sábado, 26 de julho de 2008

Callcenter and Helpdesk

Há empresas ou segmentos do mercado que adotam desnecessariamente termos e expressões em inglês para dar maior efeito aos seus produtos e serviços. Lojas nos "shoppings" (muitas delas com nomes em inglês) já expressam nas vitrines suas promoções, apresentando preços com 10% "off", pois a palavra "desconto" já não agrada aos lojistas globalizados. Crianças já não brincam de bicicletas, afinal não conhecem mais este objeto. Elas andam em suas "bikes" assim como jogam seus "games".
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Por razões mercadológicas ou por uma síndrome colonial qualquer, o inglês tem tido um uso vulgarizado em vários setores de nossas vidas no cotidiano. Poderíamos crer que uma secretaria de educação estadual estivesse relativamente livre desta situação, mas não é o nosso caso.
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O uso do idioma de George W. Bush de forma indiscriminada atinge particularmente os serviços de atendimento de nossa Secretaria de Educação. As tumultuadas e ineficientes matrículas realizadas por telefone são opreradas pelo "Call Center" a serviço da Secretaria. Pois é, o governo de Pernambuco cumpre o ingresso de alunos em sua rede por meio de um serviço telefônico que é inutilmente denominado através de uma expressão inglesa que poderia muito bem ser substituída por uma expressão em português, afinal será que ninguém na SEE sabe o que uma "Central de Atendimento"? Ora, mas "Call Center" parece algo mais chamativo, mais moderno, não é?
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Há outro serviço telefônico com identificação em inglês, o famigerado "Helpdesk" através do qual são registrados os pedidos de reperaros nos compudadores das escolas. "Helpdesk" poderia perfeitamente ser substituído por "Suporte Técnico", mas a persistência inútil é mantida. E o uso do termo em inglês não muda as coisas, afinal, o serviço obtido por meio do "Helpdesk" é ineficiente e demorado.
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Seria interessante que a SEE reavaliasse este uso indiscriminado do inglês em suas próprias atividades e e serviços, afinal, o objetivo da Secretaria é educar a população!

Um comentário:

  1. Desde quando é necessário utilizar termos globalizadores(usos de idiomas entendidos por milhões resultantes, como vc Paulo já comentou, do imperialismo europeu e norte-americano) para se demonstrar eficiencia na prestação dos serviços oferecidos pelo estado? Ora, mas parece um enroulechion, embromechion e ninguém vê bom atendimento para os pernambucanos. Preferimos que falassem para que todos pernambucanos entendessem, afinal um português mais formal já fica difícil de atingir a todas as camadas da população, imaginem manifestações em outra língua?Não basta só "chapéu de palha" é preciso ter o pé no chão,digo a boca no Brasil mesmo!!!

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