quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Educarrasco Campos anuncia a merreca de 8,32% para os professores

Demagogicamente, o carrasco de professores, iludido pelo desejo de ser presidente, anuncia o reajuste do MEC já para janeiro, diferente dos anos anteriores, onde o mesmo só acontecia em julho.

O TEXTO ABAIXO FOI Copiado do BLOG DE JAMILDO
http://jc3.uol.com.br/blogs/blogjamildo/canais/noticias/2014/01/02/antes_de_sair_eduardo_campos_anuncia_aumento_de_832_porcento_para_os_professores_do_estado_164975.php

Os professores da rede estadual de ensino terão reajuste de 8,32% em 2014, conforme anunciou nesta quinta-feira (2) o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). Os docentes com formação em magistério terão aumento de R$ 130,43 no salário, que passará de R$ 1.567,66 para 1.698,09. Já o pagamento dos docentes com licenciatura plena terá adição de R$ 136,95, passando de 1.646,04 para 1.782,99. Com o acréscimo, haverá impacto de R$ 144 milhões nos cofres públicos.
A mudança passa a valer a partir deste mês. Segundo o governador, o aumento obedece às determinações do Ministério da Educação (MEC) e às negociações com o sindicato da categoria.
Questionado sobre a possibilidade de conceder um aumento maior aos docentes, Campos rebateu afirmando que "até hoje só cinco Estados da federação cumpriram a determinação do MEC e Pernambuco foi um deles".
"Vamos cumprir exatamente o que o Ministério determinou, aplicando a fórmula que está na lei. Nós tivemos uma inflação na casa dos 6%, foi um ano muito duro. Poucos Estados da federação vão conseguir dar este aumento de 8% durante o ano de 2014. Algo acima disso é impossível na conta de todos os Estados. Gostaria muito de dar um aumento de 15 ou 20%, mas essa não é a realidade", explicou o governador.
No início do governo socialista, em 2007, a gratificação dos professores era R$ 540,80 (magistério) e R$ 739, 20 (licenciatura plena).

2 comentários:

  1. Informo que no dia 31/12/13 foi publicado no DOU uma nova portaria sobre o valor custo aluno para 2014 é de 2.285,57 e não 1.851,00 como previsto na portaria anterior.
    Segue abaixo trecho da portaria 19 de 31/12/2013
    GABINETE DO MINISTRO
    PORTARIA INTERMINISTERIAL No - 19, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2013

    Art. 2o. O valor anual mínimo nacional por aluno, na forma prevista no art. 4o, §§ 1o e 2o, e no art. 15, IV, da Lei no 11.494, de 2007, fica definido em R$ 2.285,57 (dois mil, duzentos e oitenta e cinco reais e cinquenta e sete centavos), previsto para o exercício de 2014.

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  2. Em 2007 Eduardo Campos estava em seu primeiro ano de mandato e chegou ao governo após prometer reverter imediatamente a situação na qual Pernambuco figurava como estado no qual era pago o pior salário do Brasil para professores entre todas as redes estaduais. O PT estava no governo e também no Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (o partido participa da direção desde a fundação do sindicato) e uma greve de professores foi deflagrada contra tudo e contra todos, inclusive contra a vontade da própria direção sindical. Foi uma greve tensa, pois a categoria estava sozinha e enfrentando os sindicalistas e o governo ao mesmo tempo. Enfrentava o governo por razões óbvias e a diretoria do SINTEPE era enfrentada diante das seguidas manobras para encerrar a greve sem nenhum avanço e tentando assegurar a boa relação com o governo (membro da direção do sindicato até falava abertamente que existira uma “lua de mel” entre o governo e o SINTEPE).

    Foram 54 dias em greve e em seu final o saldo foi lastimável em termos de conquistas. Um aumento de 5% foi o máximo que a categoria recebeu.

    Findo o movimento, fui convidado para participar de um debate na Rádio Jornal representando o movimento de oposição ao SINPTEPE e o grupo A Alternativa. Estavam lá o presidente do sindicato e sua assessora de imprensa e uma representante do alto comando da Secretaria de Educação também acompanhada por uma assessora (fui acompanhado por um colega que nem entrou no estúdio). Durante o debate tanto o sindicato quanto o governo se congratulavam e eu me via numa situação esquisita. Na ocasião, o presidente eterno do SINTEPE afirmou que os 5% eram uma conquista e o já reduzido crédito que eu mantinha em relação à direção sindical acabou de vez.

    Agora o mesmo governador, que agora não tem apoio do PT, anunciou um aumento salarial para os professores. O reajuste é de 8,32% e é patético, insuficiente e vergonhoso de qualquer forma. É um reajuste amparado numa manobra que burla o real fundamento da correção dos salários conforme orientação federal.

    O presidente do sindicato, que já achou uma conquista um aumento menor anteriormente, aparece para bradar que o novo reajuste é um “golpe”. Sim, concordo com ele, é mesmo um golpe – assim como foi um golpe a benevolência do SINTEPE em relação ao governo após a greve de 2007 vendendo como positiva uma situação vergonhosa. E é certamente interessante verificar essa mudança de discurso por parte do presidente vitalício do sindicato.

    É um fato inegável que Eduardo Campos realiza uma política educacional baseada em pura ficção propagandística. É propaganda enganosa e nada mais. Por outro lado, outra ficção tem sido o sindicalismo praticado pela entidade representativa dos trabalhadores em educação.

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