sábado, 28 de junho de 2008
Raul Henry, o "sem-noção"!
NÃO SE ILUDA... A LUTA E O SOFRIMENTO CONTINUAM...
Condicionar o pagamento do 14º salário mostra a "disposição" que o Governo tem em querer melhorar a educação e a vida do professor...com as condições atuais da maioria das escolas, dificilmente conseguiremos...
A greve dos profissionais do transporte coletivo veio mostrar uma triste realidade: ganhamos menos que motoristas de ônibus (e outras profissões de ensino médio ou fundamental, basta pesquisarmos um pouco)... sem querer desmerecer o valor da profissão de motorista...mas é um sinal sobre o pouco valor que a educação tem em nosso Estado.
Projeto inclui educação ambiental no currículo básico
A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada pelas comissões de Educação e Cultura e Constituição e Justiça e de Cidadania.
quarta-feira, 25 de junho de 2008
Salário de Eduardo vai subir para R$ 18,4 mil
O projeto foi de autoria da Comissão de Finanças, Orçamento e Tributação da Assembléia, presidida pelo deputado Geraldo Coelho (PTB).
sexta-feira, 20 de junho de 2008
20.000
Agradecemos a visita!
quarta-feira, 18 de junho de 2008
Ainda não dá para comemorar
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Isabel Clemente
Revista Época n. 526 (junho/2008)
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Enfim, uma boa notícia nas escolas brasileiras. O índice de Desenvolvimento da Educação Básica - uma combinação da taxa de aprovação com provas de conhecimento sobre português e matemática - de 2007 mostra que a média brasileira avançou de 3,8 para 4,2 nas séries iniciais (até o 52 ano), e de 3,5 para 3,8 nas séries finais (até o 92 ano), numa escala de O a 10. O ensino médio, onde tradicionalmente está o pior desempenho, continua na lanterna. A nota subiu só de 3,4 para 3,5. A boa notícia é que, em todas as etapas do ensino, foram antecipadas as metas estabelecidas para 2009.
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A má notícia é que, com notas assim, não dá nem para celebrar. "Por trás desse índice tem uma quantidade enorme de criança analfabeta na 4a série e que não sabe as quatro operações", diz o sociólogo Carlos Henrique Araújo, ex-diretor de Avaliação do Ensino Básico do Inep, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, hoje consultor de projetos pedagógicos para governos e empresas. O objetivo do Ministério da Educação (MEC) é chegar a um Ideb 6 até 2021. Parece pouco, mas para o padrão atual brasileiro não é. Seria um resultado comparável ao de países desenvolvidos, que deram início à reforma educacional décadas antes do Brasil. "Vencemos um pequeno trecho do nosso longo percurso", diz o ministro da Educação, Fernando Haddad.
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Bons educadores trabalham com um princípio: o ideal de uma escola é conseguir que 70% de seus alunos tenham 70% de aproveitamento. "Estamos muito longe disso", diz Ilona Becskeházy, diretora-executiva da Fundação Lemann. Para ter uma idéia, em todas as etapas do ensino, entre todos os Estados, só aparecem duas notas 5, ambas para as séries iniciais (lã a 5ã), do Distrito Federal e do Paraná. A média de Portugal, um país da OCDE, o clube dos países ricos e industrializados, é 5,5. E esse é um dos piores resultados entre os melhores. "Nós avançamos em relação a nós mesmos, mas estamos num ritmo muito mais lento do que outros países", diz o senador Cristóvam Buarque (PDT-DF), ex-ministro da Educação do governo Lula. O MEC não pretende alterar as metas dos próximos anos porque, segundo o ministro da Educação, é preciso consolidar os resultados. Nada impede um retrocesso na próxima pesquisa, daqui a dois anos.
