terça-feira, 30 de setembro de 2008

ELEIÇÕES 2008 - Os Tipos de Eleitores

ELEITOR TATU
Aquele que enfia a cabeça em sua vidinha particular e não quer saber de política. Ele acaba elegendo "picaretas" por não ouvir informações sobre os candidatos.
ELEITOR FORMIGA
Aquele que se deixa seduzir por um aperto de mão, um jantar, etc.
ELEITOR CORUJA
Aquele que fica sempre pendurado no mesmo candidato, sem perguntar o que ele fez e faz, votando por hábito e não por convicção.
ELEITOR PAPAGAIO
Aquele que repete o que ouviu no rádio ou na TV, sem ter opinião própria, caindo fácil na conversa do candidato.
ELEITOR CASCAVEL
Aquele que tem raiva dos políticos e da política. Acha que todos são ladrões, xinga todo mundo e acaba votando no escuro, na sorte.
ELEITOR PIRANHA
Aquele que, com raiva ou indiferença, anula ou deixa em branco o voto.
ELEITOR GALINHA
Aquele que vota em candidatos famosos e que prometem tudo. É só prometer o milho que já vai votando.
ELEITOR CIDADÃO
Aquele que vota com inteligência, procura se informar sobre o passado e os compromissos do candidato. Esse eleitor pensa sobretudo na coletividade e sabe que o seu voto pode mudar o Brasil

ELEIÇÕES 2008 - EM QUEM NÃO DEVEMOS VOTAR

1. Em candidatos envolvidos com atos de corrupção que foram responsabilizados por órgãos da Justiça ou pelo Tribunal de Contas da União ou do Estado, por desvio de dinheiro público;
2. Em candidatos que tiveram seu mandato cassado ou renunciaram, em tempo hábil, por temor de cassação;
3. Em candidatos que há muito tempo estão no poder e pouco ou nada fizeram em favor do povo;
4. Em candidatos que, reconhecidamente, em detrimento do bem comum, defendem os interesses de empresas e grupo;
5. Em candidatos envolvidos com tráfico de drogas, grupos de extermínio, assassinatos e outros crimes contra a paz e a justiça social;
6. Em candidatos que promovem violência contra os trabalhadores do campo, não respeitando os direitos adquiridos e explorando o trabalho infantil;
7. Em candidatos envolvidos na exploração sexual de crianças e adolescentes;
8. Em candidatos que, fazendo gastos excessivos na campanha, procuram subornar os eleitores, através da compra de votos;
9. Em candidatos que, diretamente ou por meio de seus aliados, perseguem funcionários públicos federais, estaduais e municipais, mediante ameaças de demissão ou transferências punitivas;
10. Em candidatos que evidenciam a prática do enriquecimento ilícito, em razão do rápido aumento de seu patrimônio financeiro.

ELEIÇÕES 2008 - QUEM MERECE SEU VOTO

1. Os candidatos que defendem a dignidade da vida humana, como valor primordial, em qualquer situação;
2. Os candidatos que, por sua história de vida e por sua prática política, estão comprometidos com a justiça social;
3. Os candidatos que trabalham honestamente pelo bem do povo, por cujo passado têm um crédito de confiança do eleitor;
4. Os candidatos que têm vida reconhecidamente honesta e, em sua prática política, fazem alianças com lideranças que respeitam o povo;
5. Os candidatos que têm presença na vida da comunidade e, portanto, não aparecem apenas para pedir voto, no período da campanha eleitoral;
6. Os candidatos que apresentam um patrimônio compatível com sua atividade profissional e com a remuneração recebida no exercício de sua função executiva ou legislativa;
7. Os candidatos que respeitam a liberdade partidária e não fazem campanha ofensiva contra os outros candidatos que pleiteiam os mesmos cargos, mediante o voto;
8. Os candidatos que demonstram sensibilidade e solidariedade concretas, em face das necessidades básicas da população, propondo um programa de ação adequado à realidade;
9. Os candidatos que têm compromisso com a causa dos trabalhadores rurais e urbanos;
10. Os candidatos a vereador que não prometem benefícios que são da competência do Poder Executivo.

30.000

Sobrevivemos aos 30.000 acessos!

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Procurar o Sintepe?!

Clique na imagem para ampliar
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A última nota do Sintepe nos jornais não apresenta nenhuma novidade - as notas do Sintepe estão cada vez mais repetitivas -, porém algo merece atenção: a direção do Sintepe manifestou interesse por aqueles que receberam acréscimos inferiores a 5% em seus salários, apesar do tão sonhado piso salarial! A nota informa que aqueles que ficaram nesta situação devem procurar entrar em contato com sindicato. Uma pergunta simples: procurar o sindicato para quê? 
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O Sintepe funcionará neste caso como um balcão de informações que poderia muito bem ser um serviço da própria Secretaria de Educação e ninguém sairá desta consulta satisfeito. A direção do Sintepe não irá explicar, por exemplo, que a implantação antecipada do piso salarial em Pernambuco é uma medida limitada, pois apenas antecipou em qutro meses algo que seria inevitável. E mais: os sindicalistas do Sintepe não irão deixar claros os motivos que os levaram a adotar uma ação que mais confundia do que esclarecia a categoria em torno do pagamento do piso em Pernambuco.
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Curioso o fato de que só agora a direção do Sintepe esteja atenta ao fato de que o parco piso salarial não seria um benefício para todo mundo!

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

A MONTANHA PARIU UM RATO!

Esta expressão portuguesa empregada como título desta postagem serve para ilustrar ironicamente uma situação segundo a qual um feito precedido por muito alarde resulta em algo pífio. 

