domingo, 8 de fevereiro de 2009

Ministro da Educação diz que país não pode admitir perda de interesse pelo magistério

Para Fernando Haddad, queda no interesse por licenciaturas alerta para que aumentemos os esforços
No encerramento do grupo de trabalho das grandes cidades, que reúne os secretários municipais de educação das 26 capitais, do Distrito Federal e dos 127 municípios com mais de 163 mil habitantes, o ministro da Educação, Fernando Haddad, reforçou a importância do piso salarial nacional para o magistério, em vigor desde o início do ano. "Não podemos admitir a perda de interesse pelo magistério", disse o ministro.Haddad comentou os dados do Censo da Educação Superior de 2007, divulgados na terça-feira, dia 3, os quais mostram uma queda no interesse por cursos. "Os novos dados são mais um alerta para que aumentemos os esforços na criação de um sistema público de formação de professores que envolva a União, estados e municípios", salientou.
O ministro pediu também esforços para a expansão da oferta de educação infantil. "Precisamos garantir que os alunos tenham habilidades próprias para a idade. Com isso, todo o trabalho no ensino básico será facilitado", disse. Haddad destacou os dados sobre alunos que cursaram educação infantil e concluem com mais freqüência o ensino médio. "A redução nos índices de analfabetismo também passa por um maior investimento na educação infantil."
A continuidade de ações e a parceria contínua entre União, estados e municípios foram destacadas como ferramentas primordiais de melhoria da qualidade da educação no país. Aos prefeitos e secretários presentes, Haddad pediu mais participação. "Não subestimem os subsídios que vocês podem nos conceder para melhorar as políticas públicas de educação no país", afirmou.Para o ministro, inúmeras questões pedem a manutenção de uma interlocução constante entre o MEC e os municípios.
"O apoio técnico do ministério está disponível para todos, sem exceção." Dentre as ferramentas para ampliar a interlocução com os municípios, Haddad citou os planos de ação articulada (PAR), que ele considera como instrumentos para a continuidade da gestão.Com o PAR, os gestores que chegam agora às secretarias têm um plano de trabalho avalizado pelo MEC. "Podem até não gostar e querer mudar, mas isso é bem diferente de chegar e encontrar computadores e gavetas vazios, como tantas vezes se viu."
(Assessoria de Comunicação do MEC)

3 comentários:

  1. Sugiro ao ministro Haddad que proponha a reavaliação do subsolo que se oferece aos docentes em nosso país. Com uma remuneração tão pouco atrativa pouquissímos jovens se sentirão atraídos para o magistério.Quanto aos projetos do ministério da educaçao visando a melhoria da qualidade e expansão do ensino en Brasil digo que nenhum projeto, ou programa que vise a melhoria da educação em nosso país terá êxito enquanto houver a presente postura de descompromisso nas instancias municipais e estaduais. O MEC deve fiscalizar de perto todo o processo, não solicitando relatórios apenas, pois esses podem ser de faz de conta. É preciso corpo presente, coleta de resultados in loco. Senão for desta forma tudo não passará de falácias e gastos públicos sem resultados.

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  2. Acredito que o desestímulo em exercer o magistério esteja atrelado a política do faz de conta, que é direcionada à educação.
    A educação virou mercadoria, os projetos educacionais não são discutidos com quem entende de educação(os educadores).Técnicos de gabinete, decidem os rumos desta. Instalou-se o caos, e insiste-se em cultivá-lo, mesmo que,de forma velada.

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  3. Eu acho que a vida não passa de uma série de brincadeiras. Começa na infância com brincadeira infantis e termina com as brincadeiras de mau gosto dos adultos, pois, todos nós( incluíndo os políticos) sabem quanto cada profissional precisa para viver dignamente e, exaltar esse desonroso(contra-piso)salarial só pode ser bincadeira. Ou os políticos levam a educação a sério, ou pagarão um preço sem precedentes.

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