sábado, 30 de abril de 2011

Escolas e descaso



Alunos das escolas Professora Gercina Fernandes Rodrigues e Escola Senador José Ermírio de Moraes ambas em Itapissuma-PE pedem socorro. Salas de aulas com cadeiras quebradas, falta de birôs entre outras problemas que são comuns às escolas da rede, tem atrapalhado o andamento das práticas pedagógicas nas unidades citadas. A situação é gritante, em salas com grande quantitativo de alunos estes, chegam a assistir aulas em pé, os que conseguem sentar-se, são obrigados a acomodar os cadernos nas pernas para poder fazer os registros das aulas. Sem birôs, os professores ficam sem lugar para apoiar os livros e diários de classe que utilizam constantemente.Um absurdo. É bom lembrar que, este ano as escolas da rede não receberam mobiliários novos, assim, certas salas de aulas assemelham-se à verdadeiros depósitos de tralhas.

Bolsas de mestrado profissional a distância para professores

Quinta, 24 de Março de 2011 18:37


Professores da educação básica que lecionam em escolas públicas podem receber bolsas para realizar cursos de mestrado profissional a distância. A iniciativa está formalizada na Portaria nº 289 do Ministério da Educação (MEC).

Quem concede as bolsas?
As bolsas são concedidas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e destinada a professores da rede pública da educação básica, regularmente matriculados em cursos de mestrado profissional ofertados pelas instituições de ensino superior, devidamente aprovados pela Capes na modalidade de educação a distância via Universidade Aberta do Brasil (UAB).

Qual a contrapartida da bolsa?
A chamada de Bolsa de Formação Continuada, o fomento aos professores exige dos docentes, como contrapartida, o compromisso de continuar em exercício na rede pública por um período de pelo menos cinco anos após a conclusão do mestrado. O não cumprimento pelo aluno-bolsista do compromisso implicará na devolução dos valores aplicados.

Qual o valor da bolsa?
R$ 1.200, valor de bolsa de mestrado do governo federal no país.

Quais são os cursos de mestrado profissional a distância?
Até o momento há apenas um curso no qual os alunos aprovados pelos processos seletivos das instituições que os coordenam poderão receber bolsa prevista pela Portaria nº 289 do Ministério da Educação: o Programa de Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional (PROFMAT). O Profmat já realizou seu primeiro processo seletivo no mês de fevereiro de 2011. Acesse o site do programa: http://www.profmat-sbm.org.br/.

O MEC pretende, com este incentivo, que as instituições de ensino superior apresentem à Capes propostas de novos cursos de mestrado profissional a distância voltados a professores. A Capes é a responsável pela recomendação de todos os cursos de mestrado e doutorado no Brasil. Para funcionar e ter autorização do MEC, as propostas de cursos são apresentadas à Capes no período estabelecido pelo Calendário da Diretoria de Avaliação. Em 2011, o período inicia em 6 de junho e encerra em 6 de julho.

Após o recebimento das propostas de novos cursos, o Conselho Técnico-Científico da Educação Superior da Capes avalia todas as propostas e delibera quanto à recomendação ou não da criação do novo curso. São considerados nesta avaliação: proposta do programa; corpo docente; corpo discente, teses e dissertações; produção intelectual e inserção social.

Os resultados dos novos cursos serão divulgados de acordo com as avaliações pelos comitês das 46 áreas do conhecimento, a partir do segundo semestre deste ano.

Importante ressaltar que o regulamento da portaria prevê que a bolsa de formação continuada poderá também ser concedida, a critério da Capes, a professores da educação básica matriculados em cursos de mestrado profissional ofertados na modalidade presencial, pois se baseia em situações específicas do interesse do Estado.


Fonte: site do MEC

quarta-feira, 27 de abril de 2011

STF decidiu que a aula-atividade será de 1/3 da carga-horária!


Estados e municípios sofreram nesta quarta (27) uma nova derrota no Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte manteve uma regra que garante aos professores da educação básica o direito de ficar fora de sala de aula durante um terço da jornada de trabalho. Os educadores devem usar esse período para desenvolver atividades de planejamento de aulas e aperfeiçoamento profissional.
Conforme estimativas recentes da Confederação Nacional de Municípios (CNM), com a confirmação do direito dos professores de gastarem parte da carga horária com atividades externas, as prefeituras terão de contratar mais 180 mil professores para assegurar aos alunos quatro horas diárias em sala de aula. Isso representará um impacto de R$ 3,1 bilhões nas contas dos municípios.

No início do mês, o STF já havia imposto uma derrota às administrações estaduais e municipais ao julgar a ação movida pelos governos do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Ceará. Na ocasião, os ministros tinham confirmado a validade da lei que fixou um piso salarial nacional para os professores. O piso atual é de R$ 1.187,97, valor que pode ser elevado com o pagamento de acréscimos e benefícios.

De acordo com estimativas da CNM, será de R$ 5,4 bilhões o impacto do piso nacional acrescido da necessidade de contratar mais 180 mil professores por causa da redução do período em sala de aula. No início do mês, na sessão em que validou o piso nacional, o STF não tinha chegado a uma conclusão sobre a divisão da carga horária dos professores porque o presidente da Corte estava na Itália, participando de compromissos oficiais.

O julgamento foi concluído hoje, quando a votação terminou empatada em 5 a 5. Nesses casos de empate, há um entendimento do STF segundo o qual a ação deve ser julgada improcedente. O ministro José Antonio Dias Toffoli, que poderia desempatar o julgamento, não pode votar porque no passado atuou no processo como advogado-geral da União. Toffoli foi advogado-geral no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Apesar da decisão de hoje, o Judiciário poderá analisar novamente as regras que fixaram a divisão da jornada de trabalho dos professores. Isso porque não foi formada uma maioria na votação. Dessa forma, o resultado do julgamento não teve um efeito vinculante e o assunto poderá ser debatido de novo no futuro durante o julgamento de ações movidas por outros Estados ou municípios.