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O governo estadual anunciou que Pernambuco seria o primeiro estado brasileiro a pagar integralmente – e antecipado - o piso salarial para seus professores. O secretário de educação chegou a dizer que a suposta antecipação do piso salarial era “uma ação estratégica que tira Pernambuco do estigma de pagar o pior salário do Brasil. Somos um Estado que busca, dentro de um conjunto de ações, motivar o profissional da educação”. O discurso até que é bonito e a direção do SINTEPE também concorda – e até “assina em baixo” -, porém o discurso não é absolutamente verdadeiro e muitas pessoas - inclusive a imprensa - caíram no conto do vigário. 

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De acordo com a lei federal que instituiu o piso salarial do magistério público, até 2010 o valor mínimo do vencimento inicial de qualquer professor ou professora que trabalhe em regime de 40 horas semanais (200 horas/aula) será de R$ 950,00. Isto significa que o valor citado será a referência sobre a qual serão calculadas as vantagens que constituem a remuneração bruta dos professores. Em nosso caso, não foi adotado o referencial total de R$ 950,00 como vencimento inicial e, em vez disso, houve a adoção do valor de R$ 635,00 – um valor que corresponde a 66,84% piso deliberado pela nova legislação. Sobre este valor efetivamente pago é aplicada a gratificação já existente de 60%, resultando no valor anunciado pelo governo: R$ 1.016,00. Observe bem: o número quase cabalístico que era alardeado era o montante total (vencimento+gratificação) como se este valor fosse o próprio piso pernambucano, porém o entendimento sobre o que é o piso foi encoberto, isto é, a noção de que piso é salário-base não foi devidamente evidenciada. Por este prisma, o governo não estará pagando o piso em sua integralidade e, como se vê, estamos diante de uma manobra retórica e de uma “ilusão” numérica. 

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Ocorre que há na legislação uma possibilidade para o engodo que o governo está promovendo. A lei possibilita que os estados e prefeituras possam seguir um escalonamento para implantação do piso. A partir de 1 de janeiro de 2009 será necessário que o vencimento inicial (salário-base) corresponda a 2/3 do valor fixado como referência (os R$ 950,00), logo, esta fração deverá ser, pelo menos, de R$ 633,33. Pernambuco está pagando este mês R$ 635,00 (R$ 1,67 acima do valor mínimo possível como vencimento inicial) e isto significa que, basicamente, o Governo de Pernambuco está cumprindo a regra sem grande alteração além do fato de que pagará o mínimo exigido com antecipação de 4 meses – e só isso, pois a integralidade do piso virá provavelmente dentro do prazo máximo previsto na lei: 1 de janeiro de 2010. 

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A legislação ainda prevê que até 31 de dezembro de 2009 será possível admitir as vantagens (gratificações) como valores que componham o piso nos casos em que os salários sejam inferiores a R$ 950,00. Neste caso, mais uma vez, o governo seguirá a determinação mínima e manterá os níveis dentro do limite salarial mais baixo admitido pela lei, portanto, ao estabelecer a remuneração bruta de R$ 1.016,00, o Governo de Pernambuco estará pagando apenas R$ 66 além do mínimo que seria obrigado legalmente a pagar.

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Como não será possível fugir da regra determinada pela lei, todos os estados deverão se enquadrar e, a partir de 1 de janeiro do ano que vem, esta nossa “vantagem” será nula e Pernambuco estará novamente na condição característica de figurar entre os pagadores dos piores salários do Brasil. 

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Percebeu a jogada utilizada pelo governo? Foi feito alarde exagerado para que o governo anunciasse o óbvio: vai cumprir a lei que seria exigida de qualquer forma. O seu grande trunfo foi apenas o fato de pagar em setembro de 2008 algo que seria exigido em janeiro de 2009! Este é o pequeno rato que nasceu da grande montanha da publicidade do governo e do colossal abismo sindical!

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Mas a direção do SINTEPE não esclareceu nada sobre isto, não é verdade? Claro que não, pois eles repetiam: “nosso grito é pelo piso” e isto assegurou a situação cômoda para o governo, que deixou de se preocupar com uma concreta valorização de nossos salários e se acomodou com os padrões mínimos contidos na lei do piso. Graças a tudo isso, seremos “pisados” pelo piso.


quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Petro-educação?


Recentemente foi anunciada uma mega-descoberta de petróleo que deverá ser explorado pelo Brasil. O governo tratou de anunciar que parte dos lucros obtidos pela exploração desta reserva será destinado à educação. Saiba um pouco mais sobre o assunto clicando nos links abaixo:
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Eleições do Sintepe - "Blogueiro" esclarece

Chapa situacionista? De jeito nenhum!!!!!

