quarta-feira, 2 de junho de 2010

Holocausto em Gaza: Liberdade ao Povo Palestino!

Amigos! Amigas!
Temo que, nesses próximos 45 dias, tudo se transforme num gigantesco e anestesiante carnaval da copa...
Há, porém, fatos gravíssimos que se produzem, no âmbito internacional e no próprio cenário nacional. O covarde ataque do exército de Israel a uma frota de paz, em águas internacionais, constitui apenas a ponta de um enorme "iceberg"...
Tomemos o exemplo da Faixa de Gaza. Não bastassem os territórios anexados por Israel, com o apoio ou a cumplicidade das grandes potências, a começar pelos Estados Unidos, agora nem no minúsculo território que lhes restou (uma área de pouco mais de 350 mil Km2, onde se acham confinados um milhão e meio de habitantes), os Palestinos podem respirar... Vivem, há três anos, a pão e água, num bloqueio desumano decretado pelo Estado de Israel em flagrante desrespeito ao Direito Internacional, em situação que, guardadas as proporções, lembra os campos de concentração nazistas, de que foram as principais vítimas os judeus, cujo Estado hoje reproduz contra os Palestinos aquilo de que ontem foi vítima o povo judeu...
Ações de incessante violação aos Direitos Humanos mais elementares são praticadas pelo Estado de Israel, de modo impune. Até parece que, num fórum como o da ONU, cada israelense vale por centenas ou milhares de cidadãos, numa escala cuja definição dependa da força e do prestígio de seu respectivo país.
No dia em que cada cidadã(o) - não importando de qual país, de qual condição de gênero, de etnia, de faixa etária, etc. - for respeitada(o) pela sua condição de ser humano, essas aberrações, não apenas merecerão a devida indignação e o devido repúdio, como também já não teriam lugar entre os Humanos.
Imaginemos, por exemplo, se o abominável e covarde ataque cometido pelo exército de Israel contra as embarcações com pessoas de cerca de 60 países (Brasil, inclusive), em missão evidentemente humanitária, tivesse sido cometido pelo exército de outro país (Irã, Cuba, Brasil, Venezuela, Coréia do Norte, Síria...), qual teria sido a reação imediata de governos como o dos Estados Unidos, dos países europeus e de sua respectiva mídia?
Importa, sim, que nos indignemos profundamente. Ser humano, não importa onde viva, ou qual sua condição, tem que ser tratado com justiça e com respeito. E que de tal indignação profunda resultem gestos concretos, que acenem para o nosso compromisso de o nosso efetivo empenho na construção de um novo mundo.

Com ira e com esperança,
Alder Calado (jornalista) / Pesqueira-PE

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