Como indica o trecho destacado, é cedo para comemorar pois é quase certo que o STF receba uma enxurrada de ações de governos estaduais e prefeituras que insistirão em extrair até a última gota de sangue dos professores!

terça-feira, 26 de abril de 2011

Escolas estaduais têm problemas de infraestrutra e insegurança

Nas reivindicações do Sintepe e da CNTE, destacam-se a melhoria da aprendizagem e a valorização do profissional
Nas reivindicações do Sintepe e da CNTE, destacam-se a melhoria da aprendizagem e a valorização do profissional
Foto: Mariana Ferraz / NE10
Publicação original: NE10

Uma pesquisa aplicada em 163 escolas estaduais de Pernambuco apontou que os maiores problemas enfrentados pelas unidades públicas são estruturais (96,3%), de falta de professores (21,47%) e insegurança (17,1%). Os números foram apresentados na manhã desta terça-feira (26), no auditório da OAB-PE, durante uma audiência pública promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe), com o objetivo de discutir as metas do novo Plano Nacional de Educação (PNE) para o decênio de 2011-2020 no Estado. O evento faz parte da programação da XII Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, que tem como tema "A educação quer mais".
O debate será nacional, mas em Pernambuco a proposta é focar em quatro objetivos: garantir o direito à educação, combater a evasão escolar, melhorar a aprendizagem e valorizar os profissionais que trabalham com educação - não só professores, como funcionários administrativos e os que realizam a manutenção das unidades. No dia 11 de maio, ocorrerá uma paralisação nacional das categorias, para chamar atenção para a discussão das metas educacionais do país.
Em Pernambuco, segundo dados do IBGE de 2009, há 209 mil crianças e jovens de 4 a 17 anos fora de escola. Além disso, de acordo com o TCE, 112.000 pessoas abandonaram o Ensino Fundamental e Médio em 2010. "Esses números são muito preocupantes", afirmou o presidente do Sintepe, Heleno Araújo. "A sociedade precisa atentar e exigir investimentos em educação", completou.

A luta pelo piso nacional para os professores continua no Supremo Tribunal Federal (STF), pois está sendo julgado o valor e a carga horária dos educadores. O Sintepe e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) reivindicam um vencimento-base de R$ 1,597,87 para professores com magistério e um acréscimo de 50% para os que têm graduação. O Ministério da Educação (MEC) propõe um valor de R$1.187,97 para os que têm magistério. A média atual é R$ 1.045 para os dois casos.
A CNTE e seus 41 sindicatos filiados em todo o país também propõe que a educação seja financiada nos próximos dez anos por 10% do Produto Interno Bruto (PIB). Essa fatia seria alcançada gradualmente, acrescentando-se 1% ao que já se é aplicado ao ano. Além disso, pleiteam que 50% do lucro com a exploração do petróleo na camada pré-sal sejam destinados à área. Como argumento, destacam um estudo do IPEA e do Ministério do Planejamento, segundo o qual a educação é o investimento mais rentável de todos - a cada R$ 1 aplicado, o retorno é de R$ 1,85. Para o deputado federal Paulo Rubem Santiago, membro da Comissão Especial do PNE - criada em 22 de março, esse retorno ainda não é enxergado pela sociedade.
A rede estadual de Pernambuco tem, atualmente, 960 mil alunos matriculados em suas 1.107 unidades. Do total da amostra pesquisada, 157 apresentaram problemas em sua infraestrutura, em 35 há falta de professores, 28 denunciaram insegurança e outras nove haviam registrado casos graves de violência dentro das escolas.
As disciplinas em que há falta de mestres são: português, matemática, química, inglês, educação física, filosofia, sociologia, história e geografia. O levantamento foi feito pelo IBGE, Tribunal de Contas (TCE) e Ideb, em unidades de ensino da Região Metropolitana do Recife, Palmares (Zona da Mata), Gravatá (Agreste) e Cabrobó (Sertão) durante o mês de março de 2011.
SEDUC - A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria de Educação de Pernambuco e aguarda seu posicionamento sobre as denúncias.

sábado, 23 de abril de 2011

Escola e Chuvas



Assim ficou a Escola Oscar Carneiro/Camaragibe após as fortes chuvas que caíram dia 19 de abril na região metropolitana de Recife. Escola alagada, teto caído, alunos sem aulas. A situação não é caso isolado, várias unidades da rede municipal e da estadual deixaram de funcionar devido as precárias condições da estrutura física dos prédios.
Será que a direção da escola vai alegar que mandou retirar o teto porque o mesmo estava colocando os alunos em risco como fez a direção do galpão Torquato/Aldeia quando o teto da escola desabou?

sexta-feira, 22 de abril de 2011

RELATOS E RETRATOS DA PAIXÃO DE JESUS CRISTO


por José Ricardo de Souza*

Um dos momentos mais marcantes da liturgia cristã é sem dúvida as celebrações da Semana Santa, cujo início se dá com o Domingo de Ramos, quando celebramos a entrada triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém, aclamado como rei pela multidão, e terminando com o domingo da Páscoa, onde celebramos a vitória da vida sobre a morte, representada na ressurreição de Cristo. No entanto, nossas atenções concentram-se na parte mais dolorosa da Semana Santa: a Sexta-Feira da Paixão, quando os cristãos relembram os momentos de dor e martírio impostos a Jesus Cristo, Nosso Senhor. Mas, finalmente, por que Cristo morreu ? Quais as causas materiais e/ou espirituais que levaram Jesus à crucificação ?

Se perguntássemos para algumas pessoas por que Cristo morreu, inevitavelmente a resposta seria “para salvar os pecadores” ou “por nossos pecados” e ainda “para resgatar a humanidade do pecado”, e outras respostas desse teor. Do ponto de vista espiritual, teológico, elas estão corretas, pois uma leitura mais cuidadosa do Antigo Testamento revela exatamente os propósitos para os quais Deus, ou Iawvé para os judeus, mandaria seu filho para morrer em função da redenção dos pecados dos homens, o que de fato aconteceu. Cristo foi o divisor entre a promessa de redenção dos profetas e a libertação dos pecados proposta por Ele e seus seguidores. Em nenhum momento, segundo constam nas escrituras, Cristo abdicou da missão para o qual foi enviado. Sentiu medo, pavor, abandono, mas levou até as últimas conseqüências o sacrifício de morrer por amor ao Pai e aos homens.

Dentro de uma perspectiva histórica, mais humana, portanto social, diríamos que a morte, ou melhor, o assassinato de Cristo foi obra, por sinal muito bem articulada, dos grupos para os quais Cristo representava uma ameaça, ou seja sacerdotes do templo, fariseus, e anciãos que constituíam uma casta privilegiada, sustentada pelas tradições religiosas de Israel. Era gente que vivia às custas da exploração do povo, submetido a mais absoluta miséria, sendo portanto duplamente dominada, pelos romanos, e pela burocracia religiosa do Templo. Foi para e com essa gente explorada, que Cristo durante seus três anos de militância pública pregou sua doutrina, baseada em princípios como a partilha (numa sociedade onde poucos tinham tudo e a maioria nada tinha), o amor ao próximo (numa sociedade onde os recursos da força bruta falavam mais alto) e o desprendimento pelos bens materiais.

