipojuca não é um caso isolado Mais uma vez, assistimos à cena se repetir, agora no município de Ipojuca: novas oportunidades de emprego surgem, mas as vagas não são preenchidas por falta de pessoal capacitado. Tudo isso porque não existe uma valorização da educação de base.
Ipojuca está em evidência por causa dos altos investimentos realizados recentemente no município, fundamentalmente em Suape. Mas a falta de valorização da educação, sabe-se bem, não é exclusividade desse lugar. O Brasil todo sofre do mal.
Os frutos do descaso aparecem através de personagens como o auxiliar de caminhoneiro Alexsandro, entrevistado para a matéria do Jornal do Commercio, que só estudou até a 8ª série e não pretende voltar às salas de aula. Está acomodado com um salário mínimo e meio. Num país onde, há muitos anos, não se investe em educação e onde o índice de desemprego sempre foi alto, não é de se estranhar que um cidadão que não teve muitas oportunidades na vida, conforme-se com tão pouco.
A experiência como professora de escola pública me fez enxergar uma realidade nada confortável: alguém colocou na cabeça dos estudantes que eles não merecem entrar numa universidade, que o que está reservado para alguns deles é, no máximo, um curso técnico ou algum curso universitário que não seja muito concorrido. E esse tipo de ideia começou a ser difundida há poucos anos. Antigamente (provavelmente na época em que o caminhoneiro Alexsandro estudou), era ainda pior: aluno de escola pública dificilmente conseguia concluir o ensino médio; tinha que trabalhar cedo para ajudar no sustento da casa. Vestibular era sonho para a elite.
Porém, se por muitos anos se pensou que a educação poderia ser menosprezada durante uma eternidade e que não haveria consequências, agora a realidade mostra o contrário. O governo estadual já tentou algumas esratégias para resolver o problema, como o investimento em aulas de reforço nas escolas públicas pernambucanas. Mas, como vimos, não foi suficiente.
E agora? Será que, de uma vez por todas, haverá um esforço para se recuperar o tempo perdido ou, mais uma vez, assistiremos, de perto, ao nosso fracasso?
Na matéria publicada pelo JC, o presidente-executivo do programa Todos Pela Educação, Mozart Neves Ramos, cita uma fórmula simples para que se consigam bons resultados no setor: melhores salários para os professores, redução da taxa de analfabetismo, aprimoramento da gestão e escolas integrais desde o ensino fundamental. Fórmula antiga, citada em palestras, debates, reportagens... mas desprezada pelas autoridades. Inclusive pelo próprio Mozart, quando foi secretário de Educação em Pernambuco.

(Do Blog DIÁRIO de CLASSE da jornalista e também professora da rede estadual Amanda Tavares)Em 08 de nov.2011.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Professores estão excluídos do debate público sobre política educacional na América Latina, segundo pesquisa

Os professores estão fora do debate público sobre a educação e suas vozes não estão presentes nas coberturas jornalística da América Latina, segundo pesquisa do Observatório da Educação feita em 18 jornais do continente. Foram analisadas mais de 1.200 reportagens de maio a julho deste ano. As matérias indicam que as políticas públicas implantadas, os novos temas, disciplinas e materiais para as aulas são modificados sem que os professores sejam consultados sobre a política educacional.

“O professor é sempre um personagem e nunca uma fonte para balizar a política pública. E a má qualidade do ensino é sempre atribuída a eles. Estão sendo responsabilizados, mas não têm seu direito de resposta”, disse Fernanda Campagnucci, editora do Observatório da Educação, que participou do lançamento de Rede pela Valorização dos Docentes Latino-Americanos, hoje (9), na capital paulista.

Segundo Fernanda, a análise indicou que entre os temas mais comentados nos jornais estão a qualidade, seguida dos sistemas de avaliação, problemas de infraestrutura e violência nas escolas. Depois aparece a questão das tecnologias de informação na educação. “Nesse caso, dependendo do enfoque, entra em conflito com o docente, porque tem problemas de informação e uma ideia de que o aluno não precisa do professor para aprender porque consegue aprender sozinho com o computador”. Outro problema destacado nas reportagens analisadas são as greves e paralisações.

A vice-presidente da Internacional de Educação da América Latina, Fátima Aparecida Silva, disse que no geral a categoria dos professores é composta principalmente por mulheres, que chegam a ser 80% no ensino infantil e médio, enquanto no superior há mais homens. Além disso, apontou que os professores estão envelhecendo ao redor do mundo, já que a média de idade é de 45 anos. “A profissão não atrai mais gente jovem. Nos últimos dez anos, os mais novos ficam cerca de quatro anos dando aula até encontrar outra ocupação melhor.”

