segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Pesadelo dos Jovens Pernambucanos

Desastrosa. Tal palavra expressa de forma eficaz o resultado da participação das escolas estaduais no exame seriado da UPE em 2008. A baixíssima participação dos alunos das escolas públicas em nosso estado denota a falta de perspectiva de nossos jovens que vêem a formação superior como um sonho longe de suas possibilidades.
Insegurança, falta de informação, desinteresse, vários são os fatores que podem ter motivado esses jovens a não participar deste exame, que constitui um importante passo em direção a universidade pública.
A caminho do terceiro ano do mandato o governo de nosso estado deve repensar algumas práticas. Os centros experimentais, que deveriam figurar como escolas modelo obtiveram aproveitamento baixo, quase se igualando às escolas estaduais de ensino regular normal. Isto demonstra a falência da proposta deste modelo. Escola integral de qualidade e estrutura digna, sim com cursos profissionalizantes, a exemplo das politécnicas em seu auge. Escola de regime integral com estrutura de faz-de-conta que tem, não. Muda-se o nome, todavia a realidade continua a mesma.
Nosso estado necessita urgentemente de investimento no setor educacional e formação profissionalizante que possibilite ao nosso jovem desenvolver perspectiva de futuro promissor, saindo do ensino médio e ingressando na universidade.
Preparando-os para o mercado de trabalho, o governo economizaria milhões no combate à violência, às drogas, prostituição infanto-juvenil, dentre outros males que afligem nossa sociedade. Não quero afirmar aqui que boa educação resolve todo os problemas de nossa população, afirmo que pode preveni-los, diminuindo sua expansão, possibilitando oportunidades. A educação de qualidade gera oportunidades, perspectiva de futuro melhor.
É isto que falta à maioria dos jovens no Brasil: oportunidades de formação em seus bairros, em suas cidades. Como sonhar com a universidade se a escola que ele frequenta não oferta condições adequadas para seu estudo; bibliotecas, laboratórios de informática(os que existem nas escolas estaduais são risíveis: 10 computadores para atender a uma escola com média de 2000 alunos), quadras poliesportivas, laboratórios de ciências, entre outros.
Assim fica difícil sonhar!!!

2 comentários:

  1. Fui da época em que,a partir do 2ª ano de Ensino Médio podíamos optar por um curso profissionalizante. Assim, conclui o 3º ano e o curso Auxiliar em Laboratório,curso este que garantiu-me emprego por quase 20 anos.
    Atualmente, a conclusão do Ensino Médio não garante nada aos nossos alunos. Não os prepara para o vestibular, nem para o mercado de trabalho, nem pra vida.
    As escolas são desprovidas de recursos necessários a uma boa aprendizagem. Os professores fazem mágica e malabarismos para garantir um mínimo de qualidade em suas aulas.
    O que esperar dessa geração?
    Andrea, aproveitando o espaço envio-te abraço carinhoso.
    Saudades.

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  2. Também tive ensino médio profissionalizante, raro era quem não conseguia estágio, pois várias empresas tinham convênio direto com a própria escola:Correios, bancos, hospitais,entre outros e olha que ninguém conhecia o CIEE.A escola tinha a preocupação em conectar seus alunos com o mercado de trabalho. Hoje, infelizmente, mal se oferece merenda e preocupação em se fazer parceiras, mem se fala. Os gestores não são preparados para isto. Quem sabe se for colocado como uma meta que encrementesalário? mais verbas para a escola se estruturar?Aí sim tais projetos tomariam corpo e o dinheiro empregado com este entento seria um investimento que valesse apena.P.S:Abraço em vc também Albênia!!!Saudade!!!

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