quinta-feira, 29 de setembro de 2011

O método "socialista" de tratar professores faz vítimas no Ceará

Cid Gomes, governador do Ceará, é correligionário de Eduardo Campos e demonstra que o "apreço" dos colegas do PSB por professores deve ser também compartilhado. Jagunços fardados e pagos pelos cidadãos para combater criminosos atacaram covardemente professores que manifestavam pelo atendimento de direitos e por reconhecimento e valorização.

As imagens abaixo retratam o absurdo e atestam o  elevado grau de falta de compromisso dos adoradores de Stalin que figuram como bons "gestores" e "renovadores" que agem como verdadeiros coronéis típicos do velho mandonismos que marcou a tradição política nordestina.

Isso merece repúdio.








Alunos pedem medidas para evitar suicídios

UFPE
Alunos do Centro de Filosofia e Ciências Humanas(CFCH), no campus da UFPE, farão um protesto hoje, às 14h, cobrando medidas da universidade para evitar suicídios no local- foram três desde julho. O último ocorreu ontem, vitimando uma jovem não identificada, que aparentava 25 anos. Ela pulou de uma janela do 14º andar por volta das 17h. As aulas foram, suspensas. A UFPE informou que parte da fachada foi gradeada, mas a vítima utilizou uma janela estreita sem proteção.

DIARIO de PERNAMBUCO - Recife, quinta-feira, 29 de setembro de 2011
A2 e A3

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Escândalo

POLÍTICA

Segundo jornal Folha de S.Paulo, Eduardo Campos aluga carro de filiado ao próprio partido

Locadora em Brasília é usada pelo governador e sua mãe, a deputada Ana Arraes, recentemente eleita para o TCU

Publicado em 27/09/2011, às 08h05

Com informações dos repórteres Fernando Mello e Filipe Coutinho, da Folha de S.Paulo

 / Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem

Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem

Denúncia feita pelo jornal Folha de S.Paulo e publicada na edição desta terça-feira (27) mostra que o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e a mãe dele, a deputada federal Ana Arraes (PSB-PE), pagaram cerca de R$ 300 mil em verbas públicas a uma locadora de automóveis de uma filiada ao PSB. Desse montante, R$ 210 mil foram pagos pelo governo de Pernambuco na gestão de Campos, outros R$ 93 mil pelo gabinete de Ana Arraes, segundo dados oficiais dos dois órgãos. Outros R$ 40 mil foram pagos pelo PSB nacional. Segundo a apuração do jornal, a BSB Locadora não tem carros suficientes para cumprir seus contratos, não possui site nem número na lista telefônica e tem como endereço uma sala fechada na periferia de Brasília.

Segundo a apuração da Folha, a sócia majoritária da BSB, Renata Ferreira, é filiada ao PSB - presidido por Campos. Ela entrou no partido em outubro de 2009, uma semana depois de ter vencido uma licitação para fornecer automóveis para a representação do governo pernambucano em Brasília.

Renata também tem emprego, como terceirizada, no Ministério de Ciência e Tecnologia, que no governo Lula foi comandado pelo PSB -no primeiro mandato, foi dirigido pelo próprio Campos. A apuração da Folha aponta que o pai dela, Esmerino Ferreira, trabalha no gabinete de Ana Arraes desde 2007. Antes, foi o motorista de Campos entre 1998 e 2006. No cabeçalho das mensagens enviadas pelo fax da casa da dona da locadora, não aparecem os nomes da empresa ou dos proprietários - mas o de "Eduardo Campos".

Nos quatro dias em que a Folha foi até a locadora, na cidade satélite de Samambaia, a sala estava trancada por uma porta de vidro. Dentro há uma mesa, um computador antigo e um telefone, além colchões velhos e material para festas infantis. Os vizinhos dizem que a empresa vive fechada e que só trabalha para políticos. A BSB Locadora tem registrado em seu nome cinco carros, avaliados em R$ 275 mil. O número é insuficiente para atender a todos os clientes simultaneamente.