A ausência de formação é presente em todos os países, assim como a fata de um processo de negociação que traga valorização para a profissão, com diferenças entre a zona rural e urbana, tanto na formação quanto na remuneração. “Quando conversamos com os professores que vivem o dia a dia da aula, percebemos que eles reclamam ainda do número excessivo de alunos em sala de aula e da falta de participação nas políticas públicas, além da ausência de plano de carreira e do ressentimento por serem culpados pela má qualidade educacional.”

A coordenadora do Comitê Diretivo da Campanha Latino-Americana pelo Direito à Educação (Clade), Camila Croso, disse que tem notado a tendência de desvalorização dos trabalhadores da educação, além do desprestígio e do processo de culpabilização e criminalização. “São tendências muito preocupantes, mas há também processos de resistência a tais tendências. Mas se sobressai o conjunto desvalorização, desprestígio e criminalização.”

Ela destacou ainda a tendência à privatização traduzida no nome de parcerias público-privadas, que aponta para outro lado, procurando ser atrativa. Disse também que há um marcante discurso sobre resultados na aprendizagem que não avalia os rumos da educação, mas dentro do foco de escola como fábrica de seres homogêneos montados para o mercado de trabalho.

“Esse sistema de ranqueamento é preocupante porque o resultado é medido sobre o quê? Aí voltamos ao ponto de partida que é perguntar para que serve a educação. Toda análise parte do aluno homogêneo que tem que responder ao mercado de trabalho”, assinalou Camila.

Ele também reforçou que há uma criminalização de professores e até dos alunos. “Há uma perda de noção do coletivo, porque há ataque aos sindicatos. Assim individualiza os professores e coloca o sistema de avaliação com prêmio e castigo. Desvaloriza o professor, porque leva a política de ensinar para o teste, para ir bem na prova. Adapta o currículo, se articula como o não protagonista do fazer pedagógico.”.

Guillermo Williamson, da Universidad de La Frontera, do Chile, disse que em seu país a educação apresenta cifras de desigualdade e que não há gratuidade para o ensino. Lá, as universidades são pagas ou se têm bolsas de estudo para os pobres. “No Chile, 40% dos jovens podem ir à Universidade, mas se a família tem dois filhos precisa escolher qual deles pode ir ter o ensino superior”.

Segundo ele, assim como no Brasil. os jovens estão desistindo de ser professores por conta da precarização do ensino. “Temos que trabalhar fortemente na educação pública estatal e podemos buscar a gestão social com cooperativas mistas com o Estado”. Para ele é preciso retomar a função do professor, que em sua avaliação é ensinar os alunos e ser um mestre. Além disso ele destacou que é preciso que o professor recupere sua autoridade em sala de aula.
Fonte: Agência Brasil

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Charleson e Valéria: mais um casamento na educação.





Registrando (com um certo atraso) mais um casamento realizado este ano entre professores da Escola Santa Sofia. Desta vez, Charleson e Valéria que no dia 22 de outubro de 2011, no Leafar Recepções em Camaragibe, reafirmaram com um sim, a harmoniosa parceria feita entre eles.
Parabéns meus queridos amigos, muitas FELICIDADES, amo vocês!!!

O maior dos males: falta de esclarecimento

Há alguns dias venho expondo indagações em minhas postagens e comentários acerca das propostas e componentes que encabeçam a chapa 2. Recebi telefonemas por parte de integrante da chapa 2, questionando meu posicionamento afirmando ser errado perguntar certas coisas visto este blog ser "da oposição à atual direção do sintepe". isso quer dizer só se admite o falar bem? só se pode cobrar dos "outros"? Li respostas, aqui mesmo neste blog, que não respondiam ao que era perguntado, ao contrário, vi mudanças de foco e não sei se este ocorreu de forma proposital ou não.

Não sabia que era proibido perguntar, estranhar coisas que me parecem desencadear um processo de descaracterização da oposição, que possuía uma minoria ligada ao PSTU, mas que hoje se apresenta constituída por pessoas ligadas não somente ao PSTU, mas, pior, encabeçada por neo-opositores ligados ao PT e PDT, com apoio de políticos renomados e também de pessoas que exercem altos cargos no governo do Estado ( caso de Oscar Paes Barreto neto( PT) que foi nomeado secretário executivo).

Está ocorrendo o que mais temia: políticos tentando tomar as rédeas da direção da nossa categoria. Isso com certeza fortalecerá o afastamento do foco sindical dos interesses do professorado voltando-o exclusivamente para a promoção de interesses de políticos. Isso é pouco interessante para a categoria, pois como nós sabemos, alguns políticos são de ocasião (as que mais favorecem os mesmos). Em época de eleição tudo prometem, mas e depois?

Faço parte não de um grupo mas de um movimento que não almeja cargo em sindicato, mas que deseja e muito ver, e viver, melhorias para toda a nossa categoria. Por isso continuo questionando e vou continuar fazendo, pois no mínimo, um grupo que pretende assumir a direção de um sindicato com a dimensão do SINTEPE, deve esclarecer o que propõe quando as dúvidas surgem, afinal vivemos em regime democrático e creio que este deve nortear os movimentos sindicais.