A pessoa de Cristo foi encarnando aos poucos o estereótipo atribuído a todos os que ousam lutar por uma sociedade justa: o de subversivo, o agitador, aquele que poderia por em perigo a ordem social dos ricos e poderosos. Sendo assim, aquela voz que clamava por justiça deveria ser calada, seus ensinamentos postos no ridículo e esquecidos, sua prática pastoral, conscientizadora e libertadora, terminantemente proibida. E assim foi feito. Um complô com o objetivo de encaminhar o Cristo para a crucificação. Entretanto, faltava o principal, os argumentos necessários para justificar a execução. E assim, Jesus foi, injustamente acusado de blasfêmia (que não resultaria na pena capital) e de tentar rebelar o povo contra o poderoso Império Romano, que aliás nunca foi comprovado historicamente que Cristo estivesse envolvido em qualquer conspiração contra os romanos, embora se suspeita, com alguma fundamentação, que alguns discípulos, dentre eles Judas Iscariotes (e até o conhecido Barrabás) estivessem infiltrados num movimento separatista com o objetivo de libertar os judeus dos romanos e restabelecer o reino de Israel. Isso sim, poderia levar Cristo à morte.

O julgamento sobre o qual Jesus foi submetido foi uma verdadeira farsa montada para legitimar o seu assassinato. Faltaram provas concretas que levassem a uma condenação, as testemunhas eram falsas, gente ligada aos sacerdotes, especialmente corrompida para isso, e o principal: o direito de defesa do réu foi solenemente negado. Vê-se isso claramente no vai e vêm entre Pilatos, o governador e Herodes, o Tetrarca da Judéia, cada qual querendo livrar-se do peso de ter que condenar a Cristo, coisa que para eles era uma exigência dos sacerdotes, ao qual eles recusavam-se a cumprir. Restou apelar para o plebiscito popular: diante da multidão Pilatos pôs Cristo e Barrabás para que o povo escolhesse quem mereceria a misericórdia. Numa tentativa desesperada e inútil, Pilatos ainda chegou a ordenar que Cristo fosse submetido a flagelação romana, castigo sobre o qual eram aplicadas trinta chicotadas sobre o réu, ao qual muitos não resistiam. Provavelmente, Pilatos julgava que com isso aplacasse a ira dos sacerdotes e dos anciãos. Tarde demais para tentar salvar o salvador da humanidade. E não deu outra: mais uma vez Cristo foi vítima de uma armação, os sacerdotes já haviam providenciado seu marketing religioso sobre a massa alienada dos judeus, a mesma por sinal, que havia aclamado Jesus alguns dias antes. O veredicto popular foi taxativo: para Jesus, a morte; para Barrabás, a libertação.

De acordo com as leis romanas, Cristo não poderia ter sido crucificado, por não ser cidadão romano e sim judeu, portanto, deveria ser julgado de acordo com as leis mosaicas, ou seja, as leis de Moises. E mais num caso de subversão, ou tentativa de rebelião, a pena máxima que poderia ser aplicada deveria ser a flagelação romana, e não a crucificação, pena máxima atribuída para crimes mais graves como roubos ou estupros. Conclusão: a condenação de Jesus foi juridicamente falando um erro, que feriu os princípios mais básicos do direito natural do homem.

O desfecho já é bastante conhecido: dor, humilhação, sacrifício, violência, morte. Parecia o fim do sonho de construir uma sociedade nova, mais fraterna, mais justa, e portanto verdadeiramente humana. Para os poderosos a crucificação de Cristo assinalava a vitória do opressor, uma certeza de que o status quo não mudaria, ou seja os ricos permaneceriam ricos e os pobres estariam condenados a mais absoluta miséria. Todavia, a ressurreição de Cristo veio para provar o contrário: o sonho não morreu, apenas transcendeu de sentido, mudou de direção, agora nós é quem somos chamados ao compromisso de dar continuidade a obra de Cristo, não apenas com palavras, mas com ações, com gestos concretos que traduzam a paz, a esperança e a certeza de que os ideais de Cristo jamais serão esquecidos. Ele viveu por nós, Ele morreu por nós. Quisera que vivêssemos em função dele, e que morrêssemos sem nada dever ao maior ser que a humanidade já conheceu.

* O autor é historiador, professor, escritor; membro da Academia de Letras e Artes da Cidade do Paulista.

Publicado no Jornal do Commércio, edição de 29 de março de 2000

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Professor na Paixão de Pesqueira




Professor faz teatro na Paixão de Cristo no Pátio do Convento em Pesqueira.
Souza, é professor da rede pública estadual e trabalha na Escola Profº Cândido Pessoa em Peixinhos/Olinda, é
natural de Pesqueira-Pe. O professor não tem medido esforços no sentido de divulgar as 'coisas' de sua terra,
como também os
problemas educacionais em nosso Estado, e para isso tem utilizado a rádio SAP Pesqueira (sap@sappesqueira.com.br) da qual faz parte.
Este ano, Souza faz o papel de Gamaliel, um fariseu.
A encenação acontece a mais de vinte anos no Pátio do Convento em Pesqueira.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

SER PROFESSOR NÃO É ESCOLHA, É DECISÃO.

SER PROFESSOR NÃO É ESCOLHA, É DECISÃO.


Eu não escolhi ser professor!
Pois não é uma questão de escolha,
É apenas uma decisão.
E acredito na atitude tomada,
Mesmo com toda a dureza da jornada.
Ensinar é uma mistura de vício, dom e paixão.
É uma troca constante de aprendizado,
Que vai além de um recinto fechado.
Ser professor exige uma visão ampla,
Pois o trabalho ultrapassa as paredes da sala de aula.
Às vezes, somos pais, médicos ou psicólogos.
E em alguns casos, somos detetives ou policiais.
Investigadores de uma violência escolar que veio para ficar.
Não somos escoteiros, mas estamos sempre alerta!
Infelizmente, o professor não é valorizado.
Está perdendo espaço no mundo globalizado.
Quando se quer culpar alguém pela falência do sistema,
Imediatamente o professor é lembrado!


