terça-feira, 13 de outubro de 2009

A burocracia da SEE a que se destina?


Durante a gestão eduardina está sendo inegável admitir o crescente número de contratações de funcionários para atuarem na Secretaria Estadual de Educação. Percebemos novas caras nas gerências regionais de ensino e nas próprias unidades escolares, concretizando as promessas de campanha onde o nobre "socialista" aclamava que a SEE seria tratada de forma bem diversa da gestão jarbista.



A SEE tornou-se a menina dos olhos deste jovem político que se rodeou de secretários também muito jovens para concretizar seus intentos. Pernambuco desde 2007 vem recebendo verbas do FUNDEB. Milhões são repassados para serem investidos na melhoria da educação em nosso estado. Ocupamos a 7ª colocação em recebimento de recursos, os quais são revertidos, em parte na contratação deste corpo de funcionários, para atuarem nas unidades de ensino.



Quem participa da vida cotidiana das nossas escolas bem sabe que esses contratados tem como missão principal o não atuar em sala de aula. Não houve contratação somente de professores temporários, grande parte dessas contratações se resumem a técnicas, cuja formação e requisito básico desconheço. O seu trabalho se resume basicamente em contemplar o cotidiano escolar e elaborar relatórios diários sobre a atuação dos docentes e gestores encaminhando-os para as GREs. Lá com certeza deve haver um batalhão de outras técnicas para analisarem todos os relatórios, encaminhando os dados para a SEE.



Temos de admitir: o governo de Pernambuco só enfatiza seu aspecto socialista. Lembram que um dos aspectos do governo das Repúblicas Socialistas Soviéticas, já extintas, era a burocracia? Talvez por isso não tenha dado certo a implantação deste regime. Mas quem sabe não há uma nova receita nordestina deste socialismo burocrata?Quem sabe?



O que todos nós sabemos é que a manutenção de burocracias excessivas custam caro, muito caro. Apesar dos milhões do FUNDEB Pernambuco não sai do fundo do poço em se tratando de educação. Continuamos a ocupar os últimos lugares principalmente em se tratando de remuneração dos docentes. Recebemos o pior salário do Brasil.



Em vez de burocratizar o trabalho nas escolas o governo deveria pensar em desburocratizar as negociações e finalmente pagar o subsolo que os políticos sabidamente chamam de PISO. Em Pernambuco esta lei não foi cumprida ainda.



Já que a moda é experimentar na SEE, sugiro que, em vez de atuar privilegiando os relatórios, as técnicas contratadas deveriam atuar nas bibliotecas das escolas, muitas fechadas por falta de quem as organize, apoio pedagógico junto ao alunado, substituição de docentes que por ventura se ausentem, atividades extra-classe, auxílio nas secretarias onde falta pessoal, entre outros afazeres.
Será que até o final desta gestão "socialista" entenderemos para que tanta burocracia?

3 comentários:

  1. O repasse do Fundeb (setembro) foi de R$ 99.853.453,41 e sequer a SEE/PE divulga para onde vai todo esse recurso, não há prestação de contas para população.
    Por onde anda o MPPE, que últimamente tem sido tão citado em nossas escolas quando querem nos intimidar?
    Quanto a "burocracia socialista" de Eduardo Campos,nossos diários de classe também são um bom exemplo disso.

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  2. Pois é, onde está O MPPE que não cobra uma prestação de contas de todo esse dinheiro? De certa forma eu até entendo o por que o governo está pintando e bordando com nossa classe, basta observar como estamos sendo defendidos pelo sindicato! Não senti segurança alguma da parte jurídica! Resumindo é: Rumo ao futuro e cada um que se defenda como achar conveniente! Infelizmente!

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  3. O MPPE, como todos os outros órgãos e a imprensa estão nas mãos do Eduardo Campos. Ele controla tudo. Não temos quem nos defenda.

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