O governo e a empresa se contradizem: o contrato foi ampliado para o aluguel de quatro carros, mas a empresa diz que só aluga três. Ana Arraes e outros três deputados pagam para ter um carro: Carlos Eduardo Cadoca (PSC-PE), Keiko Ota (PSB-SP) e Gastão Vieira (PMDB-MA), nomeado recentemente ministro do Turismo.


sábado, 24 de setembro de 2011

Bienal Internacional do Livro segue cobrando ingressos


Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR 24/09/2011 | 12h14 | Polêmica

A Bienal Internacional do Livro de Pernambuco segue cobrando normalmente os ingressos para a entrada no evento. Ontem, uma nova decisão do juiz Marcos Antônio Nery de Azevedo, da 26ª Vara Cível do Recife, aumentou de R$ 3 mil para R$ 15 mil a multa diária pelo descumprimento da proibição da cobrança.

O juiz deu um prazo de 24 horas para a Cia. de Eventos, empresa contratada para viabilizar a realização da feira, dar explicações sobre o descumprimento da decisão inicial. A Assessoria de Imprensa da Cia. de Eventos informou que a empresa deve se pronunciar sobre a decisão até o fim da tarde de hoje.

A Bienal começou ontem e segue até o próximo dia 2 de outubro, no Centro de Convenções, em Olinda, das 10h às 22h. Os ingressos custam R$ 4 (inteira) e R$ 2 (meia-entrada). Professores, alunos e projetos sociais das redes pública e privada que agendarem previamente a visitação e idosos com mais de 65 anos não pagam.

Em oito edições da Bienal, esta é a primeira vez em que há cobrança de ingressos, o que desagradou a Associação do Nordeste das Distribuidoras e Editoras de Livro (Andelivros). Foi a associação quem entrou com a ação pedindo a suspensão da cobrança.


De 200 para 220 dias?

O Ministro Haddad propõe aumento dos dias letivos como mecanismo para melhorar os índices educacionais no país. A proposta prevê perdas de dias do recesso e partes das férias em janeiro. Está comprovado que o aumento de dias letivos não provoca melhorias no quadro educacional, saímos dos 180 para 200 dias e o que aconteceu? A educação permanece um caos pois, não se melhora educação sem reparar a qualidade de vida de um povo, não se melhora educação pagando baixa remuneração aos professores, não se melhora educação com escolas desestruturadas e funcionando a base do improviso, não se melhora educação garantindo bolsa-escola e outros artifícios com intuito apenas de manter o aluno preso à unidade de ensino.
Temos assistido discursos tímidos e que nas entrelinhas sinalizam para a aceitação da proposta de Haddad, dizer que, o aumento dos dias letivos se não vier acompanhado de outras medidas em nada modificará o ensino, é uma forma indireta de aceitar mais um golpe contra os trabalhadores em educação. Precisamos barrar o projeto, a sua implementação. Sindicatos, partidos políticos, alunos e professores precisam mobilizar-se. Utilizemos a internet, e demais meios de comunicação para esclarecer a inutilidade da proposta do Ministro da Educação, reformas paliativas são apenas mais um artifício para maquiar a situação educacional no país.
O mundo inteiro tem se rebelado contra medidas arbitrárias que ferem e retiram direitos dos trabalhadores, porque aqui (no Brasil) nos tornamos tão passivos e ordeiros? Onde estão os partidos ditos de esquerda? Por onde anda os políticos que dizem trabalhar pelo povo? E os movimentos estudantis o que andam fazendo?

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Adiel e Coco Camará





Quando achamos que estamos perdidos e totalmente contaminados por músicas medíocres que não representam acréscimo cultural algum, somos surpreendidos por gente que, com muita propriedade busca resgatar as tradições de um povo.
Estamos falando de Adiel Luna e o Coco Camará. O grupo surge em 2003 e vem ganhando respeitado espaço no cenário musical, inclusive com vários convites para apresentações no exterior. Moradora de Camaragibe, porém só agora tive o prazer de conhecer o grupo em uma de suas apresentações no Gruta Bar (Vila da Fábrica/Camaragibe).
Lugar aconchegante onde além do coco, podemos ouvir música de qualidade e assistir à excelentes vídeos exibidos no Cineclube (antes das apresentações musicais). Adiel e Coco apresentam-se no segundo sábado de cada mês. Vale a pena conferir.