Paulo Vasconcelos

Debate (parte II)

Decepcionando o público que lotou o auditório do Sintepe na tarde de ontem (19/março) o secretário de educação Anderson Gomes saiu sem responder aos diversos questionamentos feitos pela categoria. Alegando compromisso inadiável, encerrou o encontro(não houve debate)limitando-se a fazer anotações de tudo que foi citado na fala cada inscrito. Inicialmente abrindo o 'debate' o secretário fez algumas considerações sobre pontos levantados no encontro passado. Justificou a política de fechamento de turmas, alegando pouca demanda em algumas escolas o que ocasiona a junção de turmas, divulgou por meio de ofício que, chegará às escolas orientações sobre a volta do horário da tarde para às 13:30' e, as práticas de Educação Física em horário diferente do que o aluno está matriculado. Quanto ao Piso Salarial que é a inquietação de todos, restringiu-se a dizer que, a "lei está aí, não há o que discutir e, o governo pagará o retroativo".
Retroativo a partir de quando uma vez que, o governo deixou de reajustar o Piso em janeiro de 2009, 2010 e 2011 como manda a lei?
Nas falas dos presentes, muitas queixas quanto às gestões autoritárias sendo citadas como exemplo as direções das escolas Mac Dowell/Camaragibe e da Artur Mendonça/Moreno que, impostas por força da Gre Metrosul, infernizam a vida dos professores e agem de forma ditatorial, sem escutar o professorado, tudo que dizem é para seguir o que manda a GRE, por essa postura, estão sendo chamadas pelos professores de GRERETORAS.
Em sua fala a professora Arlene Gomes (nenhum parentesco com o secretário)colocou com muita propriedade a extrema burocratização que acompanha o pedido de aposentadoria do servidor da educação, cobrou uma política educacional que valorize, amplie e estimule o ensino do supletivo na rede e, pediu esclarecimentos quantos aos custos do projeto Travessia incluindo as gastanças com as capacitações em hotéis luxuosos. Queixou-se das baixas remunerações e das inadequadas condições de trabalho, além da falta de atenção do governo no atendimento às reivindicações da categoria. Finalizando arrancou aplausos da plateia quando afirmou que "gosta muito do que faz, só não gosta do que ganha". Aproveitei o momento para pedir eleições diretas para gestores com critérios definidos pelos trabalhadores(as) junto ao Sintepe. Solicitei explicações para o fechamento de turmas do fundamental onde a demanda de alunos é imensa a exemplo da Escola Santa Sofia/Camaragibe que vem fechando às portas à esse público de forma arbitrária e, cobrei definições sobre os burocráticos diários de classe, precisamos definir urgentemente o que consideramos básico, ou melhor o que realmente faz sentido e deveremos preencher.
Valéria (Sintepe) também fez observação importante quanto aos critérios para eleições para direções de escolas, citou que o modelo atual não satisfaz, o voto do professor não vale nada, quem define a eleição são os votos dos alunos por serem maioria portanto, são deles que as direções aproximam-se em campanhas eleitorais. Boa observação, aliás o critério da proporcionalidade deveria valer também para as eleições sindicais, uma vez que, chapa concorrente com mais de 40% dos votos válidos deixam de ter representação no sindicato. Sem mais, o encontrou foi um fiasco numa tarde acinzentada à espera de chuvas.

Mortes e agressões nas escolas

Bullying - Mortes e agressões nas escolas from pauloalx on Vimeo.

Desinteresse de estudantes em seguir carreira de professor pode ser problema

Escolas mostram contraste brutal na qualidade do ensino

Panorama da crise da educação no Brasil

Alunos passam mal após almoço em Escola de Referência em Nova Descoberta

Esta situação já virou rotina, mas cabe perguntar: quanto dinheiro público é destinado para assegurar os contratos destes fornecedores privados de merenda escolar? Quem fiscaliza a qualidade da alimentação? Quem assume a responsabilidade por esta situação?

domingo, 17 de abril de 2011

A “CONVERSA” COM ANDERSON GOMES E O CONTO DO DIÁLOGO

É destaque no sitio do SINTEPE: próxima terça o secretário de educação estará na sede do sindicato para dialogar,escutar as demandas da categoria.Alardeado aos quatro ventos pela direção do Sindicato como fator positivo,esse tipo de evento desperta várias esperanças em nossos colegas e costuma levar uma multidão de trabalhadores ao auditório de nossa entidade representativa,professores esperançosos,alguns com brilho nos olhos e o desejo ardente de ouvir algo que reduza(ao menos um pouco)a torpeza do cotidiano. Queremos alertar aos leitores deste blog:o encontro não produzirá nada.

Não,não estou sendo pessimista.

Longe de ser um pessimista, um derrotista e outros tantos adjetivos estou tentando juntar os cacos de uma história recente,uma história da relação entre o SINTEPE e o governo do PSB-PT-PCdoB.

No primeiro governo,derrotar os trabalhadores em educação era primordial para a Frente Popular,por isso as greves eram ferozmente combatidas,por isso os pontos foram descontados e contratados temporariamente ocuparam nosso lugar nas escolas.Por isso se buscaram inúmeras maneiras de fazer chegar à sociedade que o professor era responsável direto pelo desmantelo de nossa educação pública estadual.

Danilo Cabral,”Inimigo da educação” segundo a categoria,estava blindado pelo governo,é um importante quadro do PSB e não poderia ser “vidraça”.Por isso não ia a negociações,nem a debates.Não era política do PSB-PT-PC do B desgastar um futuro deputado federal.

O primeiro governo acabou,com ele a nova eleição do governo de Frente Popular e o ressentimento e desconfiança de boa parte dos Trabalhadores em Educação.

Pano rápido: Em que candidato a governador os dirigentes do SINTEPE votaram?

No segundo governo,Eduardo Campos coloca na Secretária de Educação um quadro aparentemente sem maiores arpirações a quadros eletivos,um senhor que fala baixo,queconversa,e é um educador reconhecido: Anderson Gomes.

A direção do SINTEPE deve ter respirado aliviada.Finalmente alguém para dialogar...mesmo que esses diálogos resultem em puros instrumentos de retórica e tenham pouco resultado prático...Alguém para dialogar...mesmo que não haja na mesa de negociação com o Governo do Estado nenhum resultado prático para a nossa categoria até agora.

Terça-feira,19 de abril,teremos esse”espaço para diálogo”.

Mas nossa categoria não pode confiar em “boas intenções”,não deve ficar satisfeita com “anotação de demandas para posterior averiguação”. Nossa categoria deve exigir mais!

E se o Anderson Gomes fosse ao SINTEPE no dia 19 com a caneta na mão? E se lá mesmo ele assinasse a validade do nosso PSNP? E se de lá saissem resoluções e não promessas?

Aí sim valeria a pena!

Conversar é bom...mas não produz nada. A nossa direção tem a capacidade de listar para o Sr secretário todos os nossos problemas.Não é necessária uma plenária. Só que querem empurrar esse diálogo por mais alguns meses para arrefecer o ânimo da categoria,para que não entremos em confronto com esse governo nefasto.

Devemos estar lá dia 19,mas nossa tarefa é denunciar esse conto do vigário que são essas plenárias que não resolvem nada e só querem imprimir um verniz democrático a um governo autoritário.

André Luiz Gonçalves.

sábado, 16 de abril de 2011

16 de Abril, Dia da Voz

Neste dia é bom retomarmos as discussões sobre as condições adversas com as quais trabalhamos nas unidades de ensino público do Estado.
A estrutura física da maioria das escolas públicas em nosso Estado constitui uma das principais causas de problemas relacionados à voz do professor. Outro fator que agrava os males da voz é o número excessivo de alunos por turma, o que ocasiona um esforço sobre humano por parte do professorado durante a realização de seu trabalho em sala de aula.