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O blog foi criado em setembro do ano passado. Naquela ocasião, estávamos participando da última greve realizada pela categoria. Aquele foi um momento marcante, pois o governo e a direção do sindicato uniram esforços para sufocar os professores mobilizados numa luta por reivindicações absolutamente justas. A direção do Sintepe teve uma postura tão condenável que acabou ela mesma forjando os elementos para a legitimação e fortalecimento de um movimento oposicionista. 
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Ainda durante a greve, quando sindicalistas eram vaiados nas assembléias ao realizarem seus pronunciamentos teleguiados pelos interesses palacianos, estava clara a necessidade de formular uma alternativa de ação. Então um grupo passou a se reunir com o objetivo de avaliar a situação e agir ativamente diante da aliança sidicato-governo, propondo ações e participando de uma verdadeira jornada de mobilizações e conscientização crítica sobre a atuação da direção do Sintepe.
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Inicialmente, o objetivo da oposição era claramente fazer frente ao jogo de interesses que estava atuante nos bastidores da crise que envolvia a categoria e o governo estadual. A direção sindical assumia descaradamente um papel de agente do governo naquele processo - e não faltam indícios nem argumentos para comprovar esta constatação. O clima das assembléias retratava muito bem a percepção que a própria categoria demonstrava ter sobre a atuação da direção do Sintepe. A greve da categoria que enfrentou o governo e o seu próprio sindicato foi didática: foi possível aprender que um sindicalismo atrelado ao governo não funciona em nome dos trabalhadores e que a categoria possui autonomia para perceber, contestar e superar este modelo de atuação sindical.
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Passada a greve, parte do grupo permaneceu ativo no debate em torno da situação da educação pública pernambucana. Algumas pessoas foram aderindo ao grupo, outras foram tomando rumos diversos, contudo, a necessidade do debate permaneceu viva.
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Neste contexto, um fruto da atuação alternativa foi este blog. O blog tornou-se um instrumento de divulgação de bebates e propostas, um veículo de informação e até mesmo uma referência de espaço para a discussão da educação pública em Pernambuco. O blog passou a ter uma vida própria, agregando participantes e leitores que foram surgindo e ajudando a construir este espaço virtual, criando um novo significado para ele mesmo - hoje o blog não é apenas um canal para a manifestação crítica contrária à direção do Sintepe, é um ambiente para discutir a educação. 
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Agora está em curso um processo de articulações que visam uma disputa eleitoral pela direção do Sintepe. 
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O blog surgiu de um grupo de oposição, assumiu a identidade de uma aletrnativa e, portanto, manterá a sua condição inicial: será um espaço de oposição. Está sendo constituída uma aglutinação de pessoas que possuem o propósito de construir uma oposição eleitoral à "dinastia" que comanda o Sintepe há muito tempo - tempo demais, saturada e desgastada por seus vínculos e vícios. Nosso posicionamento será o de garantir espaço para a divulgação das críticas, idéias e propostas do grupo constituído como chapa de oposição. 
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Certos de que um efetivo movimento de oposição à direção do Sintepe deve ser orientado democraticamente e enriquecido pela vontade de mudar os rumos de nosso sindicato, o blog apresenta seus votos de confiança e anuncia que contribuirá servindo de suporte para divulgação da campanha da eventual chapa oposicionista, afinal, mudar o Sintepe e construir uma alternativa é uma necessidade.
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Paulo Alexandre Filho
professor de História da rede pública estadual de Pernambuco
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PS. Este blogueiro não possui filiação partidária nem integrará a chapa da oposição e manterá, apesar do apoio declarado no texto acima, um posicionamento autônomo em relação ao processo eleitoral, embora, obviamente, contrário a alguma chapa situacionista. O blogueiro criou e "modera" este blog, mas o blog não é - e nunca foi - exclusivo, pois outros participantes-autores possuem a liberdade e o espaço para a manifestação de seus posicionamentos, contudo, sabendo-se de antemão - e isto é evidente - que este blog não se alinha à atual direção do Sintepe.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Lamentável, mas acontece!!!

É lamentável a situação de total desrespeito que vive atualmente o professor. Um profissional da maior importãncia na vida de qualquer pessoa. Não existem médicos, engenheiros, advogados, etc, que não tenham passado pelas mãos do professor.
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Mas, o que vemos hoje é uma falta de consideração generalizada com os mestres. Imaginem o que é um professor, na sua luta diária para transmitir conhecimento, ter de agüentar insultos, palavrões e às vezes, agressões.
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Com a chegada do ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ( "ECA"), a sigla por si só já é bastante clara, o professor sente-se impotente diante de determinadas situações.
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Vejamos: O aluno pode mandar o professor para PQP, OU TOMAR NAQUELE LUGAR, e o profissional tem de ficar calado, afinal é uma "criança" ou um "adolescente".
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O professor como um educador, não pode revidar com palavras no mesmo tom e pior ainda, se partir para uma agressão.
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O que temos em contra-partida, é um ESTATUTO DO MAGISTÉRIO ultrapassado, totalmente obsoleto, que ainda hoje é usado como uma tábua de salvação. Mas, que na verdade em nada protege o professor!
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Confira alguns casos bastante comuns noticiados no dia-a-dia:

domingo, 21 de setembro de 2008

Desmitificando o piso salarial de Pernambuco

Entre comemorações e ilusões, entre suspeitas e ceticismo, o piso salarial pernambucano deverá ser pago no fim deste mês. Convém refletir sobre coisas que sequer a direção do Sintepe esclareceu (os motivos nem precisam ser comentados).

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Em primeiro lugar, Pernambuco não estará adiantando integralmente o piso salarial deliberado pelo Congresso e sancionado pelo Presidente da República. O valor determinado pela nova legislação é de R$ 950,00 para o vencimento inicial, ou seja, o salário-base sobre o qual serão calculados os acréscimos e descontos que resultarão na remuneração líquida.

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Basta observar a tabela de atualização salarial para perceber que os valores dos vencimentos iniciais estão abaixo dos R$ 990,00. Acima deste patamar estão os vencimentos básicos de quem possui titulações acadêmicas mais elevadas e mais tempo de serviço e, mesmo assim, estes valores foram possibilitados tendo como referência o valor elementar do salário base de R$ 635,00 conforme a já existente escala de progressões por titulação e tempo de serviço.

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O que isso tudo quer dizer? Diretamente ao assunto: o vencimento inicial não é R$ 990,00 e sim R$ 635,00! Portanto, Pernambuco não antecipou integralmente o piso salarial conforme faz parecer a propaganda oficial e o noticiário da imprensa.

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E os R$ 1.016,00? Este valor não é o piso salarial. Ora, o salário anunciado corresponde ao resultado do acréscimo da já existente gratificação de 60% sobre o salário base. O piso seria o próprio salário base e o nosso piso, como é possível perceber, está bem abaixo dos R$ 1.016,00 - montante anunciado aos quatro ventos. Se o valor anunciado na imprensa fosse, de fato, o piso salarial então a remuneração dos professores seria de R$ 1.625,60 – e muitos professores, por incrível que pareça, ainda acreditam nesta ilusão!