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A melhora é fruto de medidas básicas. Para começar, os professores e as escolas nem sequer sabiam o que seria cobrado nos exames nacionais que dão sustentação ao Ideb. "O que o governo fez foi muito simples: mostrar o que o professor precisa ensinar e o aluno aprender", diz a diretora-executiva do Instituto Ayrton Senna, Margareth Goldenberg. "Atuamos há 14 anos nessa área e ouvíamos reclamação sobre a falta de rumo." A ONG tem parcerias sobre políticas públicas educacionais com 1.350 municípios em sete Estados.
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O governo federal cita ainda a distribuição de livros didáticos para o ensino médio e o treinamento de professores dos primeiros anos do ensino, no programa pró-letramento, como explicações possíveis por trás do Ideb melhor. Daqui para a frente, a batalha exigirá estratégias mais sofisticadas. Quanto mais alto o índice de qualidade das escolas, mais difícil será melhorar. Estados onde a educação pública está à frente da média nacional, como Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais, já sentem isso. Lá, alguns indicadores praticamente estagnaram, destaca o MEC. O Nordeste, dono das piores médias, foi a região que mais avançou. O Ideb mostra que 26 das 27 unidades da Federação atingiram a meta de 2007 para a 5ã série; 25, a meta para a 9ã série; e 17, a média prevista para o ensino médio.
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Outra conquista proporcionada pelo Ideb é a "saudável competição" entre as prefeituras e os Estados, submetidos a uma exposição pública da qualidade de seu ensino como não havia antes. A Paraíba, Estado nordestino que atingiu ou superou todas as metas de 2009, é um exemplo. O secretário estadual de Educação, Neroaldo Pontes de Azevedo, doutor em Literatura Brasileira, diz que é cada vez maior o número de prefeituras à procura de apoio para projetos educacionais. "No ano passado, eram 20, agora são 120, e optamos por trabalhar com as de menor Ideb, qualquer que seja o partido político. Com o Ideb, ninguém quer ficar mal", afirma.
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Um fator que não pode ser ignorado é a necessidade de dar continuidade ao trabalho. No Tocantins, reconhecido nacionalmente por um inovador trabalho de gestão nas escolas, a secretária Maria Auxiliadora Seabra Rezende está há oito anos no cargo, em dois governos de partidos distintos. Presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Educação, Dorinha, como é conhecida, diz que é preciso zelar para que as eleições municipais deste ano não mudem projetos que estão dando certo.
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A última etapa do ensino básico tem sido o elo mais fraco das escolas brasileiras. Nesse caso, as soluções também são mais complexas. A começar pela formação do professor, que precisa ser mais especializado que o antigo professor primário. Nos Estados Unidos, a solução tem sido abrir o magistério para outros profissionais, como advogados e até militares aposentados, para não desperdiçar mão-de-obra capacitada. O Plano de Desenvolvimento da Educação, anunciado no ano passado pelo MEC, contém medidas específicas para tentar contornar o problema (leia a entrevista abaixo com o ministro Fernando Haddad). Uma delas é a construção de escolas federais técnicas. Mas antes disso essas escolas precisam mudar seu foco. Hoje, elas geralmente servem para alunos de elite se prepararem para a faculdade. Os técnicos ficam longe. "O Brasil não sabe o que quer de seu ensino médio, que não forma nem profissionais para o mercado nem acadêmicos", diz o sociólogo Carlos Henrique Araújo, ex-diretor do Inep.
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É justamente esse o diferencial do Centro Paula Souza, gestor de 140 escolas técnicas estaduais em São Paulo. O ensino profissionalizante é oferecido separadamente do ensino médio regular. Ali, alunos podem completar, em um ano e meio, estudos para 80 carreiras técnicas. Cerca de 70% das vagas são para o estudo técnico e atendem, em grande parte, alunos vindos da rede pública. "Nosso aluno quer se preparar para o mercado de trabalho", diz Laura Laganá, diretora-superintendente do Centro Paula Souza. Talvez por isso os alunos do Centro tenham sucesso no mercado de trabalho: 74% dos técnicos já saem com emprego.
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Para o ministro da Educação, o país pelo menos parou de piorar
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Quase todos os Estados atingiram as metas de 2009. Eram pouco ambiciosas?
