Após a realização de mais uma assembléia que confirmou a continuidade da greve e deliberou algumas medidas de encaminhamanto, uma passeata dirigiu-se à Secretaria de Administração, onde ocorreu uma nova reunião de negociação entre o governo e a categoria.
Para variar, não houve entendimento. Em termos salarias, o governo manteve sua firmeza burocrática de negar qualquer possibilidade concreta de avanço sobre a pauta proposta, ressaltando, mais uma vez, seu descaso. Segundo o engodo que o governo afirma ser uma proposta, nada daquilo que foi oferecido muda a situação dos trabalhadores. Projeta-se um aumento para todos os trabalhadores numa ordem inferior aos 5%, o que não representa substancialmente nenhum ganho efetivo. Além do mais, para "oferecer" este percentual, o governo pretende retirar o benefício do abono anual. Em termos práticos, absolutamente nada mudaria na situação dos trabalhadores em educação pernambucanos. Vale salientar, que outras propostas indicadas pelo governo desde conversas anteriores também não são consistentes, afinal, afirmar que adiantará em um mês o pagamento de um piso salarial que sequer existe não significa nenhuma melhoria efetiva nas condições salarias da categoria.
Sobre a convocação dos professores concursados e ainda não empossados, o governo deu sinal de que não irá modificar sua diretriz, que é não admitir novas contratações definitivas no setor, apesar da reconhecida carência de professores nas salas de aula e do Termo de Ajustamento de Conduta firmado pelo Ministério Público, obrigando o governo a investir os conrcursados nos cargos para os quais prestaram seleção legítima.
O governo não pode, definitivamente, isentar-se da responsabilidade pela continuidade da greve do setor educacional, afinal, sua postura fria e dura perante as causas da educação, somente reforçam a crise instaurada na educação.
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