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Para acrescentar mais uma desilusão ao drama, vale ressaltar mais este fato: como os R$ 1.016 correspondem ao salário bruto, então não estão sendo considerados os descontos. Só o FUNAFIN (nosso obrigatório desconto previdenciário) corresponderá a R$ 137,16. Sem considerar outros eventuais descontos (Sassepe, vale transporte, desconto sindical), o valor já despenca para R$ 878,84 – o que já está abaixo do valor proposto para o piso salarial nacional!

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Por essas e outras, insistimos que o governo de Pernambuco deprecia, despreza e faz seus professores de palhaços! Os bobos da corte palaciana vestiram as camisas do Sintepe e saltitaram diante da manobra, ajudando a alardear a ilusão. A piada do governo e as piruetas do Sintepe não foram engraçadas, mas quem rirá de toda essa palhaçada? 

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Reunião

A Oposição/Sintepe reune-se sábado
às 14:30 na Sede do Simpere
O pessoal do MOPROPE está com a Oposição
Venha, participe !

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

FIASCO

Fiasco, este é o termo correto para traduzir o Ato de 16 de Setembro.
Informados que o movimento seria realizado em frente a Assembléia Legislativa, para lá dirigimo-nos, mas por volta das 15:40' soubemos que o ato aconteceria no 5º andar do prédio anexo da Assembléia. Seguimos para o anexo, porém quando nos arrumávamos para subir, o pessoal do sindicato avisa que o salão da Casa estava cheio, restando apenas 25 vagas, portanto o ato seria realizado fora do prédio anexo (térreo, rua da União).
Reorganizamos faixas e cartazes e para surpresa nossa fomos "convidados" a voltar para o prédio da Assembléia onde inicialmente estava marcado o ato. O descontentamento foi geral mas, o SINTEPE mesmo sem carro de som (que chegou por volta das 16:30') iniciou a atividade. Motivo: Ao acabar a sessão no prédio anexo, os deputados (as) iriam deparar-se com o protesto realizado pelo grupo de Oposição que, com cartazes, faixas e panfletos divulgou o nome dos deputados (as) que votaram a favor das Fundações. A Oposição fez a diferença.
Inacreditável e inaceitável a posição do Sindicato no Ato, sem panfletos, faixas, cartazes e sem denúncias, limitaram-se à distribuição de camisas com dizeres sobre o Piso Salarial e nas falas, ataques ao grupo de Oposição.



PARLAMENTARES QUE VOTARAM A FAVOR DAS FUNDAÇÕES ESTATATAIS DE DIREITO PRIVADO:

Aglailson Júnior (PSB) Barreto (PMN) Cel.José Alves (PDT) Everaldo Cabral (PTB) João Negromente (PMDB) Pastor Cleiton(PSC) Teresa Leitão (PT) Airinho de Sá (PSB)Bringel (PSBD) Drª Nadegi (PMN) Geraldo Coelho(PTB) José Queiroz (PDT) Pedro Eurico(PSDB) Teresinha Nunes (PSDB) Alberto Feitosa(PR) Carlos Santana(PSDB) Eduardo Porto (PC doB) Guilherme Uchoa(PDT) Lourival Simões(PR) Raimundo Pimentel(PSDB) Carla Lapa(PSB) Antonio Figueiroa (PTB) Ceça Ribeiro(PSB) Elias Lira(DEM) Henrique Queiroz(PR) Luciano Moura(PC doB) Ricardo Teobaldo(PSDB) André Campos(PT) Antonio Moraes (PSDB) Ciro Coelho (DEM) Eliana Carneiro(PSB) Isaltino Nascimento(PT) Manoel Ferreira(PT) Sebastião Rufino(DEM) Maviael Cavalcanti(DEM) Augusto César Filho(PTB) Claudiano Martins(PSDB) Eriberto Medeiros(PTC) Izaias Regis(PTB) Marco A.Dourado(PTB) Sérgio Leite (PT) João da Costa(PT) Augusto Coutinho(DEM) Clodoaldo Magalhães(PTB) Esmeraldo (PR) João Fernando Coutinho(PSB) Miriam Lacerda(DEM) Soldado Moisés(PSB) Ricardo Costa (PSDC)


Companheiros, divulguem o nome desses traídores que votaram a favor das privatizações nos setores de Saúde e Educação, coloquem cartazes nas escolas.


segunda-feira, 15 de setembro de 2008

16 de Setembro: Paralisação Nacional

Ato Público em frente a Assembléia Legislativa de Pernambuco, às 14 horas (SINTEPE).
A Oposição Alternativa/Sintepe aproveitará a ocasião para repudiar a postura da Deputada Tereza Leitão que, apesar de ser eleita pela categoria, traiu os Trabalhadores em Educação uma vez que votou a favor das Fundações privadas no serviço público.
As Fundações, terão autonomia para gerenciar órgãos públicos, adquirir equipamentos e contratar funcionários. Extingue-se a estabilidade profissional.
Com o pretexto de solucionar a questão da saúde, o governo exigiu pressa na votação para aprovação do projeto e os parlamentares imediatamente deram um SIM à Eduardo Campos.