Muitos podem alegar: algo já está sendo feito, microfones com amplificadores de voz estão sendo distribuídos para os professores em Pernambuco. Isto ninguém pode negar, todavia as boas intenções da Secretaria de Educação de Pernambuco esbarram na desorganização das GRES.


O NAS(Núcleo de Apoio ao Servidor) responsável pelo levantamento e distribuição desses equipamentos, desconhece o fato de que muitos gestores ao receberem os equipamentos se sentem senhores dos mesmos e não os repassam aos professores contemplados pelo levantamento deste Núcleo. Há que se rever todo este programa sob pena de se ver dinheiro público mal empregado.

Debate Com o Secretário de Educação (parte II)

Secretário volta a debater com trabalhadores em
educação na terça-feira



Depois de pouco mais de dois meses, o secretário
de Educação, Anderson Gomes, volta ao Sintepe
para responder aos questionamentos feitos pela
categoria no dia 10 de fevereiro. O novo debate
será realizado na terça-feira (19), das 14h às 16h,
no auditório do sindicato.
O secretário se comprometeu em esclarecer a
aplicação da instrução normativa que provocou o
fechamento de t urmas da noite, do 1º ano do
Ensino Médio e do programa Educação para
Jovens e Adultos (EJA), de 47 unidades do Recife
e interior do Estado.
Um dos pontos reivindicados pelos trabalhadores
diz respeito à inclusão das aulas de educação-física
no horário regular. A categoria reclamou que a
falta de estrutura e condições adequadas em grande
parte das escolas inviabiliza o retorno do aluno à
sala de aula após a realização de exercícios práticos.
O sindicato também cobrou um posicionamento sobre
a mudança do início do horário das aulas do turno da
tarde, que era às 13h30 e passou para 13 horas.
Para o Sintepe, a medida prejudicou o deslocamento
de docentes entre as unidades de ensino.
“Levando em conta que a maioria dos docentes está
vinculada a mais de uma rede, alguém que largar ao
meio-dia de uma escola em Paulista, por exemplo,
não terá como almoçar e chegar a tempo em uma
unidade no Jordão”, analisou a vice-presidente do
sindicato. Antonieta Trindade. A direção vai
aproveitar a oportunidade para questionar o
secretário sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal
de que o Piso Salarial do Magistério deve ser considerado
como salário base da carreira, sem gratificações incorporadas.
“Vamos cobrar dele um posicionamento do governo sobre
o pagamento do Piso de acordo com o que foi estabelecido
pelo STF”, adiantou Trindade.
O debate com o secretário de Educação será aberto
ao público.

Fonte: Sintepe

Seria bom, o secretária esclarecer o fechamento de

turmas do Fundamental onde a demanda é imensa,

a exemplo da Escola Santa Sofia/Camaragibe,

em que, dona Sandra Farias(GRE metrosul)

em reunião às portas fechadas decidiu o destino

da escola. Aliás, há muitos desmantelos à explicar,

sinhô secretário.




quarta-feira, 13 de abril de 2011

Procura pela carreira docente despenca: ninguém quer ser professor!




ESTUDANTE ASSASSINADA


ASSASSINATO

Mulher é morta durante assalto em Aldeia

Os dois criminosos estão foragidos

Publicado em 12/04/2011, às 16h49

Do JC Online

Nanda Mateus, como assinava o próprio nome, estava concluindo o curso de Radialismo e TV na UFPE / Reprodução do Facebook

Nanda Mateus, como assinava o próprio nome, estava concluindo o curso de Radialismo e TV na UFPE

Reprodução do Facebook

Uma mulher foi morta, na tarde desta terça-feira (12), durante um assalto no local conhecido por Chã de Peroba, no quilômetro 7 da Estrada de Aldeia, em Camaragibe. A vítma é a aluna da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Fernanda Patrícia Veras Mateus, 26 anos, e estava no carro da amiga Lorena Albuquerque. As duas seguiam para um haras, onde fariam um trabalho da faculdade. Ao parar o carro para pedir informação, próximo a uma propriedade do pai de Lorena, dois homens anunciaram o assalto. Segundo informações do delegado Roberto Geraldo, titular da Delegacia de Camaragibe, Fernanda não entregou a bolsa e levou um tiro. "Ele atirou no rosto dela de forma cruel. Maldosa". Após o tiro, a amiga ainda tentou socorrer a amiga, mas, ao perceber que ela estava morta, parou numa granja nas proximidades do local para pedir ajuda. As duas estavam concluindo o curso de radialismo e TV da UFPE. A universidade entrou em contato com os familiares e colocou à disposição todo o seu corpo de assistentes sociais e psicólogos. Lorena foi ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prestar depoimento sobre o caso. Os dois homens acusados de cometer o crime seguem foragidos.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Finalmente o governo de Pernambuco promete reforçar segurança nas escolas

Ué, só perceberam agora que não existe absolutamente NENHUMA segurança nas escola públicas da rede estadual de Pernambuco? Ah, claro, na bela e arrumada sede da Secretaria de Educação não falta vigilância... é difícil perceber os fatos estando distante do mundo real!

sábado, 9 de abril de 2011

PAUTA DE REIVINDICAÇÕES DA CAMPANHA SALARIAL EDUCACIONAL 2011

EIXO VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL

A. FORMAÇÃO
A.1) Formação continuada para os profissionais da educação nas áreas de atuação de todos os níveis/ modalidades e em Gestão Democrática para os gestores das escolas e demais locais de trabalho com o objetivo de horizontalizar as relações, na perspectiva de formar cidadãos e cidadãs críticos e criticas comprometidos com as lutas sociais;
A.2) Ampliar as vagas nos cursos de especialização para os profissionais da educação;
A.3) Realizar convênios com instituições autorizadas pelo MEC para oportunizar cursos de mestrado e doutorado;
A.4) Intercâmbio para os professores de Línguas;
A.5) Política de formação para qualificar o Projeto Político Pedagógico das escolas;
A.7) Garantir o direito de escolher o suporte didático (Jornal, Revista, etc).


B. SALÁRIO BASE
B.1) Implementação da Lei nº. 11.738/08 do Piso Salarial Nacional defendido pela CNTE;
B.2) Estabelecer que no início da carreira haja uma diferença salarial de 50% entre professores que possuam o curso normal médio e os que possuem graduação;
B.3) Implementar no PCC o percentual de 30% na especialização, 40% no mestrado e 50% no doutorado;
B.4) Incorporação da gratificação 207 para os administrativos / transformação do 207 em carga horária de 40 horas semanais;
B.5) Implantar a política de Progressão por Desempenho estabelecida na Lei Estadual n. 11.559/98;
B.6) Implantar política de incentivo ao desenvolvimento profissional;
B.7) Pagamento do retroativo referente ao aumento salarial dos professores em janeiro de 2009 conforme Lei Federal nº. 11.738/08.
B.8) Conclusão “urgente” da revisão do Plano de Cargos e Carreira;
B.9) Devolução dos dias descontados durante a última greve.