Fernando Haddad - Não. As metas foram traçadas a partir de um parâmetro que mostrava indicadores de qualidade em queda. Pretendíamos não só estancar a deterioração, mas também reverter no primeiro ano essa queda. Temos uma trajetória mais ambiciosa até 2021.
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O Plano de Desenvolvimento da Educação, anunciado no ano passado, mostrava muitas medidas voltadas para o ensino médio, onde estão as piores notas de desempenho das escolas brasileiras. O que falta sair do papel?
Haddad - Muita coisa foi feita. Há menos de três anos, os alunos nem sequer tinham livro didático. Hoje, todos recebem gratuitamente do MEC. É preciso ainda fazer uma reforma do ensino médio, o que está sendo estudado com o ministro Mangabeira Unger. Além do mais, estamos promovendo a expansão da rede federal de escolas técnicas. Já entregamos 50 novas escolas técnicas e temos outras 164 para entregar.
terça-feira, 17 de junho de 2008
Matriz curricular do Ensino Médio: a filosofia da trapalhada
Agora a lambança está com os dias contados e a matriz curricular do Ensino Médio deverá ser novamente refeita. No início do mês foi editada uma alteração na lei que instituiu a obrigatoriedade do ensino de Sociologia e Filosofia (clique aqui e confira a lei) e, segundo a nova legislação, estas disciplinas deverão ser oferecidas de maneira regular em todas as séries do Ensino Médio, isto é, a insanidade presente em nossa matriz curricular precisará ser desmontada.
Diante de acontecimentos como este cabe perguntar: a SEE vai assumir oficialmente que cometeu um erro grave? Alguém na SEE vai finalmente reconhecer que a matriz curricular do Ensino Médio está equivocada? Os alertas foram feitos há tempos e matriz curricular empurrada goela abaixo está causando os efeitos indigestos que já foram apontados, mas a SEE terá que encarar os fatos: um grande estrago foi causado pela tecnocracia da Secretaria na formação dos estudantes do Ensino Médio da rede pública estadual.
quinta-feira, 12 de junho de 2008
Caos no Centro da Veneza Brasileira
Êta vida difícil essa de servidor do estado de Pernambuco!!!
Estado tem segunda nota mais baixa da 5ª à 8ª séries
De Cidades, do JC
Pernambuco melhorou o desempenho do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no ensino fundamental, enquanto no ensino médio não houve progressão. Divulgados ontem pelo Ministério da Educação (MEC), os novos indicadores se baseiam em dados de 2007 (os anteriores eram de 2005) e se referem às redes de ensino pública e privada.
Apesar de haver elevado a nota no ensino fundamental, o Estado não atingiu as médias nacionais e teve a segunda nota mais baixa da 5ª à 8ª séries (2,8), ganhando apenas para Alagoas (2,7). A média mais alta foi de São Paulo e Santa Catarina, 4,3.
O destaque positivo em Pernambuco foi para as séries iniciais do fundamental (de 1ª a 4ª): a meta de somar 3,6 pontos em 2009 foi alcançada já em 2007. A nota em 2005 era 3,2. Houve, portanto, um crescimento de quatro décimos (o objetivo era chegar a 3,3 em 2007). O Ideb vai de zero a 10 e é calculado pelo cruzamento dos resultados da Prova Brasil e das taxas de aprovação. A partir desse índice, o MEC definiu quanto de recursos seria destinado a cada Estado, dentro do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).
Ao se avaliar o desempenho dos pernambucanos nas séries finais do ensino fundamental (5a a 8a) observa-se que o aumento foi pouco significativo, de apenas um décimo. Era 2,7 em 2005 e agora é 2,8, exatamente a meta prevista para 2007. Espera-se somar 2,9 em 2009. No ensino médio, o Estado manteve a mesma nota de 2005, 3. Não conseguiu subir um décimo, o que se esperava para 2007. Daqui a dois anos, a estimativa é que chegue a 3,2.