Engraxate ganha mais que professor

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Não é exagero afirmar que os salários de professores no Brasil é baixo, cheganto até a ser indecentes. Esta informação ajuda a alimentar a crise: na Câmara de Vereadores de São Paulo, o engraxate do órgão é um servidor público concursado para assumir a função específica de polir os sapatos dos digníssimos vereadores. O salário do engraxate: R$ 2.300,00! Com todo respeito ao digníssimo ofício de lustrar sapatos, parece que há algo estranho no ar. Num país onde engraxate de vereadores recebe salário superior ao de professores, não se pode ter perspectivas de que as coisas estejam andando bem.
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Menos de 1%dos brasileiros considera as propostas de Educação como determinantes nas eleições

Menos de 1%dos brasileiros considera as propostas de Educação como determinantes nas eleições, diz Ibope
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Para mudar este cenário e colocar a Educação em foco nas eleições municipais, o movimento Todos Pela Educação desenvolveu projeto "No ar: Todos Pela Educação - Eleições 2008"
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Dados preliminares de pesquisa realizada pelo Ibope revelam que 68% dos brasileiros desconhecem as políticas e ações desenvolvidas pela prefeitura no âmbito da Educação. Outro resultado alarmante é que menos de 1% dos brasileiros escolhe seus candidatos a partir da análise de suas propostas para melhorar a qualidade do ensino. Frente a este cenário, o movimento Todos Pela Educação, com o apoio do Tribunal Superior Eleitoral, desenvolveu projeto "No ar: Todos Pela Educação - Eleições 2008".
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Com o objetivo de colocar a Educação em pauta nas eleições municipais, o projeto conta com uma série de iniciativas: 
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  • Documento "A Educação na esfera municipal", com as principais atribuições da gestão municipal da Educação e o diagnóstico de dez temas diretamente ligados à qualidade da Educação nos municípios: Aprendizagem, Educação Infantil, Alfabetização das crianças até os 8 anos, Gestão, Regime de colaboração, Educação de qualidade para todos, Universalização do acesso escolar, Valorização do professor, Infra-estrutura, Investimento e Participação da sociedade. 
  • Campanha de comunicação de massa de TV, mídia impressa e internet, criada voluntariamente pela agencia DM9DDB, com o apoio de entidades de mídia - ABERT, GPR, FENAJ, ANJ, ABTU e IAB -, veículos de comunicação e 24 comunicadores voluntários: Ana Maria Braga, Luciano Huck, Christiane Torloni e Mariana Ximenes, da TV Globo; Ana Hickmann, Britto Jr, Eliana e Rodrigo Faro, da Record; Heródoto Barbeiro, Rappin Hood, Antônio Abujamra e Fernando Gomes (Júlio - Cocoricó) da TV Cultura; Daniela Albuquerque, Renata Maranhão, Rodolpho Gamberini e Marcelo Rezende da Rede TV; Beto Marden, Cris Poli, Lígia Mendes e Thomas Roth da SBT; Márcia Goldschmidt, Otávio Mesquita, Raul Gil e Ticiana Villas-Bôas da TV Bandeirantes e Joseval Peixoto, da rádio Jovem Pan. 
  • Mobilização do Rádio: projeto desenvolvido especialmente para as rádios, em parceria com o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), que conta com o envio mensal de kits para 5.000 rádios de todo o Brasil, e continua após as eleições municipais. O primeiro kit traz depoimentos de Wagner Moura, Camila Pitanga, Britto Jr. e Gabriela Duarte, entrevistas conduzidas pelo jornalista Gilberto Dimenstein, com Daiane dos Santos, Ziraldo, Maurício de Souza e Seu Jorge, dicas do que cobrar dos candidatos, uma música sobre o tema Educação e Eleições, vinhetas de Hora Certa e Previsão do Tempo e o Boletim Rádios Pela Infância do Unicef. 
  • Portal Todos Pela Educação: (www.todospelaeducacao.org.br) No portal estão disponíveis indicadores de Educação nos estados, municípios e escolas, recomendações, sugestões de pauta, clipagem do tema nos principais jornais do País, além de todas as peças da campanha, disponíveis para download.
  • Informativo "Notícias do dia", com sugestões de pauta e clipagem do tema, por e-mail. Para receber, basta solicitar pelo endereço  contato@todospelaeducacao.org.br
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Todas as peças da campanha e a íntegra do documento estão disponíveis no site do Todos Pela Educação: www.todospelaeducacao.org.br  
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A mídia tem papel fundamental na incorporação do tema da Educação na cobertura das eleições municipais tanto para conscientizar a população sobre a relevância do tema, quanto para cobrar propostas concretas e qualificar o debate sobre o assunto. Somente uma grande mobilização da sociedade pode pressionar os órgãos públicos para que, nos próximos quatro anos, os novos prefeitos e secretários de Educação tenham como foco a qualidade do ensino, garantindo a 25 milhões de crianças, espalhadas em mais 134 mil escolas municipais, o direito a uma Educação de qualidade. 
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Sobre o Todos Pela Educação*
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O Todos Pela Educação é um movimento da sociedade civil, lançado em setembro de 2006, que conta com a participação de lideranças sociais, gestores públicos, iniciativa privada e educadores. O principal objetivo do movimento é garantir que todos os brasileiros tenham acesso a uma Educação de qualidade. 
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Para alcançar a Educação que o Brasil precisa, foram definidas 5 Metas específicas, simples, compreensíveis e focadas em resultados mensuráveis, que devem ser atingidas até 7 de setembro de 2022:
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  • Meta 1:. Toda criança e jovem de 4 a 17 anos na escola.
  • Meta 2: Toda criança plenamente alfabetizada até os 8 anos.
  • Meta 3: Todo aluno com aprendizado adequado à sua série.
  • Meta 4: Todo jovem com o Ensino Médio concluído até os 19 anos.
  • Meta 5: Investimento em Educação ampliado e bem gerido.

Dados da Educação Brasileira:
  • Apenas 2 em cada 10 alunos da 8ª série do Ensino Fundamental aprenderam o conteúdo adequado de Língua Portuguesa e somente 1 o de Matemática.
  • 62% dos jovens brasileiros de 19 anos não conseguiu concluir o Ensino Médio.
  • Repetência, evasão, falta de qualidade são problemas que afetam diariamente o futuro dos alunos e de todo o País.
  • O Brasil investe em seus alunos da Educação Básica a metade do que investe o México, oito vezes menos que a Finlândia e dez vezes menos que os EUA.
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(*) NOTA DO BLOG - Esteja alerta: a direção do "Todos pela Educação" cabe a Mozart Neves Ramos, ex-secretário de educação durante o governo Jarbas Vasconcelos, isto é, hoje o sr. Ramos defende coisas que o governo do qual fez parte simplesmente ignorava.
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domingo, 14 de setembro de 2008

Triste realidade: Alfabetização de faz-de-conta

O que mostra a reportagem a seguir não constitui novidade para quem trabalha em escolas públicas em nosso estado. O descaso é o que temos de concreto por parte do governo do estado desde sempre. Pernambuco não se preocupa com qualidade em educação e o resultado disso é a vergonhosa posição que ocupamos no ranking nacional. O quadro desolador que a reportagem do JC apresenta é uma constante em nossas escolas públicas.

