Nossos queridos parlamentares recebem salários muito baixos, fato que motiva reajustes justíssimo de suas minguadas remunerações. Além de salários, nossos adorados deputados recebem as cotas parlamentares, dinheirinho extra utilizado para cobrir despesas próprias do exercício legislativo, tais como gastos com passagens, telefone, correspondência postal, combustível, estadia, alimentação e outras necessidades básicas para assegurar um ótimo desempenho no glorioso ofício de “representar” bem o povão!
Fora o salário e vários outros gastos, cada deputado pode dispor de até R$ 34.000,00 mensais como ajuda para garantir um bom exercício parlamentar. E eles normalmente não dispensam este dinheirinho. Alguns precisam de mais e outros de menos dinheiro desta cota, então os montantes utilizados pelos deputados podem variar bastante.
O deputado Cleber Verde, do Maranhão, adora uma verdinha e é o campeão no uso da cota, pois recebeu R$ 166.781,22 desde o início da legislatura, em 1 de fevereiro.
Todos os deputados pernambucanos receberam a “ajuda de custo”, embora alguns necessitaram de mais dinheiro que outros. É o caso do deputado Gonzaga Patriota (PSB), que recebeu “apenas” R$ 133.533,63. Ele é seguido por Festoca Cadoca (PSC), que recebeu R$ 127.074,98 e por Raul Henry (PMDB), com seus “modestos” R$ 124.793,45. Os deputados que merecem nossos aplausos por seus gastos mais moderados são Eduardo da Fonte (PP), o mais “econômico”, que utilizou R$ 33.277,89, além de Inocêncio de Oliveira (!), do PR, que empregou R$ 35.284,30.
Como o uso da cota pode variar, Gonzaga Patriota gastou mais de quatro vezes o que foi gasto por Eduardo da Fonte. E olhe que o ilustre parlamentar “socialista” figura no rol dos deputados que integram o chamado “baixo clero”, ou seja, é daqueles que exercem pouca ou praticamente nenhuma influência no Congresso, pois são mesmo irrelevantes e basicamente servem para fazer número e torrar dinheiro inutilmente. Para se ter ideia, nosso “gastador” mais voraz consumiu (sob nossas custas) mais de R$ 27 mil só com telefone, enquanto o vice-gastador, Cadoca, utilizou mais de R$ 14 mil com divulgação!!!
Abaixo o ranking de gastos dos deputados federais pernambucanos:
Lendo a matéria publicada na Folha de Pernambuco sobre esta situação, fiquei ainda mais incomodado ao saber que muitos dos parlamentares acham a coisa mais natural do mundo receber esse dinheirão para bancar coisas que nem deveriam ser pagas com dinheiro público. O sr. Raul Henry (PMDB), que também tem uma atuação apagada em Brasília, até afirmou que gastou R$ 8 mil fretando um jatinho para poder comparecer ao velório do ex-prefeito de Afogados da Ingazeira. Frequentar velório é atividade parlamentar? E eu devo pagar a conta desse gracejo do deputado? Raul Henry deve achar que sim!
NOJO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirCarreira política na maioria das vezes é carreira econômica. Não há como discordar disso.
ResponderExcluirA mídia divulga, o povo se indigna. Mas, o povo infelizmente ainda não aprendeu a votar. Esquecem tudo isso e, à cada eleição respaldam nas urnas toda essa bandidagem que impera na política brasileira.
ResponderExcluirNo Brasil é muito fácil gastar dinheiro público, pelo menos para os políticos.Esta permissividade é ultrajante. Pagamos, trabalhamos e eles gastam, gastam e gastam mais.
ResponderExcluirInfelizmente a lei tolera. Por falar em lei, lembro que as mesmas beneficiam aqueles que as criam.Parlamento maldito!!!Quanto tempo mais aguardaremos para que o povo veja isso? O voto legitima as más ações de políticos. Quem mandou votar errado?