Agora vou direto ao ponto, as propostas apresentadas:

Resgate dos QUINQUÊNIOS:

Isso é realmente uma verdade? pois consta na Constituição Federal, e também na estadual o não mais recebimento dos mesmos. Isso não pode ser modificado com uma ação judicial, mas sim e somente através de projeto de lei (ou seja depende do desejo político). Esta ação se refere a apenas alguns professores que deixaram de recebê-lo no momento da implantação da lei? Então os demais não podem sonhar com isso. Gostaríamos que houvesse esclarecimento sobre o tema, evitando-se assim o engano por parte da maioria que não pode pleitear este direito. (O Dr. Wiliam Ferreira de Melo, advogado que é apresentado encabeçando a ação judical poderia esclarecer( O número da OAB deste aparece com número errado, na propaganda da chapa 2, fiz consulta no sítio da OAB e percebi o engano, outro engano nesta propaganda é chamar o estagiário Kleber José Freire da Fonseca de doutor, este ainda não é advogado, é apenas um acadêmico)

Qual é o número da ação judicial promovida para "o resgate dos quinquênios"?

O caso Oscar Paes Barreto:

Por que Oscar Paes Barreto (do PT), recem nomeado pelo governador do estado a Secretário executivo( ver Diário Oficial do Estado, do dia 26/10/2011), consta no Manifesto como apoiador da chapa 2? Isso não caracteriza comprometimento? Nós professores não somos ignorantes ao ponto de achar que isso é natural.

Qual será a central sindical da chapa 2?

Espero que aqueles que compõem a chapa 2 caso queriam responder a esta postagem foquem nos questionamentos, pois creio que isto é o que espera a nossa categoria. Desejar mudança, todos nós desejamos, mas com responsabilidade e clareza. Desejamos que esta transformação seja para melhor e não um retrocesso negativo.

domingo, 6 de novembro de 2011

QUESTÕES DE COERÊNCIA

A coerência é muito importante para quem desenvolve um estudo científico ou atua no movimentosocial, político e sindical . Ao ver o texto em que Antonieta questiona os motivos pelos quais ex integrantes da diretoria do sintepe hoje estão na OPOSIÇÃO,compondo a CHAPA 2, a mesma  joga desconfianças com indagações vagas mas não apresenta estes tais motivos "injustos". Não quero desmerecer a combatividade da companheira, no entanto, a bem da justiça é pertinente atentar para Alguns fatos, senão vejamos: Enquanto os tres companheiros estavam na diretoria, eram bons!? Vale lembrar que o grupo do qual Antonieta faz parte foi contra a fundação do SINTEPE formado a partir da Unificação de várias entidades menos do CPP que era dirigido pelo PC do B que não quis destinar  aquele patrimônio para a nova entidade. Anos depois perderam a eleição e o CPP passou para outras mãos! O que dizer quando vemos oPC do B como base de apoio de EduardoCampos!? A categoria sofre nas mãos deste governo eles o compõem alegremente! E o Código Florestal  que premiou com o perdão das multas aqueles que desmataram a Amazônia, uma festa para a bancada ruralista. O relator? Aldo Rebelo do PC do B.

Eleição sindical e responsabilidade para com nosso futuro

A data para a eleição do SINTEPE se aproxima e muitos são os questionamentos que cada professor e/ou trabalhador em educação em nosso estado deve se fazer no momento de escolher este ou aquele grupo (chapa).

  • As propostas são realmente viáveis de serem realizadas ? ( Já sofremos muito com perdas para agora acreditarmos e depois nos darmos conta de que parte de nossos desejos não mais legalmente possíveis)

  • Conhecemos as pessoas nas quais tencionamos depositar o nosso voto? (Nas assembleias da categoria estas pessoas falaram e pediam aquilo que hoje pregam.? Quando falo sobre isso não me refiro a uma só pessoa, mas sim ao grupo que ora se apresenta. Este agiu com coesão? O trabalho em equipe é imprescindível para o êxito das propostas, e o passado fala muito sobre o potencial das pessoas "currículo não pode ser esquecido")