C. BENEFÍCIOS
C.1) Aumento do vale refeição para R$ 345,40 mês, efetuando seu pagamento pela matrícula do trabalhador em educação;
C.2) Agilização da concessão, liberação e pagamento das licenças prêmio, garantindo a liberação na data solicitada;
C.3) Estender os benefícios recebidos pelos profissionais lotados nas Escolas de Referência para todas as escolas da Rede;
C.4) Aumentar o valor do bônus para a Bienal contemplando os trabalhadores em educação por matrícula;
C.5) Garantir o direito a todos os profissionais da educação ao notbook com internet;
C.6) Diminuição urgente do percentual do FUNAFIN de 13,5% para 11%;
C.7) Pagamento do Abono Educador no valor de um (01) salário mínimo no Dia do Professor aos profissionais do magistério e no Dia do Servidor Público para os demais profissionais da educação;
C.8) Liberação total para os professores cursarem Especialização, Mestrado e Doutorado;
C.9) Rever política de financiamento da casa própria, visando melhorar o acesso, assim como buscar formas de financiamento de carro popular com juros abaixo do mercado.
C.10) Criação de uma gratificação permanente para tratar doenças comprovadamente adquiridas no trabalho (40% do salário base);
C.11) Garantir a opção de receber o vale transporte em pecúnia;
C.12) Garantir ao trabalhador em educação em gozo da Licença Prêmio o recebimento do bônus educacional;
C.13) Criar a gratificação de incentivo a permanência em sala de aula;
C.14) Agilizar o atendimento das solicitações de caracterização da Escola com Difícil Acesso;
C.15) Restituir notbooks perdidos pelos professores durante as enchentes de 2010.
C. 16) Implementar política preventiva contra doenças fonoaudiológicas;
C.17) Implementação de um programa que cuide da saúde física e mental dos trabalhadores em educação, através do SASSEPE, que reivindicamos preservar e fortalecer.
C.18) Credenciar diferentes especialidades médicas no interior ( oftalmologista, ortopedia, cardiologia, pediatria, endocrinologia, dermatologista, etc);
C.19) Pagamento diferenciado por parte do SASSEPE, como política de incentivo, aos especialistas da área de saúde que atendem nas cidades do interior;
C.20) Melhorar o atendimento do 0800 utilizado na marcação de consultas no SASSEPE.

EIXO CONDIÇÕES ADEQUADAS DE TRABALHO

A. PESSOAL
A.1) Nomear todos os aprovados nos últimos concursos de professor e administrativo para substituir as contratações temporárias e as terceirizações;
A.2) Realizar concurso para professor de libras, preferencialmente o profissional surdo, intérpretes de libras, professor brailista, para área de TI e para administrativos (assistentes e auxiliares);
A.3) Seleção de pessoal para Biblioteca, Educador de Apoio e Central de Tecnologia.

B. PEDAGÓGICAS
B.1) Assegurar a Internet Banda Larga à todos/as trabalhadores/as em educação;
B.2) Voltar as aulas de educação física para o contra-turno, respeitando as especificidades regionais;
B.3) Entrega de diários de classe no início do ano letivo;
B.4) Disponibilizar software educacional para fonte de pesquisa do professor;
B.5) Rever o horário do início dos turnos instituído por normativa da Secretaria;
B.6) Discussão com o SINTEPE sobre implementações das políticas públicas educacionais, a exemplo das mudanças na matriz curricular;
B.7) Respeitar a resolução do Conselho Estadual de Educação sobre a quantidade de estudantes por sala;
B.8) Redução da carga mensal de trabalho na sala de aula de 105 para 80 h/a e de 140 para 120 h/a;
B.9) Material didático específico, formação e acompanhamento para estudantes especiais e professores que atuam nestas salas;
B.10) Reformulação dos diários de classe na perspectiva de formatar uma estrutura mais objetiva.
B.11) Garantir em todas as escolas da rede, acompanhamento pedagógico dos estudantes com deficiências.
B.12) Pelo não fechamento de turmas em nenhuma Modalidade de Ensino (EJA, Fundamental I, II e Ensino Médio).
B.13) Promover ampla discussão na comunidade escolar e sociedade em geral sobre as questões da indisciplina e violência no ambiente escolar;
B.14) Volta da Função do auxiliar de disciplina.

C. EQUIPAMENTOS E INFRA-ESTRUTURA
C.1) Garantir equipamentos de higiene e segurança aos trabalhadores auxiliares de serviços administrativos educacionais;
C.2) Instalar em todas as Escolas sala para os profissionais da educação;
C.3) Implantar Laboratório de informática;
C.4) Garantir salas de aula adequadas, amplas e ventiladas/climatizadas, cadeiras confortáveis e em número suficiente;
C.5) Ampliação e construção de espaços e acervo para as bibliotecas;
C.6) Construção de quadras poliesportivas cobertas nas Escolas;
C.7) Equipar as escolas com Data Show/salas multimídia;
C.8) Instalar Laboratório de ciências exatas e humanas nas escolas;
C.9) Construção de refeitórios para os estudantes merendarem;
C.10) Cumprimento da Lei da Acessibilidade.
C.11) Implementar uma política permanente de segurança nas escolas;
C.12) Construção de escolas na região do Litoral Sul, principalmente em São José da Coroa Grande e Tamandaré e nos locais onde funcionam escolas em prédios cedidos;
C.13) Garantir abastecimento d’água nas escolas de todas as regiões do estado;
C.14) Informatizar a vida escolar do estudante.

EIXO GESTÃO DEMOCRÁTICA
A) Eleição direta para diretor e diretor adjunto, inclusive para as escolas de referência;
B) Fortalecimento dos Conselhos Escolares e Grêmios estudantis;
C) Mandato de 2 anos para diretor de escola com direito a uma reeleição;
D) Seleção para Gestor da GRE’s sem influência política e divulgação dos critérios avaliativos a toda nossa categoria;
E) Garantir a participação da Comunidade Escolar na construção do Plano Estadual de Educação.
F) Garantir o direito das Entidades Estudantis criarem o Grêmio nas Escolas de referências.

Fonte:Sintepe

quarta-feira, 6 de abril de 2011

O cúmulo: Professor ganha mais se não der aula!

