quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

" Falácias de Campos"

Enquanto Eduardo Campos utiliza-se da mídia para tratar de forma grotesca e descabida os trabalhadores em educação, as escolas públicas continuam abandonadas e entregues ao caos algumas, sem as condições mínimas de funcionamento. Atestando sua incompetência administrativa o governo faz uso de fórmulas antigas utilizadas pelos seus antecessores, como meio de"salvar" à educação, assim, joga as escolas públicas nas mãos de instituições privadas (parcerias de campanha entre elas, a Fundação Roberto Marinho) através de projetos mirabolantes comoTravessia, Avançar, Se Liga, Acelera entre outros, e demagogicamente afirma querer a"melhoria"da educação pública.
É impossível melhorar a educação, quando não há programa de governo desenvolvido para a mesma, quando há profissionais recebendo míseras remunerações e precisando "dividir"-se em duas ou três unidades escolares para garantir-lhes o sustento. Não há escola de qualidade quando alunos (mesmo menor de idade) abandonam a sala de aula para trabalhar, não há escola de qualidade quando empresários (do setor privado) que nada entendem de educação, ditam regras para esta, não há escola de qualidade quando os trabalhadores são desrespeitados e ameçados pelo "patrão" ( governo) opressor, não há melhoria na educação quando os alunos são induzidos e ludibriados à ingressarem em programas fantasiosos e fraudulentos como as Telessalas.
Tudo isso são "filmes" que já assistimos.
Quem não lembra das agressividades disparadas pelo insensato (ex) secretário de Educação Éfrem Maranhão ( década de 90) contra os trabalhadores (alguma semelhança com Cabral ?) ?
E o Projeto Avançar? Que " avanços" trouxe à educação? O que dizem as estatísticas sobre esses velhos programas ? Quantos alunos já concluíram o curso ? Quantos foram capacitados e quantos estão inseridos nas universidades e/ou mercado de trabalho formal ?
Se o governo tem "ideologia", é hora de apresentá-la pois, o povo não suporta mais tanta falácia, tanta propaganda.
Como profissionais em educação não compactuamos com estes desmandos, precisamos organizar a luta e cobrar do Estado a escola que queremos, àquela que realmente venha satisfazer os anseios da sociedade. Não podemos permitir que em nome de uma"cultura de aprovação em massa"nossos alunos saiam da escola sem absorverem o mínimo de aprendizagem, procedimento este que, furta-lhes a chance de concorrência profissional num mundo globalizado e excludente.

3 comentários:

  1. Falar, falar, falar... É só o que o governo sabe fazer!!!

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  2. Certos Conselhos de Classe foram vergonhosos: professores sérios e comprometidos, que ensinam e não enrolam os alunos foram obrigados, forçados, pressionados e até mesmo ameaçados a aprovar alunos que faltaram o ano todo, que begunçavam em vez de estudar, que não sabem de nada mesmo. Até alunos que NÃO fizeram a prova de recuperação final foram aprovados com média anual 6. A quem se queixar ? Ao secretário ou a GRE ? Afinal, aprovação em massa é o que eles queream. Ao Sindicato ? Cada vez mais alheio a alienado de nossas causas ? Ao Bispo ? Ao papa ? Sinceramente, estamos perdidos, para não usar outra terminologia pior!!! Eduardo 2010 ? Nunca mais!!! Quero meu voto de "vouta" (como escrevem meus alunos aprovados do terceiro ano médio).

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  3. Ninguém me força a aprovar aluno nenhum! Não é bom nem tentar, pois senão vai ouvir muitas e boas.

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