Lições Duras


Os alunos da Escola Estadual Torquato de Castro(Aldeia) conheceram, durante três anos,a realidade da educação no Brasil. Antes de ocupar o imóvel para onde acabam de ser transferidos, frequentaram um galpão sujo, quente, sem biblioteca nem espaços destinados a atividades físicas. Repetindo: durante três anos.
Por Luce Pereira

Diário de Pernambuco
Vida Urbana C2 (Recife, 23 de setembro de 2011)

BIENAL

FEIRA

Justiça determina entrada gratuita para a VIII Bienal de Pernambuco

Andelivros, realizadora do evento, pediu na Justiça que entrada não fosse paga. Feira de livros começa nesta sexta-feira (23)

Publicado em 22/09/2011, às 21h09

Do JC Online

O público que for conferir a VIII Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, entre os dias 23 de setembro e 2 de outubro, no Centro de Convenções, em Olinda, não será cobrado para entrar no evento. O juiz Marcos Antônio Nery de Azevedo, no exercício cumulativo da 26ª Vara Cível do Recife, concedeu, às 18h55 desta quinta-feira (22), véspera do evento, um pedido de tutela antecipada impedindo a Cia de Eventos - contratada para organizar a feira - de efetuar a cobrança, sob pena de multa diário caso descumpra a decisão.

O pedido foi feito pela Associação do Nordeste das Distribuidoras e Editoras de Livro (Andelivros), idealizadora e realizadora da Bienal. Em nota, a instituição informou que "desde o princípio, o evento nunca teve fins lucrativos e tinha como objetivo promover a cultura e incentivar a leitura na região. No entanto, esse ano, sem prévia negociação ou autorização da Associação, [a Cia de Eventos] decidiu passar a cobrar ingressos para acesso ao evento. A medida acabaria por limitar a participação de parte do fiel público da feira e vai contra os objetivos iniciais da criação do evento".

O valor cobrado seria de R$ 4 (inteira) ou R$ 2 (meia). Estariam isentos professores e alunos das redes pública e privada que agendassem previamente a visitação, idosos com mais 65 anos, jornalistas credenciados e projetos sociais também agendados previamente.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Violência contra professora em SP

Um estudante de 10 anos atirou contra uma professora e depois se matou na tarde desta quinta-feira em uma escola municipal de São Caetano do Sul, no ABC Paulista. A professora foi socorrida pelo helicóptero Águia, da Polícia Militar. Ela levou um tiro na região posterior do lado esquerdo, altura do quadril, e sofreu fratura na patela direita, segundo a prefeitura da cidade, que informou que o estado de saúde da mulher é considerado leve, sem risco de morte.

De acordo com a prefeitura, o crime ocorreu na Escola Municipal Alcina Dantas Feijão, no bairro Mauá, por volta das 15h50. Um aluno do 4º ano, após discussão, disparou contra a professora Rosileide Queiros de Oliveira, 38 anos, dentro da sala de aula, que era ocupada por 25 alunos.

Em seguida, segundo testemunhas, o aluno se retirou da sala de aula e disparou contra a própria cabeça. Inicialmente, a prefeitura havia informado que o menino disparou dois tiros contra si próprio, mas a Polícia Militar confirmou posteriormente que foi apenas um.

Ambos foram socorridos com vida. O aluno foi atendido no Hospital de Emergência Albert Sabin, na avenida Keneddy, em São Caetano do Sul, e teve duas paradas cardíacas, sendo declarado morto às 16h50. A professora foi levada pelo helicóptero Águia ao Hospital das Clínicas, na capital paulista.

A prefeitura informou que as aulas desta noite e de amanhã na escola foram suspensas. A Polícia Militar diz não ter informações sobre como a criança entrou com o revólver 38 na escola.

Fonte: Portal Terra

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Cadê as eleições ?