Comparando as médias da Região Nordeste, verifica-se que Pernambuco teve a terceira melhor nota nas séries iniciais do ensino fundamental, ficando atrás apenas do Ceará (3,8) e do Maranhão (3,7). No contexto nacional, está na 17ª colocação. No ensino médio, os pernambucanos estão com a terceira melhor nota da região, assim como a Bahia e o Maranhão (3). Acima deles, estão o Ceará (3,4) e a Paraíba (3,2). No Brasil, também ocupa a 17ª posição.
Somente na próxima semana o MEC vai divulgar o Ideb por rede de ensino, com notas separadas das redes pública e privada. A promessa é liberar também os índices por município. Em 15 dias, aproximadamente, o ministério deverá soltar as notas por escola. “Só poderemos fazer uma avaliação mais aprofundada quando tivermos o Ideb por rede de ensino. Mas percebemos que houve uma reação positiva em Pernambuco, pois melhoramos as notas do ensino fundamental”, destacou o secretário estadual de Educação, Danilo Cabral. No Ideb de 2005 a rede estadual de ensino ficou em último lugar no País de 5ª a 8ª série.
Dez estados não cumprem metas do Ideb para ensino médio
Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, "não se consegue corrigir tudo de uma vez só. É preciso compreender que é uma boa onda e que é preciso reforçar o que começou nas séries iniciais. Vai chegando às séries finais do ensino fundamental e com muito esforço chegará ao ensino médio."
O Ideb das primeiras séries do ensino fundamental, por exemplo, subiu de 3,8 para 4,2. No ensino médio, a média nacional foi de 3,5 - em 2005, era de 3,4. Os dados foram divulgados hoje (11).
Para a presidente do Conselho Nacional de Secretarias Estaduais de Educação (Consed), Maria Auxiliadora Rezende, a explicação para o baixo desempenho do ensino médio está na falta de políticas públicas que priorizem esse nível.
“Não é aceitável, mas é explicável, porque por dez anos nós tivemos o foco no fundamental. Nos dez anos do Fundef [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério, substituído pelo Fundo de Manutenção da Educação Básica, Fundeb, do qual o ensino médio faz parte], mais de 60% dos recursos eram estaduais. Isso levou, em muitos estados, a um crescimento muito reduzido do ensino médio, inclusive de investimentos”, explicou Rezende.
Ela acredita que os investimentos no ensino fundamental refletirão em um ensino médio melhor, já que os estudantes chegarão mais preparados a ele. “Eu acho que o investimento na base vai provocar naturalmente uma mudança no ensino médio, mas com certeza é um elo que precisa ser fortalecido, e é aí que a gente continua esbarrando na questão do financiamento. Ainda hoje é o elo mais frágil, que mesmo com o investimento corriqueiro [atual], não vai resolver este problema”, defendeu.
Entretanto, ela salientou que esperar a chegada dos estudantes, que hoje estão no ensino fundamental, ao ensino médio não pode ser a única saída para a melhoria das notas, e que os jovens que hoje cursam o ensino médio precisam “ter um tratamento diferenciado”.
“Eu não posso dizer para um jovem que está no ensino médio: 'olha, eu sinto muito, você foi vítima da história, você vai sair da escola muito ruim, porque você teve um fundamental ruim', eu não tenho o direito de fazer isso. Eu tenho que, com os limites que nós temos, conseguir estruturar um [ensino] médio integral, para ele ter reforço escolar. Nós temos que encontrar saída mesmo que, do ponto de vista histórico, nós estejamos realinhando o fluxo”, ponderou.
quarta-feira, 11 de junho de 2008
Cadê o SINDICATO?
E a Campanha Salarial? E as perdas salariais? E as Teletravessias? E o 14º salário? E a perda da gestão democrática? E a falta de recursos para as Escolas públicas? E o SASSEPE? E a fiscalização on line? E a mudança curricular? E o retrocesso, avaliar adotando notas? E os blocos-conteúdos uniformemente ditados pela SEE? E a falta de transparência da gestão pública? E o Secretário que nada entende de Educação? E o PDE? E as verbas do FUNDEB? E o governo "socialista" ditador? E o ensino entregue a iniciativa privada? E o SINTEPE, onde é que tá??????