  • Um sindicato não existe sozinho. Qual central sindical as chapas pretendem se ligar e por que? ( A luta a nível nacional se dá a partir das centrais sindicais e estas recebem parte de nossas contribuições)

sábado, 5 de novembro de 2011

Escola nova. Velhos problemas



Em julho desse ano após período de recesso, professores, alunos e demais funcionários foram transferidos para o prédio novo da Escola Torquato Castro em Aldeia/Camaragibe. Mesmo sem ter sido a obra totalmente concluída, a mudança de prédio precisava ser feita urgentemente devido o ambiente (um galpão sujo, quente e com divisórias em gesso, sem biblioteca e sem espaço para recreação e práticas de Educação Física))onde funcionava a escola ter se tornado um espaço insustentável, incapaz de nele desenvolver-se qualquer prática pedagógica. Porém, não tardou muito e a nova escola já apresenta algumas inconveniências. Calor já começa a ser sentido nas salas de aula, além disso, um problema na rede de esgotamento sanitário tem deixado um cheiro insurpotável que pode ser sentido nos portões de entrada da escola. A Gre já tomou conhecimento do caso mas,o problema ainda não foi solucionado, enquanto isso, câmeras fotográficas caras e que, certamente a compra das mesmas veio a beneficiar grupo empresarial "parceiro" do governo do Estado,espalham-se por todos os cantos da unidade.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Cinema da FUNDAJ

No dia 7 de Novembro, às 14h, haverá uma mostra especial do documentário ‘Um Lugar ao Sol’ no Cinema da Fundaj, parte da programação da IV Janela Internacional de Cinema do Recife. A sessão é direcionada para professores e educadores do ensino médio. Após a exibição do filme será distribuído gratuitamente uma cópia da edição especial do DVD do filme que vem junto com material pedagógico. Haverá uma conversa facilitada pela organizadora do material, a cientista social e produtora Rachel Ellis e a educadora Rozário Azevedo. O objetivo da conversa é explorar como o filme pode ser utilizado para provocar debate e estimular reflexão crítica do documentário na sala de aula, usando o material pedagógico com auxílio.
O filme será projetato às 14h e o encontro será concluído às 16h30.
A entrada é franca e a organização do Janela Internacional do Cinema fornecerá declaração de participação para o professores que necessitarem deste documento.

Para mais informações - 081 3222.7053 ou 81 9236.9387 ou racheldaisy@gmail.com

Referência em propaganda

Sempre que vejo alguma propaganda do governo sobre as escolas da rede estadual fico a pensar: Onde será que se encontram àquelas tão estruturadas escolas que aparecem na mídia? As unidades contam com porteiros, bibliotecas, refeitórios, sala de vídeo, auditório, laboratórios de informática e de ciências, tudo em perfeito funcionamento. E ainda, salas de aulas com um número reduzido de alunos além de, professores sorridentes e felizes. Claro que, desconfiava que tudo não passa de jogo de marketing, agora tenho certeza. Recentemente a Escola de Referência Tito Pereira em Camaragibe, recebeu equipamentos novos para a montagem do laboratório de química, assim, quando tudo estava pronto, arrumado, fizeram as filmagens, ou seja, a propaganda que será veiculada para atrair alunos e garantir as matrículas em 2012. Até aí tudo bem, não fosse o laboratório, desmontado no mesmo dia, encaixotado e retornado ao seu local de origem. Tudo para inglês ver!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Acredito que o debate é muito válido


Assim que vi a propaganda com as fotos dos componentes que concorrem na chapa 2 à eleição do SINTEPE, fiquei bastante intrigada pois, além de rostos conhecidos que sempre formaram oposição à atual diretoria, havia rostos que sempre fizeram parte da atual gestão do sindicato, e pior encabeçando a presidência da chapa. Fiquei a me perguntar o por que daquilo?

Acho que os professores de Pernambuco tem o direito de saber: QUEM REALMENTE SÃO ESTAS PESSOAS? conheço e admiro muito Albênia, companheira de luta, mas e os outros quem são? não lembro de terem posição contrária ao que de incômodo tem ocorrido com todos os profissionais da educação pública de Pernambuco.

Segue um texto de Antonieta Trindade, que como Albênia, é admirável e de reconhecida luta em prol dos trabalhadores em educação de Pernambuco, que me animou a levantar estes questionamentos:

"Aos amigos Trabalhadores em Educação

Quem conviveu ou convive comigo na militância sindical , sabe do meu respeito ao direito das pessoas expressarem suas opiniões, suas críticas e assumir posições polêmicas, principalmente quando estão em jogo os interesses coletivos.

Conheço muita gente séria, comprometida, que faz oposição à diretoria do Sintepe, e que sei que muito contribuiriam se estivessem... integrados ao nosso espaço de debate interno.

O que me inquieta é o fato de ninguém, dentre aqueles que buscam uma saída coletiva para a luta do povo, ter procurado averiguar a verdadeira motivação dos três diretores do Sintepe que formaram a chapa 2 e ocupam as candidaturas a presidente, tesoureiro e jurídico na referida chapa.

É claro que há a versão que é divulgada pelos companheiros, mas sempre é coerente ouvir o outro lado, analisar e a partir daí formar um juízo de valor.

Considero que esse é um princípio básico da justiça, e é o que move a todos que tem compromissos que vão além dos seus interesses pessoais."