Pelo visto as direções das escolas da rede estadual de Pernambuco permanecerão no poder por mais um ano através de novo decreto. Mesmo tendo o secretário de Educação Anderson Gomes prometido em debate aberto(Sintepe) e nas rodadas de negociações que teríamos eleições diretas para gestores ainda esse ano, o ''andar da carruagem'' permite-nos fazer outra interpretação. Ocorreu reunião em 25 de julho entre governo e sindicato e, até o momento não foi esclarecido o conteúdo do edital que irá nortear as eleições.
O governo intenciona capacitar aproximadamente nove mil professores, a partir daí selecionar os que irão concorrer às eleições, disse o secretário querer criar um ''banco de pessoas capacitadas''. Um exagero, imagine o montante de recursos que serão gastos nesse projeto, além disso, diversos cargos públicos não exigem capacitação alguma como requisito para ocupação de vagas. Por acaso os secretários de governo submetem-se à algum curso de capacitação antes de assumirem os postos à estes confiados? Prefeitos, vereadores e demais políticos , precisam previamente comprovar habilidade para lidar com o povo e com o destino que darão ao dinheiro público? Porque o curso para gestores não se restringe apenas aos que forem eleitos? Democracia em baixa, estamos assistindo mais uma vez, o governo ditar as regras do jogo, tudo acontecerá conforme determinação do mesmo. Adeus aos resquícios de autonomia nas unidades da rede.

7º Encontro de História e Geografia - Cabo de Santo Agostinho



DATA: 01/12/11
Local: Auditório  Pr. Antônio  Carlos Van Der Velden  - Pontezinha
Horário: 17h às 19h
         Credenciamento
Horário: 19h
Apresentação Cultural
Horário: 19h30
Composição da Mesa
Palestra de Abertura: “Africanidade e Afrobrasilidade no Ensino de História e Geografia: Desafios e Perspectivas”

DATA: 02/12/11
Local: FACHUCA
Horário: 8h às 17h
Mini-Cursos
Sala 1 – Biogeografia
Sala 2 – Geologia do Município do Cabo de Santo Agostinho
Sala 3 – Estratégias Pedagógicas para Implementação da Lei 11.645/08.
Sala 4 –  História da África

DATA: 03/12/11
Aulas de Campo
Aula 1 – Visita a comunidade renascente de quilombo 11 Negras – Cabo
Horário: 8h ás 12h
Aula 2 - Geologia do Município do Cabo de Santo Agostinho
Horário: 8h às 12h
Valores:  Profissionais:  R$ 30,00   Estudante:  R$ 15,00

Porque ainda apostamos no bônus?


Em meados do mês de julho, a prefeitura de Nova York (EUA) anunciou oficialmente o fim do programa que concedia bônus por desempenho aos professores da rede municipal de ensino, com a justificativa de que a estratégia não havia funcionado. No mesmo mês, entretanto, um estudo apontou avanços significativos no ensino público da Carolina do Norte (também nos EUA), que adota outro modelo de incentivos financeiros a docentes há mais de 10 anos.

Sendo assim, o que faz um programa de bônus dar certo ou errado? Sem sombra de dúvida, é a validação das experiências que serão implementadas a partir da prática de outros países, estados e municípios. De nada adianta reinventar projetos cuja falta de êxito já foi constatada ao longo dos anos.

O modelo novaiorquino de remuneração extra a professores de acordo com desempenho dos mesmos apresentava erros latentes, ainda antes de serem diagnosticados por meio de pesquisas. Um dos principais problemas era o fato de que as metas a serem atingidas eram estabelecidas para toda a escola que, se alcançasse o feito, receberia o bônus para dividir como quisesse. Obviamente, o foco da remuneração era o professor, mas o jornal The New York Times apresentou casos recentes em uma reportagem em que o dinheiro era dividido igualmente entre todos – incluídos aí servidores técnico-administrativos ou professores com menor desempenho.

A "injustiça" do programa novaiorquino não despertava interesse da classe docente por melhorias de desempenho. Outro problema, tão grave quanto, era o fato de os professores não compreenderem como funcionava a distribuição dos bônus para as escolas e, muito menos, quanto receberiam. Além disso, já trabalhavam sob o estresse constante de demissão e fechamento de escolas caso os resultados fossem insatisfatórios – algo que a legislação americana permite – e, portanto, o bônus em si pouco influenciava, ao passo que esses outros fatores acabavam ganhando maior projeção.