Novo piso de professor é menor que de profissionais com mesmo curso - Quem tem graduação em letras, biologia, química e física consegue remuneração inicial maior fora do que dentro da sala de aula.

Apesar do aumento anunciado na semana passada de 15,85%, o novo piso nacional para professores – de R$ 1.187 mensais por 40 horas semanais – é a menor remuneração inicial que profissionais formados em áreas relacionadas às disciplinas escolares podem ter. Se conseguirem trabalho fora da sala de aula, formados em letras, biologia, química e física tem perspectiva de salário inicial maior.

Nas outras áreas de formação de professores, história, geografia, matemática, sociologia, filosofia e pedagogia, o mercado de trabalho fora da escola é quase nulo para quem conclui apenas a graduação. Ainda assim, há uma opção mais rentável do que dar aulas: estudar. As bolsas de mestrado para pesquisadores com dedicação exclusiva, que vão de R$ 1.200 a R$ 1.478, para o doutorado sobem para até R$ 2,5 mil.

Biologia
No caso dos biólogos, o Conselho Federal de Biologia mantém uma tabela de “referência de honorários” que, apesar de não ser atualizada desde 2007, prevê cobrança mínima de R$ 40 por hora, ou R$ 1.600 pela mesma carga do piso nacional, para os profissionais com experiência de até três anos. Os mais experientes, receberiam R$ 150 por hora.

Química
Os químicos têm a remuneração regulamentada pela lei 4.950 de 1966, que prevê cinco salários mínimos vigentes no País, ou R$ 2.725, para quem fez uma graduação de menos de quatro anos. Quem fez bacharelado, tem direito a seis salários, R$ 3.270. A legislação vale para carga horária de seis horas por dia (30 horas de segunda a sexta).

Letras
No caso de Letras, a comparação fica prejudicada porque os profissionais que enveredam pela carreira de tradutor costumam receber por trabalho e não por mês. A lista de “valores praticados” pelo Sindicato Nacional dos Tradutores, no entanto, mostra que quem tiver trabalho a realizar, consegue uma remuneração melhor do que como professor de língua. A tradução mais barata por escrito custa R$ 26 por página. Um profissional teria que traduzir 45 páginas por mês para chegar ao piso do professor. Já uma tradução simultânea paga por um dia mais do que o piso: são R$ 1.200 nos Estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul e R$ 1.300 em São Paulo e Rio de Janeiro.

Física
O profissional formado em física também tem pouco mercado de trabalho fora da sala de aula para quem fez apenas faculdade. Segundo Ivan Oliveira, pesquisador do Centro Brasileiros de Pesquisas Físicas, o profissional que faz mestrado e doutorado tem remuneração inicial de R$ 10 mil como pesquisador, mas antes disso só há duas opções, dar aulas ou ser aprovado em concursos da Petrobras. “Neste segundo caso, o salário mais baixo é de R$ 8 mil”, afirma.

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/novo+piso+de+professor+e+menor+que+de+profissionais+com+mesmo+curso/n1238128599198.html

STF decide que piso do professor se refere a salário base

Supremo julgou improcedente pedido de Estados para considerar gratificações e R$ 1.187 passa a ser o mínimo


Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votaram hoje a favor do piso nacional para professores como valor mínimo a ser recebido por educadores por 40 horas semanais. A lei 11.738 proposta pelo Ministério da Educação e aprovada no Congresso Nacional era questionada desde sua publicação em 2008 por ação conjunta dos governos do Ceará, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Com o julgamento, o valor que na época era de R$ 950 e hoje está atualizado em R$1.187 está vigente.

A ação dos Estados pedia que fosse considerada a remuneração total dos professores, incluídas gratificações e bônus e alegava que poderia faltar dinheiro para o pagamento dos educadores. Os ministros consideraram que um piso mínimo para valorização do professor foi previsto na constituição e cabe à união agora complementar o orçamento dos governos que comprovadamente não possuírem recursos para pagá-lo. O Ministério da Educação já adota essa prática.
Hora de atividade pedagógica
Outro argumento da ação, o de que a lei feria o princípio de autonomia das unidades da federação ao estabelecer que das 40 horas semanais e que, destas, um terço deveria ser reservado a atividades extraclasse - como planejamento pedagógico, formação profissional e pesquisas para aulas - foi considerado procedente.
A votação final seguiu o parecer do relator do caso, o ministro Joaquim Barbosa, que foi favorável à instituição do piso, mas manteve o pedido de inconstitucionalidade em relação ao estabelecimento de tempo fora da sala de aula. “A união não pode esgotar todas as particularidades locais”, disse.
ministro Luiz Fux, mais recente empossado no STF por indicação da presidenta Dilma Rousseff, votou pela aprovação da lei na íntegra, mantendo a imposição da carga horária reservada ao planejamento e formação de professores. “Não enxergo nenhuma ruptura do pacto federativo, não acho possível falar em piso nacional sem falar em carga horária”, afirmou durante o debate.
Gilmar Mendes e Marco Aurélio argumentaram que alguns Estados são dependentes de repasses da União e que a lei era “sucinta e superficial” em relação a complementação da união. "Não cabe ao governo federal legislar sobre funcionalismo estadual e municipal, depois eles não consiguirão pagar e cairão na lei de responsabilidade fiscal e, então, não poderão receber recurso da união. É preocupante", colocou Mendes. "A lei é justa, mas não é constitucional", complementou Aurélio.
Barbosa ponderou que em relação a verbas, os representantes dos Estados no Congresso tinham "plena consciência" quando votaram pelo piso.
Por último, o presidente do STF Ayres Brito destacou os dois pontos da constituição que falam em valorização do professor e que prevêem piso federal para professor. “Portanto, não há como dizer que não seja constitucional. A cláusula da reserva financeira não pode operar sobre a educação, tão importante para a legislação que é citada 96 vezes na constituição."

DOAÇÃO

Olá pessoal, venho por meio deste pedir a quem puder, fazer o teste de compatibilidade de medula óssea em favor de uma grande amiga e profissional, a bibliotecária Aparecida Morais, que passa por um momento muito difícil com sua filha que há pouco descobriu uma leucemia e está a espera de um doador compatível. Para fazer o teste é necessário doar apenas 4ml de sangue e a partir daí ja está cadastrado no banco nacional.
Segue o endereço:
HLA Diagnóstico que fica na rua Gonçalves Maia, 113, Boa
Vista, Recife - ao lado do Consulado dos EUA, telefone: (81) 3421-3387.
Horário de funcionamento: segunda à sexta entre 07:00 e 16:00 horas.
Para ser doador é necessário ter entre 18 e 55 anos de idade e gozar de
boa saúde, coleta 4 ml de sangue e preenche um formulário.