Vejam a reportagem!!!


Triste realidade: Alfabetização de faz-de-conta

Publicado em 14.09.2008, às 00h00

Garoto da 5ª série mal sabe ler. Mãe pediu que fosse reprovado


Do Jornal do Commercio
Quatro décadas atrás, em 1968, o educador pernambucano Paulo Freire escrevia, durante exílio no Chile, sua mais importante obra, Pedagogia do Oprimido. A partir desse livro, suas idéias ganharam o mundo e continuam vivas até hoje. A série Paulo Freire: o mestre do mundo, que começa neste domingo (14) no Jornal do Commercio e JC OnLine e amanhã na TV Jornal, Rádio Jornal e Rádio JC/CBN, mostra como o pensamento freiriano influencia a educação brasileira. Textos de Margarida Azevedo. Produção de Fernando Carvalho.Em vez de casa, o garoto escreve kaia. No lugar de bola, bobi. A palavra mala é grafada baga. Lata é escrita aia. Quem redige não é um menino que está sendo alfabetizado. Ele está cursando a 6ª série do ensino fundamental em uma escola da rede municipal do Recife, localizada na Zona Sul da cidade. Oficialmente, não faz parte do grande contingente de 14,4 milhões de analfabetos brasileiros. Mas aqui pouco importa estatística. O País de Paulo Freire, um dos maiores educadores do mundo, convive com um problema grave e que envergonharia o professor pernambucano: a alfabetização de faz-de-conta. Quarenta anos depois da publicação do mais importante livro dele, Pedagogia do Oprimido, que revolucionou a visão da educação, o Brasil, além de não ter todos os habitantes sabendo ler e escrever, tem que encarar a péssima qualidade do ensino público.
“Eu leio só para mim”, afirma um encabulado aluno da 6ª série, 14 anos, de outra escola municipal, desta vez na Zona Norte, ao negar o convite para ler um pequeno texto do livro de ciências. Sem coragem para encarar a reportagem do JC, ele logo sai da sala. A professora conta que o adolescente não sabe ler. Em outro colégio municipal, um estudante da 5ª série, 13, aceita o pedido, mas nas primeiras frases, desiste. Atropela as palavras e confunde as letras. Pára e diz que não quer mais continuar. Questionado se entendeu o que leu, ele fica em silêncio.
A situação ficou tão crítica que a mãe do menino, uma faxineira que só estudou até a 2ª série, solicitou à professora que o reprovasse no ano passado. “Eu pedi para meu filho repetir de ano, que não fosse para a 5ª série, porque ele não sabe de nada. Ele mesmo me pediu isso porque fica com vergonha na sala. O irmão dele, de 9 anos, que está na 2ª série, sabe mais”, conta a faxineira. “É errado passar quem não sabe. Fico muito preocupada porque é o futuro do meu filho. Como não consegue entender o que a professora diz, ele muitas vezes faz bagunça, fica fora da sala, não se interessa pelo estudo. O pior é que não tenho como pagar uma escola particular para ele”, afirma.
As escolas da rede municipal do Recife funcionam no sistema de ciclos. O primeiro compreende três anos, equivalente a alfabetização, 1ª e 2ª série. A retenção (não se chama reprovação) só pode ocorrer no terceiro ano. O mesmo vale para o segundo ciclo, que compreende as 3ª, 4ª, 5ª e 6ª série. Ou seja, mesmo que o estudante não aprenda, só vai repetir de ano na última série cursada. “Entendemos que a aprendizagem é um ciclo e o ritmo do estudante tem que ser respeitado. Na Europa, não se reprova nas séries iniciais do ensino básico”, justifica a secretária de Educação do Recife, Maria Luiza Aléssio. Na rede estadual, o mesmo problema. “Da 5ª série ao 3º ano do ensino médio, encontro muitos alunos com deficiências graves de alfabetização. Não conseguem nem interpretar pequenos textos. Cometem erros graves de português. Mas eles não são culpados porque passam de um ano para outro graças a brechas nos sistemas de avaliação. Os governos estão interessados nas estatísticas, não se preocupam se está havendo aprendizado ou não”, observa o professor de história Antônio Tiago, que leciona em um colégio estadual de Olinda.
ANALFABETO FUNCIONAL - Em 1964, quando coordenou o Plano Nacional de Alfabetização no governo do presidente João Goulart, Paulo Freire contabilizou 20,4 milhões de analfabetos com mais de 15 anos de idade. Em pouco mais de quatro décadas, a redução é tímida. Somente seis milhões a menos de brasileiros na lista de analfabetos. Se nessa conta forem incluídos os analfabetos funcionais - aqueles com até quatro anos de estudo - o número de pessoas que não sabem ler nem escrever salta para 30,5 milhões de pessoas. Sem alfabetização, eles ficam sem acesso a um dos direitos mais defendidos por Paulo Freire, a cidadania.

sábado, 13 de setembro de 2008

Cadê o convênio para a pós-graduação?

O alarde foi feito, as inscrições ocorreram, a seleção dos contemplados foi anunciada e a Secretaria de Educação até havia acertado as datas para efetivação das matrículas dos professores nos cursos de pós-graduação. O problema é que não houve matrícula, pois a Secretaria de Educação não firmou os convênios para o oferecimento dos cursos. Até agora, sequer há um esclarecimento decente a respeito do andamento deste papelão. 
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Que qualificação podemos dar a esta nova confusão? 