Contudo, estatísticas são feitas a partir de uma média. Seja de desempenho, opinião ou satisfação. Em outras palavras, o programa novaiorquino pode não ter tido um êxito generalizado, mas ainda assim apresentou felizes exemplos de escolas que tiveram avanços significativos no aprendizado de seus estudantes após a implementação do sistema de bonificação. Por isso mesmo, o programa nem deve ser realmente extinto; mas sim passar por um processo de readequação.

O Estado americano da Carolina do Norte é um bom exemplo sobre a eficiência do pagamento de bônus. Pesquisa recente, publicada em junho, mostra que o estilo do programa de incentivos de lá tem o potencial para melhorar a aprendizagem do aluno, incentivando os professores a exercer maior esforço no trabalho.

O modelo evita três armadilhas decorrentes da aplicação de planos de bônus: o problema de notas e matérias sem testes padronizados para aferição de desempenho, o problema dos professores lutando pelos melhores alunos, e ruído estatístico nos resultados dos testes.

Assim, na Carolina do Norte, os professores recebem salários suplementares de até 1.500 dólares quando o desempenho do teste padronizado de todos os alunos na sua escola melhora mais que uma quantidade pré-determinada. O programa de bônus levou os professores a exercerem maior esforço no trabalho, o que reduziu sistematicamente o número de ausências de professores por doença. E ficou provado que os incentivos financeiros a professores, quando bem gerenciados, se mostram mais rentáveis quando comparados a outras reformas da educação popular, como turmas reduzidas, uma vez que os alunos apresentaram avanços quatro vezes superiores por cada dólar gasto numa comparação entre as duas modalidades.

Não fossem pelos êxitos, países como Austrália, Estados Unidos, África do Sul, Índia, Quênia, Brasil e tantos outros não estariam apostando nesse modelo para conseguir o tão sonhado salto de qualidade educacional. O primeiro projeto que implementamos - o Programa Reconhecer, de estímulo à regência - foi vastamente debatido e pesquisado pelos técnicos da Secretaria Estadual da Educação e está fundamentado em experiências acertadas de Estados brasileiros como Minas Gerais, Pernambuco e São Paulo e até de outros países.

Transparente e conciso, o programa de bônus para professores em Goiás é uma das diversas frentes para valorização do docente em sala de aula. Estamos no início, mas temos claro que nosso objetivo é ter bons professores em sala de aula, pois são eles o principal instrumento entre a informação e a aprendizagem de nossas crianças.

Thiago Peixoto é secretário da Educação do Estado de Goiás, economista e deputado federal licenciado

Professores abrem mão de bônus para dar livros aos estudantes


Eis uma história incrível e inspiradora: os professores da rede pública da cidade de Mead, Nebraska, ganharam um bônus bem legal do plano de saúde oferecido a eles. Como eles fecharam o plano premium do convênio, eles ganharam uma viagem de um mês – se eles decidissem viajar, estava tudo pago; se não quisessem viajar, eles poderiam usar o dinheiro como quisessem.
E não é que eles abriram mão do passeio para o bem dos seus alunos? Eles se juntaram e os cerca de 28 mil dólares que seriam usados na viagem foram usados para comprar livros didáticos.
“Nós conversamos sobre o que fazer com o dinheiro e decidimos que esta seria a melhor maneira de gastá-lo”, afirmou Marcia Lamberson, professora que representou o grupo na negociação. De acordo com ela, comprar livros novos era uma emergência, pois os da escola estavam muitodesatualizados e precários.
Merecem uma salva de palmas!

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Justiça de Minas Gerais determina fim da greve dos professores e retorno imediato ao trabalho

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais determinou nesta sexta-feira (16) o fim da greve dos professores da rede estadual de educação do Estado, que já dura 100 dias. Segundo a decisão, os professores devem voltar para as salas de aula na segunda-feira (19). "A greve vai ser mantida e vamos recorrer da decisão", afirmou Beatriz Cerqueira, coordenadora-geral do Sind-UTE (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais).

