domingo, 15 de julho de 2012

CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DOS ÍNDICES EDUCACIONAIS DO ESTADO DE PERNAMBUCO

A apresentação dos índices do IDEPE de 2011 foi destaque nos jornais do Recife no inicio de julho. O tom de ufanismo se revelou com os “avanços” dos dois níveis de Ensino Fundamental II, Ensino Médio e a modalidade Integral e Semi-Integral, os quais merecem algumas importantes considerações.

Ora vejamos quais foram esses “avanços”: No Fundamental mais precisamente na 5ª série os índices passaram de 4,0 para 4,4. No 9º ano antiga 8ª série 3,4 para 3,5 ou seja, 0,1 décimo. No Ensino Médio foi de 3,0 para 3,3 ou 0,3 décimos de “avanços”. Considerando estes dois últimos indicadores podemos inferir que a educação regular do Estado não anda tão bem assim como quer demonstrar a SEE, visto que, já se vão quase 6 anos de governo e estes indicadores podem ser considerados medíocres se levarmos em conta apenas este fato.

Outra coisa é que, se as escolas de “Referência” estão com índices “satisfatórios”, porque então o ensino médio regular apresenta indicadores medíocres? Não seria o caso de existir uma transferência de “tecnologias e técnicas educacionais” do modelo de referência para o regular? E se sim, por que até então não foi feito? Vale lembrar que as escolas regulares são a maioria da rede Estadual.

O resultado geral das Escolas de Referência, unificando as integrais com as Semi-Integrais, evoluiu de 4,1 para 4,4. Entretanto, das 217 Escolas Integrais e Semi-Integrais somente 20 alcançaram índice igual ou superior a 5, sendo que destas, 19 são do interior. Onde ficam o desempenho e a dinâmica das escolas da capital e região metropolitana nas quais foi iniciado o modelo de “referência”?

Observe o leitor um aspecto que foi ocultado pelo secretario quando da divulgação dessas informações, se apenas 20 obtiveram uma nota “boa” isto representa menos de 10% das 217 escolas de referência. Aí retomo ao aspecto, já citado, que se refere ao tempo em que tal modelo funciona no Estado (só neste governo), são 5 anos desta política e ainda assim, é só isto que temos?

(Professor Rodrigues)

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