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Praticidade zero

11 de setembro -  9  horas da manhã. 
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Atentado terrorista? Não, assembléia do Sintepe no Teatro Tabocas, no Centro de Convenções - Olinda. O terrorismo fica por conta da escolha do local.
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O Sintepe tem preferido o conforto do teatro no Centro de Convenções, exigindo que muitos professores recorram ao uso de duas ou mais conduções para chegar. No entanto, a quem interessa a realização de assembléias em condições que dificultam o acesso para muitos? Qual o problema de realizar assembléias em áreas mais viáveis? O Centro do Recife é acessível para quem vive em praticamente qualquer lugar na RMR, pois quase todas localidades possuem atendimento de transporte coletivo destinados ao Centro. Alguém da direção do Sintepe sabe disso? 
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São apenas perguntas... faltam apenas as respostas.

Uma crítica interessante

No Acreto de Contas, um texto de André Raboni, traz uma interessante abordagem crítica a respeito do modelo de aulas que predomina no Centro de Educação da UFPE. Curioso notar que este pedagogismo também acaba atingindo o universo fora da universidade, afinal, muitas das coisas insólitas que acabam sendo empregadas em nossas redes de ensino partem da academia. 
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Confira o texto clicando aqui.

sábado, 6 de setembro de 2008

Reunião Oposição

A Oposição Alternativa/Sintepe, reune-se sábado(13/09/2008)
às 14 horas na Sede do SIMPERE (Av. Visc.de Suassuna, 94, Santo Amaro/Recife
Fone:3231-0029

Jogada Política????

Interessante o fato de que sempre que se denuncia algo que atinge governo, políticos de destaque, direções sindicais, tudo é considerado jogada política com interesses implícitos de se tomar o poder. Quem já participou de assembléia do Sintepe já deve ter escutado esses argumentos: "reclamam por quê estão querendo tomar o poder", "há neste recinto interesses políticos de partidos radicais(uma alusão ao PSTU) que reclamam de tudo e não oferecem alternativa". Balela, falácias para desviar o foco de coisas que visem a fortalecer a categoria pois boa parte dos que denunciam( este blog é um exemplo disso) não pertencem a partido algum. Para essas pessoas instituídas de poder a postura ideal dos associados é a submissão, a desarticulação, constituindo massa sem identidade e força.
Felizmente há categorias organizadas que não baixam a cabeça diante do não diálogo por parte do governo. O sindicato dos médicos de Pernambuco é um exemplo disso ao decretar a entrega dos cargos ontem dia 05. Medidas paliativas não irão resolver o problema da saúde. Alguém ouviu o governo dizer que irá estruturar com urgência os hospitais do estado?Teremos que esperar a mudança para o formato privatizado das fundações de saúde?O doente pode esperar até quando?
Parece que não se trata de jogada política em período eleitoral a postura dos médicos do estado, mas sim de indignação diante de promessas do governo que não resolvem o problema que atinge os mais necessitados pernambucanos.
O desejo em se resolver o problema da saúde em nosso estado não é jogada política mas sim uma necessidade urgente. Os doentes pernambucanos não podem esperar, os profissionais da saúde não operam milagres para atender sem a devida estrutura. O governo federal em vez de criticar os profissionais da saúde deveria sim intervir. Ou será que nosso presidente acha admissível nível médio federal atingir 5 mil reais enquanto profissionais da saúde e pior ainda os da educação em nosso estado ganharem tão pouco, visto o trabalho importante que desempenham para a população?
Precisamos de mais investimentos nesses setores bases, educação e saúde, senão onde iremos parar?Afinal o caos já está implantado faz tempo e nada de concreto é feito para resolver tamanho problema.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Piso salarial dos professores: Cada um no seu quadrado

Eduardo Lima Silva - O Globo
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O Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) esteve reunido em Porto Alegre no final de julho. Imagina-se que toda vez que esse colegiado se forma o objetivo seja debater a qualidade do ensino. Erra quem pensa assim. Na capital gaúcha, os secretários discutiram a legislação que instituiu o piso salarial para professores da rede pública. Eles pretendem a revisão da lei ou ameaçam rebelar-se contra ela.
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Os membros do Consed estão entre os beneficiados com a possibilidade dos professores serem mais bem remunerados porque isso servirá de atração para profissionais mais preparados e motivará os atuais educadores. No entanto, mobilizam-se para que isso não aconteça, voltando o seu foco para o impacto financeiro da medida como se fossem os responsáveis pela fazenda de seus estados.
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O que deveria se esperar de uma reunião que tem como pauta os vencimentos dos professores é o questionamento do atual modelo que implica em baixos salários. O ensino e os estabelecimentos oficiais requerem educadores investidos de cargos públicos e atrelados ao sistema de previdência estadual? Os recursos despendidos não teriam melhor aproveitamento em parcerias com a iniciativa privada que costuma pagar mais e gastar menos? Esse talvez ainda seja um debate com forte viés econômico, mas ao menos ele é voltado para problemas estruturais e soluções pró-ativas.
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O fato é que a organização dos governos pressupõe um titular para cada área. Se já existe alguém com o encargo de cuidar das despesas e receitas, não haveria a necessidade de que os secretários da educação relegassem as suas funções para tratar de questões meramente financeiras. Da mesma forma, não caberia a fazenda pública avaliar a pertinência de qualquer medida solicitada, devendo ater-se à análise se existem os recursos para as necessidades de cada setor. Por exemplo, quem sabe quanto efetivo e equipamento precisa para garantir a ordem é a Segurança Pública; quem estabelece política de prevenção e tratamento de doenças é a Saúde.
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É correto que todos os escalões dos governos estejam comprometidos com os resultados fiscais. Porém a administração é dividida em pastas para que cada uma priorize as tarefas de sua área, observe os limites do que pode fazer e deixe o que está fora de sua esfera para quem de direito. Todos podem até dançar no mesmo ritmo, mas, como diz o sucesso popular, cada um no seu quadrado. E sem pisar na linha.
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quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Fiscalização "on line" e "in loco"