Caso o movimento grevista continue, está previsto o pagamento de multa gradativa de R$ 20 mil pelo primeiro dia de continuidade da greve, a partir de segunda-feira, R$ 30 mil pelo segundo dia, R$ 40 mil pelo terceiro e R$ 50 mil pelos dias subsequentes, limitado o montante da pena a R$ 600 mil.

De acordo com Beatriz, a greve não foi declarada ilegal: "O desembargador determinou a suspensão da greve e o retorno imediato. O que não quer dizer que ela foi declarada ilegal, não tem isso na decisão do TJ", disse.

Fonte: Portal UOL- educação

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Casamento de Ronaldo e Gycelle

Ronaldo e Gycelle



Professores da Escola Santa Sofia

Aconteceu ontem(14 /09) às 14 horas em Recife, o casamento do professor Ronaldo Soares com a profª Gycelle. Ambos compõem o quadro de funcionários da Escola Santa Sofia/Camaragibe.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Baixa autoestima afasta alunos de públicas do Enem e Pernambuco volta a ser destaque negativo


MEC muda forma de divulgação das médias do exame. Pernambuco - "só para variar" - é destaque negativo: é o estado com o maior índice de escolas com baixa participação (menos de 25%) no exame, apesar da "revolução" que o governo estadual diz promover.

Publicado no IG


Tornar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) atraente o suficiente para todos os estudantes brasileiros ainda é um desafio para o governo federal. Depois das mudanças promovidas em 2009, o exame ganhou não só um novo formato, mas passou a substituir o vestibular de muitas universidades federais em todo o País. Ainda assim, grande parte dos jovens que termina o ensino médio não parece interessada no exame.

Em 2009, 1,7 milhão de jovens terminou a educação básica e 45,8% (824 mil) participaram da prova. No ano passado, a proporção de alunos em fase de conclusão do ensino médio aumentou para 56,4% (1 milhão). No entanto, os dados divulgados nesta segunda-feira pelo Ministério da Educação mostram que a maior dificuldade é atrair os estudantes das escolas públicas para o Enem.
> Consulte as notas das escolas no Enem 2010 e veja ranking das melhores e piores

O ministro da Educação, 
Fernando Haddad, defendeu a obrigatoriedade do exame para mudar essa realidade e tentar obter melhores indicadores em relação a etapa escolar. O exame, que é voluntário, passaria a exigir que os estudantes fizessem as provas sem que, para isso, tivessem de tirar alguma nota específica, como ocorre no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), no ensino superior. “Ele seria incorporado ao ensino médio como componente curricular”, afirmou.
Haddad afirmou, nesta terça-feira, que se mais instituições de ensino superior utilizarem o Enem como processo seletivo, o exame ficará mais atraente para os jovens. "As Secretarias Estaduais de Educação têm um papel maior nisso do que o MEC. Vale lembrar também que muitos estudantes do mundo inteiro não almejam o ensino superior mesmo", comentou.
 De acordo com o Censo Escolar de 2010, 26.497 escolas ofereciam turmas de ensino médio regular no Brasil. Desse total, 90% (26.099) tiveram alunos fazendo as provas do Enem. Das 18.884 escolas públicas de ensino médio brasileiras, 17.211 (91%) conseguiram ter participantes no exame. Entre os 7.613 colégios da rede privada, o percentual de escolas com participação na avaliação é menor, de 87% (6.689 colégios), mas o nível de participação por instituição é imensamente maior.

Pela primeira vez, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo exame, divulgou os resultados de acordo com a taxa de participação dos estudantes de cada colégio. As escolas da rede pública estão entre as que têm menor quantidade de participantes. As públicas representam 93,2% do total de 5571 escolas que tiveram apenas entre 2% e 25% de seus alunos fazendo as provas. Apenas 6,8% das privadas estão nessa situação.

Das 5.193 escolas públicas que estão na faixa de menor participação, 1.031 tiveram menos de 10% de estudantes matriculados respondendo às questões das provas do Enem. Outras 2.556 conseguiram com que apenas entre 10% e 20% de seus alunos fizessem a avaliação. E, por fim, 1.606 colégios atingiram entre 20% e 25% de participantes no exame.