Ana Luiza

Pessoas,
Ana Luiza ( a que faz o pedido) é minha filha e trabalha com Aparecida na Fundação Joaquim Nabuco, portanto sei de perto da situação, a doença foi descoberta após uma gripe no período de carnaval. Assim, quem puder ajudar e/ou repassar o apelo, fico imensamente agradecida.
Não se trata de corrente alguma, coloco meu telefone e e-mail para qualquer esclarecimento.

Maria Albênia (malbenia@gmail.com) (81) 9213-6271


domingo, 3 de abril de 2011

VIII Congresso de Educação


A base de muita festa e em 'pleno exercício da democracia' o SINTEPE conseguiu aprovar na íntegra sua resolução (nº1) apresentada no VIII Congresso de Educação realizado em Cabo de Santo Agostinho(litoral-PE). Na verdade tudo estava demarcado, mesmo antes das resoluções serem apresentadas, já tínhamos idéia qual seria o resultado, uma vez que receberam camisetas vermelhas apenas os delegado que iriam votar nas propostas do sindicato. Fato este que, rendeu crítico e engraçado comentário do professor Geraldo Luiz que, em uma de suas intervenções referiu-se à plenária como um espaço democrático e multicolorido quando, na verdade predominava a cor vermelho. De acordo com alterações estatutárias propostas pelo sindicato e aprovadas, os critérios para eleição dos delegados implicam na redução da participação da categoria nos próximos congressos uma vez que, será necessário 50 sócios por escola para eleger-se 1 delegado ( antes a proporção era 10 para 1). A escola que tiver menos que 50 sócios, os delegados serão escolhidos em plenárias pré-congressuais. Um golpe para nossa categoria, todos sabem o quanto é difícil eleger delegados no locais de trabalho, imagem numa plenária. Fica claro que irão prevalescer os interesses do SINTEPE. Explicando melhor, questionadores, opositores às ideologias do Sintepe, certamente ficarão fora do processo, pois é comum nessas situações surgirem caravanas e caravanas para respaldarem através do voto os desejos do sindicato. Uma contradição, num Congresso onde o que mais ouviu-se foram as expressões, democracia, luta, garantias de direitos e valorização profissional, aprova-se entre outras coisas, a redução do número de trabalhadores(as) na participação da luta.
Aprovou-se também a Pauta de Reivindicação da Campanha Salarial Educacional 2011, distribuída em três eixos: I.Valorização Profissional(Formação/Salário Base/Benefícios), II.Condições Adequadas de Trabalho(Pessoal/Pedagógicas/Equipamentos e Infra-Estrutura) III. Gestão Democrática. Pontos importantes foram sancionados na pauta, a questão agora é, a implementação ou não das reivindicações levantados. Devido aos acréscimos, correções e algumas supressões realizadas, apresentaremos (nesse blog) a pauta após correção da redação feita pelo Sintepe.

Abraço cordial à todas(os).

Intervenção em Escola

Contrariando as intenções da GRE metrosul quando, forçadamente queria fazer intervenção na escola Antonio Correia/Camaragibe, a comunidade escolar da unidade citada saiu vitoriosa do conflito. O secretário de Educação Anderson Gomes, em reunião realizada dia 25 de março na Seduc com uma comissão da escola e representantes do Sintepe, nomeou uma professora escolhida pelo Conselho Escolar para administrar a unidade. Há sessenta dias sem direção, a escola passava por momento delicado uma vez que, é necessário a assinatura da do(a) gestor(a) para resolver diversos problemas administrativos, porém organizados e baseados no principio da gestão democrática garantia dada pela Constituição Federal, os trabalhadores(as) em educação fizeram valer seus direitos. A mesma sorte não tiveram os companheiros(as) das escolas Conselheiro Mac Dowell/Camaragibe e Arthur Mendonça/Moreno, que amargam intervenções impostas pela senhora Sandra Farias (gestora Gre metrosul).

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Estudantes passam mal após almoço.

* Folha de Pernambuco, caderno grande Recife, de 01/04/11


Cerca de 70 alunos da escola estadual de referência em Ensino Médio Jornalista Trajano Chacon, situada na avenida do Forte, no Cordeiro, denunciaram ter amanhecido, on­tem, com desinteira. Segundo eles, a infecção intestinal foi causada pela alimentação oferecida aos alunos do ensino semi-integral. De acordo com a diretora da unidade de ensino Karina Lopes, ainda não foi comprovado que a comida que causou o mal-estar teria sido o almoço, contudo, uma amostra do alimento servido já foi enviada para o setor de nutrição da Secretaria Estadual de Educação (SEE) a fim de ser analisada. Funcionários da Secretaria também visitaram a empresa terceirizada com o objetivo de esclarecer o problema.

Segundo informações dos alunos da unidade escolar, na manhã de ontem, vários colegas já chegaram com o problema, e muitos nem sequer conseguiram dormir direito à noite, indo ao banheiro a todo instante. O estudante Wellington Nunes, 18, que estuda no 3º ano do Ensino Médio, disse passou a noite indo ao banheiro. “Nós almoçamos duas vezes por semana aqui e ontem (anteontem), quando fui para casa, fiquei com dor de barriga”, informou. Embora a gestora não confirme que realmente a alimentação da escola foi responsável pelo problema, mesmo assim, ela relatou que alguns alunos pediram para ir para casa mais cedo, reclamando que também estariam com os sintomas.

Segundo a diretora, um professor de lá também teve problemas do tipo, mas, ainda de acordo com ela, o docente não almoçou naquele dia na escola. A refeição é servida nas segundas e quartas-feiras, para alunos do 2º e 3º ano do Ensino Médio e às terças e quintas-feiras, para os do 1º ano. Ela enfatizou que apenas uma aluna foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da avenida Abdias de Carvalho, no Prado. Na unidade hospitalar, a estudante do 2º ano da escola, estava acompanhada pela mãe, a doméstica Arlete Maria da Hora de Lima, 40. Ela disse que a filha havia ficado doente depois de ter comido a refeição, um dia antes na escola. “Quando soube ela havia piorado tive que sair correndo do trabalho para acompanhá-la ao médico”, relatou.

Em nota, a SEE esclareceu que a refeição fornecida para a escola de referência é feita por uma empresa terceirizada, que prepara os alimentos e faz o transporte para a unidade. O órgão informou que estão sendo tomadas todas as providências necessárias para o esclarecimento da situação. Para isso, o serviço de nutrição da SEE esteve na escola, e na sede da empresa fazendo uma análise dos alimentos servidos aos alunos. A SEE garantiu, que o laudo será apresentado nos próximos 15 dias. A secretaria informou ainda, que prestou assistência aos estudantes que necessitaram de atendimento médico, porém não confirmou o número de alunos que tiveram os sintomas.