quarta-feira, 30 de setembro de 2009

NOVO GOLPE

Reordenamento das escolas da rede. Esta é a denominação dada ao novo golpe que o governo do Estado pretende aplicar contra os trabalhadores em educação e alunos das escolas públicas. O reordenamento nada mais é do que a ampliação da política de exclusão tão em voga no governo pseudo socialista de Eduardo Campos. As unidades, professores e alunos serão "s e p a r a d o s por níveis" ou seja, determinadas escolas funcionarão para atender ao Ensino Fundamental e outras, somente ao Ensino Médio.
Segundo a gestora da Gre Metro-Sul, professora Sandra (em reunião 11 de setembro/SEE) a proposta será apresentada e discutida com a comunidade escolar e que, por enquanto houve apenas conversações com os gestores das escolas no sentido de se verificar a viabilidade do processo. Porém, em Camaragibe (município onde resido e leciono) a história que circula aqui é outra, alunos e alguns professores comentam que, o projeto vem de cima para baixo e o mesmo será efetivado em 2010, coisa que tem bastante fundamento, até porque as mudanças que vem ocorrendo no campo educacional principalmente agora na ERA EDUARDINA, não são discutidas com a categoria, algo intolerável uma vez que, presume-se serem os trabalhadores os mais interessados nas questões educacionais.
Lembrem-se : Foi assim com a fiscalização "on line", com o sistema de vigilância através dos educadores de apoio, com as modificações dos diários de classe, com a redução da carga horária de disciplinas como Geografia, Ciência e outras, obrigando-nos à assumir um número maior de turmas, enquanto favoreceu a redução do número de professores por escolas, com a implantação do falido programa Travessia, com a criação dos Centros de Exclusão (Referências), com o gerenciamento da INDG dentro das escolas da rede, com a premiação das escolas 100%, entre tantas outras ações governamentais.
Vejo este projeto como algo perigoso e extremamente tendencioso, pois representa um caminho aberto à política de Paulo Dutra que pretendente transformar todas as escolas da rede em Centros até 2014. Se as escolas já se encontram 'separadas por níveis' restará ao Sr.Paulo implementar o do regime de semi- escravidão (horário integral, falta de liberdade em partipação em enventos sindicais, greves, paralisações, outros) em vigor nessas unidades de ensino.
Além disso, é um desrespeito ao desejo do aluno em permanecer na escola de origem pois, se esta não for contemplado como o 'nível' estabelecido pela Secretaria de Educação este, precisará deslocar-se para outra unidade a fim de satisfazer aos interesses da SEE, da GRE, e das direções das escolas que, certamente veem no projeto vantagens e facilidades pois, precisarão preocupar-se com apenas uma modalidade dentro do sistema de APARTHEID EDUCACIONAL instalado no Estado de Pernambuco.

2 comentários:

  1. Este texto está totalmente pautado em fatos! Exemplos não faltam para alicerçarem a tese de que esta segmentação já é um processo em vigor.
    E vejo implícito nisto tudo uma intenção de se fragmentar ainda mais a categoria, que há muito já vem abandonando a ideia de que "a união faz a força", este slogan que, enquanto caduca de fraqueza, fortalece interesses do nosso atual Ditador Eduardo.
    A verticalização de todas as decisões tomadas e impostas também é algo que se tem sentido com toda a força de quem adora "impor".
    O que recebemos sempre, a toda hora, são "golpes" - pois as "novidades" que assolam as regras e rasgos de páginas na democracia faz-nos até tomar certos sustos, pois que pensamos não termos acordado do pesadelo de outros tempos.

    Muito importante o alerta que este blog traz, para quem está cansado de engolir imposições indigestas sem sequer mastigar o pensamento, um pouco.

    Katyuscia Carvalho.

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