Inconformada com a fiscalização "on line" a SEE, tem enviado às escolas os "técnicos educacionais", com o pretexto de auxiliar em nossas práticas diárias, estes, passam o dia nas unidades de ensino xeretando a vida de professores, direção e demais funcionários, buscam qualquer falha, precisam registrar serviço. Recentemente, tive meu nome exposto (em LETRAS GRAÚDAS) na sala dos profesores, por conta das benditas (ou malditas) cadernetas que não ficaram prontas no prazo estabelecido pela Secretaria, e solicitado pela técnica que atua na Escola Santa Sofia (Camaragibe). PORÉM, o que a moça não sabia, é que, andei afastada por 40 dias (licença médica) sem substituição. Ou seja, meus alunos ficaram sem aulas por mais de um mês e a SEE sequer preocupou-se em garantir os 200 dias letivos, tão exigidos pelo advogado/secretário de Educação, Danilo Cabral.
Além disso, nada é levado em consideração, continuo perguntando e quem souber a fórmula, favor enviar-me: Como trabalhar o conteúdo planejado para o bimestre, avaliar, reensinar e reavaliar em dezesseis aulas apenas ? Sofremos a redução da carga horária (02 aulas semanais, geografia e história) assim, acumulamos mais cadernetas e os loucos-técnicos de gabinete do governo querem apenas saber de notas e diários de classe arrumadinhos.
Inventam metas absurdas e torcem para que não sejamos capazes de cumpri-las, aí o governo midiático aproveita, usa os canais de comunicações e, classifica os trabalhadores em educação de irresponsáveis, desqualificados e outros adjetivos degenerativos, bastante divulgados contra a categoria desde a greve passada(2007).
Querem ensino de qualidadade, mas, o Estado presentea-nos com escolas caóticas, alunos famintos e por vezes agressivos, ambientes insalubres de trabalho, baixas remunerações, ameaças e uma série de outros fatores que influem na prática didática e nas condições de saúde dos professores (as).
As gestoras das unidades de ensino da rede pública, realizam verdadeiros malabarismos para atender às ordens do "chefe", precisam fazer a escola andar mesmo faltando recursos básicos e necessários ao trabalho como, papel ofício, lápis Pilot, água para beber entre outros. Algumas, estão dando sangue pelo engodo do abono, batizado e divulgado mentirosamente de 14º salário.
É lamentável, o rumo da educação noBrasil e particularmente no Estado de Pernambuco, políticas educacionais implantadas de cima para baixo, dão IBOPE, VOTOS, tudo, só não garantem aprendizagem.

Embromação

Na última quinta-feira (28 de setembro) ocorreu na GRE da Cidade Universitária um evento tão pitoresco que sequer dá para entender do que se tratava exatamente. Era uma suposta capacitação ou coisa parecida para discutir (sem prever espaço para discussão) as Orientações Curriculares para o Ensino Médio (mais uma "inovadora" ladainha retórica com estatuto de renovação para o ensino). O fato é que os professores presentes sequer sabiam para que foram convocados e, ao que parece, a equipe que estava comandando o evento também não sabia exatamente o que estava fazendo. O saldo foi o seguinte: o dito encontro foi um fiasco.
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Foram vistos professores irritados com as teses insólitas apresentadas num primeiro instante - e quem apresentou sequer permaneceu para responder nenhum questionamento. Foi possível concluir que a equipe técnica da SE não possui o menor vestígio de foco sobre uma questão primordial: qual o objetivo do direcionamento do ensino médio em Pernambuco?
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Foi dito e repetido: não importa preparar para o mercado de trabalho ou sequer para o ingresso numa universidade. O que vale é formar cidadãos! Faltou esclarecer que tipo de cidadãos o Estado pretende "formar" quando não possui um objetivo para a educação. A ladainha foi vazia e, francamente, um abuso ao senso crítico e inteligência dos presentes.
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Em seguida foi feita uma exposição também sem fundamento sobre as orientações curriculares para as Ciências Humanas no Ensino Médio. Não havia fundamento porque a apresentação parecia coisa ensaiada e desprezava algo concreto: os tecnocratas educacionais da SE não sabem também o que fazer em relação ao ensino das Ciências Humanas. Será que esqueceram os executores da tal capacitação a palhaçada estabelecida pela caótica imposição da nova matriz curricular para o Ensino Médio? Falar em Filosofia e Sociologia na rede estadual é pura piada, afinal, os brilhantes técnicos acabaram prejudicando o oferecimento destas disciplinas através da redução de suas cargas-horárias e do confinamento em séries específicas - tema que já discutimos bastante por aqui. História e Geografia tiveram suas cargas-horárias reduzidas no Ensino Fundamental, logo, os efeitos desta redução também poderão ser sentidos no Ensino Médio.
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Não houve nada sobre qualquer tentativa de discutir a patética inclusão de disciplinas improvisadas na matriz curricular.
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A impressão que dá não pode ser outra. Parece que a capacitação ocorreu porque alguma verba inaplicada estava nas contas da GRE. O dinheiro precisava ser utilizado o mais rápido possível porque o prazo de sua aplicação estava no final e alguém teve a idéia de realizar uma capacitação apenas com este fim: aplicar a verba antes que ela perdesse sua validade. O objetivo não foi debater seriamente nenhuma orientação curricular, aliás, o objetivo não teve nada a ver com a melhoria de coisa alguma. A verba cumprirá seu destino, mas nada será resultante deste investimento inútil.