quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Escola Técnica Estadual dos Palmares funciona em condições precárias


PDFImprimirE-mail
Notícias Destaque
Escrito por Assessoria de Imprensa   
Seg, 02 de Setembro de 2013 09:36
A vista do alto contrasta com a realidade vivida por alunos e professores. Segundo eles, “falta de tudo” na unidade de ensino.

O foto ao lado impressiona à primeira vista. Uma escola ampla, aparentemente com infraestrutura, o que já seria um primeiro passo para a aplicação de um ensino de qualidade. Contudo, a realidade vivida por funcionários da Escola Técnica Estadual (ETE) dos Palmares, localizada na zona da Mata Sul de Pernambuco, é outra. Em visita à unidade de ensino, ocorrida na última terça-feira (27), a regional da Mata Sul do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) apurou várias queixas dos servidores da escola. No local, os representantes do sindicato puderam comprovar que professores, estudantes e funcionários estão sob ameaça constante da violência externa. A escola não oferece nenhuma segurança, não possui vigilante e nem porteiro. 

Os docentes reclamam de roubos constantes de animais. Recentemente, uma invasão de sala de aula amedrontou os funcionários e alunos. A unidade é toda aberta, professores e estudantes sofrem tentativa de assalto constantemente. “Fui pego de surpresa por uma pessoa que estava sob o efeito de drogas. Ela invadiu a sala de aula me causando medo e frustração por trabalhar num ambiente totalmente inseguro”, desabafou o professor Alex Sandro.

Como se não bastasse a total falta de segurança, a Escola Técnica Estadual dos Palmares funciona em condições precárias. O curso técnico em agropecuária, por exemplo, está sem coordenador há vários meses. Falta sal mineral, ração, seringas, luvas, medicamentos, cordas e etc. A velocidade da internet é muito baixa não fornecendo as devidas condições para que os estudantes possam usar os recursos tecnológicos como os tablets em pesquisas educacionais. 

Com a baixa frequência da internet, os professores se tornam vítimas das ameaças administrativas do governo em relação ao não preenchimento do Diário de Classe Eletrônico que, segundo a Portaria nº 4908 de 17 de julho de 2013, está entre as 100 escolas no estado que o serviço é obrigatório para os docentes. 

Os Professores afirmaram ainda que a gestora da escola já solicitou providências para todas essas demandas, porém, até agora nada foi resolvido. Segundo eles, quando a escola estava sob a jurisdição da Secretaria de Ciência e Tecnologia a situação era contrária a essa, após passar para a Secretaria de Educação começou a faltar quase tudo

O Sintepe informa que não é contra o uso das tecnologias nas escolas, mas, considera uma discrepância exigir e pressionar sem fornecer as condições necessárias para realizar. Além disso, o sindicato espera que as providências sejam tomadas e que essa importante e histórica escola palmarense possa funcionar com condições dignas para oferecer um ensino técnico com qualidade social para os jovens da Região.
 
Colaboração: Arantes Gomes
Representante do Sintepe 

Nenhum comentário:

Postar um comentário