Por outro lado, as privadas representam 75,6% dos colégios com mais de 75% dos estudantes participando do exame (de um total de 4.588 instituições). Já a rede pública tem apenas 24,4% nessa realidade. Entre as 5.380 escolas que tiveram entre 50% e 75% de participação, 64,7% eram públicas e 35,3%, privadas. Na outra faixa (de 25% a 50% de participantes), as particulares também são minoria (11,2%) e as públicas, maioria: 88,7% do total de 8.361 escolas nessa situação. 

A participação das escolas no Enem 2010

Veja o percentual de colégios públicos e privados por faixa de participação de alunos

Diferenças entre Estados

Pernambuco é o Estado com maior proporção de escolas com menos de 25% de estudantes participando do Enem. Dos 1.188 colégios pernambucanos, 40,5% estão nessa condição. A realidade da rede pública é ainda pior: 58% das 812 instituições federais, estaduais ou municipais tiveram menos de um quarto de alunos matriculados fazendo o exame. Menos de 25% dos estudantes da rede pública baiana se interessaram pelo Enem 2010.

Na região Sudeste, os exemplos confirmam a tendência. No Rio de Janeiro, 39% das escolas públicas se concentraram na faixa de menor participação no Enem. Entre a rede privada do Estado, o índice cai para 7,4%. Em São Paulo, os números também são semelhantes: 32,6% dos colégios da rede pública tiveram até 25% de participantes no exame, enquanto entre as particulares essa é a realidade de apenas 5,1% das escolas.

Baixa autoestima

Para quem lida de perto com os estudantes da rede pública, a baixa autoestima deles é um dos maiores causadores da autoexclusão dos alunos do Enem. Júlio Gregório, que foi professor e diretor de colégios públicos do Distrito Federal durante 34 anos, conta que os argumentos de muitos adolescentes para justificar a falta de interesse no exame é a crença de que não são capazes de conseguir bons resultados ou de competir com alunos de escolas privadas.

“Eles acham que a própria escola é fraca, dizem que faltam professores, que não viram todo o conteúdo que deveriam. Os estudantes não vêem chances de chegar ao ensino superior”, lamenta. Ele defende que gestores e professores cumpram sua parte em estimular e fazer um bom trabalho para mudar essa realidade. “Essas avaliações são importantes para ter acesso a universidades, bolsas de estudo e até empresas já estão de olho no desempenho dos meninos no Enem. É preciso acompanhar o processo de perto e não só dar estímulos genéricos”, diz.

Gregório conta que, enquanto era diretor, conferia as inscrições de todos os alunos do 3º ano do ensino médio durante todo o prazo concedido pelo MEC para isso. Depois, acabava ele mesmo inscrevendo aqueles mais desligados e os avisava. “Faz parte da adolescência também deixar tudo para depois e muitos se arrependem”, argumenta.

Para o ex-diretor, a proposta defendida pelo ministro Fernando Haddad de tornar o exame obrigatório será inevitável no futuro. “Ninguém quer ter o trabalho fiscalizado, mas acho importante fazer com que as pessoas assumam suas responsabilidades nas escolas também”, afirma. Mozart Neves Ramos, integrante do Conselho Nacional de Educação (CNE), também acredita que o Enem deve ser a avaliação da qualidade de ensino oferecida na fase final da educação básica. No entanto, argumenta que o governo precisa fazer o “dever de casa antes”.

“Primeiro, precisamos melhorar as condições de trabalho das escolas, a carreira do professor e melhorar os currículos do ensino médio”, pondera. Neves Ramos lembra que o processo de auto-exclusão dos estudantes da rede pública do Enem é antigo. “Eles não têm segurança no ensino que recebem. Grande parte não estuda o conteúdo que precisa, não têm professores de várias disciplinas ao longo do ano e sofrem com a desorganização curricular da escola. É natural que desacreditem na própria capacidade de chegar ao ensino superior”, comenta.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Educação: reprovada


Este artigo de Lya Luft representa uma rara ocasião em que vale a pena ler e reproduzir algo publicado na Veja. O texto é irretocável. Recomendado para governantes e para os malabaristas da pedagogia barata.

