" MEC estima que sete a cada dez professores que lecionam ciências no país não são especialistas e, em alguns casos, sequer têm diploma universitário" (JC, Educação.2/12/2007). E ainda...
"A situação é mais dramática em física e química..."
Na avaliação do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA sigla em inglês), entre os 57 países pesquisados o Brasil colocou-se em 52º lugar.
Diante desses dados algumas reflexões são necessárias, não dá para entender como é que um país com baixos índices educacionais consiga melhorar seu IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) como foi divulgado recentemente, é certo que este Índice não mede-se apenas pelo nível ou grau de escolaridade porém, para caminharmos rumo ao desenvolvimento (social) é preciso priorizar educação e a saúde. E nesses setores estamos a anos luz de distanciamento se comparado ao Primeiro Mundo. O outro ponto é avaliar de fato o que se tem feito até agora para reverter-se esta situação. Esses dados embora atuais, não são novidades.
Culpa-se os profissionais em educação pelo fracasso dos alunos mas, incentiva-se o ensino à distância, a Universidade Aberta é um bom exemplo do caso. Que profissionais estas universidades põem no mercado de trabalho uma vez que lhes faltam o ambiente da pesquisa ( aula- campo, laboratório e outros) ?
Vê-se assim, crescer um ciclo de má formação educacional, enquanto o Estado omisso e inoperante faz parcerias com grupos de empresários( entre estes A Fundação Roberto Marinho, o Instituto Airton Senna e o Grupo Gerdau), privatizando de forma bastante sutil a educação pública.
Não há política educacional que trate com seriedade a questão da educação. Os programas ora aplicadas são "cópias" reeditadas de modelos obsoletos que visam exclusivamente a aprovação do aluno ( são os números que vão interessar às estatísticas) a exemplo do Brasil Alfabetizado, os Ciclos, as Telessalas entre outros. Portanto não esperemos mudanças no ensino brasileiro, este quadro se arrastará décadas após décadas até porque, é interessante aos governos essas levas de analfabetos funcionais que "formamos" nas escolas diariamente. É a" massa" que facilmente é manobrada e explorada pois, representam mão- de -obra excedente, desqualificada e, barata.
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