segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Saiu no DP


DIÁRIO DE PERNAMBUCO- Recife, segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
Editorial C4
Cartas à redação

DESORDENAMENTO 
Quando fecha turmas em escolas da rede em nome de uma política de municipalização batizada agora de ‘’reordenamento’’  a Secretaria de Educação de Pernambuco atesta o quanto  é desinformada.  Pois raro não são os casos em que o fechamento de turmas joga alunos para locais distantes de suas residências,  caso recente ocorreu  na Escola Oscar Carneiro, bairro de Vila da Fábrica em Camaragibe. Nesta escola o governo autorizou o fechamento das matrículas paras as turmas de 6ª ano, isto porque quer a toda força transformar a unidade citada em Escola de (Pre) Referência e tudo  sem consulta alguma com comunidade escolar e, tão pouco com o sindicato que representa os Trabalhadores em Educação (Sintepe). Como não há outra escola na comunidade os alunos serão obrigados a estudar em bairros distantes de suas residências. Todo esse desmantelo tem por objetivo o repasse do Ensino Fundamental inteiramente para responsabilidade dos municípios.
Argumentando erroneamente, a Secretaria diz que a "organização'' das matrículas cabe às GREs e tudo ocorre de forma legal com base na Instrução Normativa nº 07/2009.

Albênia Silva/Camaragibe

5 comentários:

  1. Erroneamente, nossos gestores acreditam que a educação irá melhorar com a implantação das escolas de tempo integral, onde percebe-se que estão "esticando" o tempo das aulas e nada mais. A educação requer muito mais. Entre tantas outras necessidades, a valorização dos profissionais da educação.

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  2. Queria entender tamanha aversão que existe entre alguns professores da rede e membros do Sintepe a respesto das escolas em tempo integral. Claro que considero uma segregação o que há, pois enquanto algumas escolas integrais oferecem uma qualidade muito maior, muitos estudantes ainda não tem oportunidade. Muitos dos que criticam e ficam procurando defeito nas escolas integrais deveriam procurar conhecer melhor o andamento das mesmas, compreender que na maioria das escolas o trabalho está sendo muito bem feito, respeitar os colegas que trabalham nessas escolas, vejo que o Sindicato vira as costas pra esses servidores, como se estes não fosse como todos nós, professores. A Educação requer muito mais, gostaria muito que os críticos de sempre oferecessem os paradigmas para esse "algo mais", muito embora só vemos a crítica pela crítica. Prezado Antonio, não me refiro apenas a você, mas a tantos outros, até a mim mesmo, que até pouco tempo não conseguia perceber esses detalhes. Acredito que a universalização dessa modalidade a longo prazo vai contribuir para que muitos jovens não caiam na marginalidade e que muitas famílias vejam seus filhos e filhas conquistando seus objetivos. Obrigado

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  3. Se observarmos os dados do IDEB, iremos constatá que não há diferenças significativas entre os resultados das escolas de tempo integral e as do "ensino regular". Portanto, algo está errado. Ora, o discurso do governo é de que a escola de tempo integral visa melhorar a educação e isso não vem ocorrendo. Não adianta mudar as estratégias de ensino se não valorizarmos os profissionais da educação. Muitos educadore forão atraídos para as escolas de tempo integral pela promessa de um salário melhor, mas já estão percebendo que o mesmo não é mais tão atraente assim, pois o governo congelou a gratificação desde 2008. Além do mais, o professor que pedir licença para fazer uma especialização, mestrado perde a gratificação. E aí, como ficamos sem a formação continuada que nos é garantida na LDB? Esses são questionamento que eu faço, pois vejo muitos escolas/colegas que tem medo de criticar porque dizem que o sistema de tempo integral não permite. isso é um absurdo. Quando há paralização, as escolas de tempo integral não param, nem se que lembram que é dia de paralização nacional. Então, o governo está conseguindo de forma sútil desarticular qualquer organização docente em busca de melhores condições de trabalho. E deixo uma pergunta no ar: Como um professor pode melhorar suas práticas docentes, fazer pesquisas, etc, se o mesmo tem uma carga horária de 32 aulas em algumas escolas de tempo integral? ......

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    1. Por isso que disse que o Sintepe virou as costas para esses profissionais. A escola em tempo integral não é mais um programa de governo, ou seja, transitório. Esse programa agora é de estado, uma política de estado, portanto irreversível, não adianta lutar contra, deve-se portanto lutar pra melhorar as condições de trabalho dessa grande quantidade de professores como nós, que trabalham nessas escolas. A formação continuada não é negada apenas pra quem trabalha nas integrais, tem sido negada sistematicamente para muitos professores da rede, isso é fato. Logicamente que a carga horária é estafante e por isso mesmo, peço que o sintepe olhe por esses profissionais, porque o que o governo quer é isso mesmo. Resultados em avaliações internas e externas vão ser melhores quando a qualidade do ensino fundamental também melhorar, pois não adianta oferecer uma melhor qualidade no ensino médio, seja em escolas regulares ou integrais se muitos estudantes chegam ao ensino médio sem base.

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