Há quem diga que sou otimista demais. Há quem diga que sou pessimista. Talvez eu tente apenas ser uma pessoa observadora habitante deste planeta, deste país. Uma colunista com temas repetidos. Ah, sim, os que me impactam mais, os que me preocupam mais, às vezes os que me encantam particularmente.
Uma das grandes preocupações de qualquer ser pensante por aqui é a educação. Fala-se muito, grita-se muito, escreve-se, haja teorias e reclamações. Ação? Muito pouca, que eu perceba. Os males foram-se acumulando de tal jeito que é difícil reorganizar o caos.
Há coisa de trinta anos, eu ainda professora universitária, recebíamos as primeiras levas de alunos saídos de escolas enfraquecidas pelas providências negativas: tiraram um ano de estudo da meninada, tiraram latim, tiraram francês, foram tirando a seriedade, o trabalho: era a moda do “aprender brincando”. Nada de esforço, punição nem pensar, portanto recompensas perderam o sentido. Contaram-me recentemente que em muitas escolas não se deve mais falar em “reprovação, reprovado”, pois isso pode traumatizar o aluno, marca-lo desfavoravelmente. Então, por que estudar, por que lutar, por que tentar?
De todos os modos facilitamos a vida dos estudantes, deixando-os cada vez mais despreparados para a vida e o mercado de trabalho. Empresas reclamam da dificuldade de encontrar mão de obra qualificada, médicos e advogados quase não sabem escrever, alunos de universidades que têm problemas para articular o pensamento, para argumentar, para escrever o que pensam. São, de certa forma, analfabetos. Aliás, o analfabetismo devasta este país. Não é alfabetizado quem sabe assinar o nome, mas quem o saber assinar embaixo de um texto que leu e entendeu. Portanto, a porcentagem de alfabetizados é incrivelmente baixa.
Agora sai na imprensa um relatório alarmante. Metade das crianças brasileiras na terceira série do elementar não sabem ler bem escrever. Não entende para que serve a pontuação em um texto. Não sabe ler as horas e minutos num relógio, não sabe que centímetros é uma medida de comprimento. Quase a metade dos mais adiantadas escreve mal, quase 60% têm dificuldades graves com números. Grande contingentes de jovens chega às universidades sem saber redigir um texto simples, pois não sabem pensar, muito menos expressar-se por escrito. Parafraseando um especialista, estamos produzindo estudantes analfabetos.
Naturalmente, a boa ou razoável escolarização é muito maior em escolas particulares: professores menos mal pagos, instalações melhores, algum livro na biblioteca, crianças mais bem alimentadas e saudáveis – pois o estado não cumpre o seu papel de garantir a todo cidadão (especialmente à criança) a necessária condição de saúde, moradia e alimentação.
Faxinar a miséria, louvável desejo da nossa presidenta, é essencial para nossa dignidade. Faxinar a ignorância – que é uma outra forma de miséria – exigiria que nos orçamentos da União e dos estados a educação, como a saúde, tivesse uma posição privilegiada. Não há dinheiro, dizem. Mas políticos aumentam seus salários de maneira vergonhosa, a coisa pública gasta nem se sabe direito onde, enquanto preparamos gerações de ignorantes, criados sem limites, na lhes é exigido, devem aprender brincando. Não lhes impuseram a mais elementar disciplina, como se não soubéssemos que escola, família, a vida sobretudo, se constroem em parte de erro e acerto, e esforço.
Mas se não podemos reprovar os alunos, se não temos mesas e cadeiras confortáveis e teto sólido sobe nossa cabeça nas salas de aula, como exigir aplicação, esforço, disciplina e limites, para o natural crescimento de cada um?
Cansei de falas grandiloquentes sobre educação, enquanto não se faz quase nada. Falar já gastou, já cansou, já desiludiu, já perdeu a graça. Precisamos de atos e fatos, orçamentos em que educação e saúde (para poder ir a escola, prestar atenção, estudar, render e crescer) tenham um peso considerável: fora isso, não haverá solução. A educação brasileira continuará, como agora, escandalosamente reprovada.