Ensino de má qualidade? Qual a origem?
Foi dito na imprensa falada: “...é por isso que a educação escolar em nosso Estado está em último lugar! ...Nossos professores precisam estudar e se preparar melhor para mudar esse quadro...”. Discordo do comentário destacado feito pela jornalista Sra Graça Araújo em seu programa diário. E a discordância não significa necessariamente rebeldia. Apenas pontos de vista diferenciados. Tentarei fazer uma análise sob a minha ótica de tal concurso baseado no que ouvi, vi e senti em toda essa polêmica.
Trabalho na rede pública de ensino há exatos 23 anos. Sou do quadro de ativos e jamais saí da sala de aula e nem pretendo fazê-lo, pois, adoro dar aulas, tenho apreço pelo meu alunado e tento fazer o melhor por eles. Pois bem, conversei com colegas que se submeteram à seleção. Eles eram em sua grande maioria de mini-contratos e também já concursados, que queriam um segundo contrato para ‘aumentar a renda’. Colhi alguns comentários dos mesmos: “...que prova difícil...” ...acho que o que derrubou muita gente foi o critério de nota mínima...” ...no edital não havia bibliografia...todo concurso que se preze há bibliografia no edital...” ...achei o tempo de prova muito curto. 80 questões penosas em 3 horas...”. Talvez o leitor comente: Que nada!! Isso é desculpa para justificar o mal desempenho! Pode até ser, caro leitor. Mas é uma justificativa dos 90% dos candidatos inscritos. Dado obtido em conversas que tive e ouvi em assembléia de professores e na própria escola que trabalho. Ora, será que 90% dos inscritos são despreparados? São sim! Foram reprovados! Então há algo errado vocês não acham? Qual a origem desse despreparo? Há muitas variantes além dos citados acima pelos meus colegas. Vou ater-me em um que acho que é e sempre será crucial no processo escolar: A formação de professores nas universidades e faculdades. Quem está formando nossos futuros professores?
Dado relevante 1: A maioria dos professores que se submeteram à seleção desse concurso tem formação acadêmica após a minha. Formei-me em 1984. O quadro de professores que se renova atualmente nas escolas se formaram por volta dos anos 90 ou 2000. E isso não significa que se minha geração tivesse se submetido à seleção seria aprovada. É bem provável que levássemos bomba também. Aliás, percebi que pouquíssimos professores da ‘antiga’ se submeteram a esse concurso. Motivo maior: impregnado de desilusões, anestesiados por Governos sem compromisso com a educação.
Quem está formando tais professores “despreparados”? Respondo em forma de prova bem objetiva: a) universidades públicas e privadas b) os mestres e doutores dessas universidades c) as 2 alternativas anteriores estão corretas Resposta: letra c. Os mestres e doutores dessas universidades têm um salário bastante razoável mas, não justo o suficiente ou digno de um formador de ‘cabeças pensantes’. No entanto, não é motivo suficiente para não tentar mudar essas cabeças pensantes, futuros professores. E a mudança deve começar pelo currículo escolar. Em minha época dava-se muita ênfase às disciplinas técnicas nos cursos de licenciatura plena. Cito exemplo em minha área: cálculo diferencial integral 1, 2, 3, ...algébra linear, análise matemática e por aí vai. Conhecimentos que nunca usei com meus alunos. Penso que essa mentalidade ainda persiste em nossas universidades, principalmente nas públicas, onde se matriculam 20 alunos e se formam, 2 ou 3. E esses poucos privilegiados chegam às nossas escolas sem a didática adequada. Ora, como repassar os conteúdos do ensino fundamental ou do ensino médio se não foram instruídos nas universidades? Refiro-me a uma mudança na grade curricular tantos nos cursos de licenciatura como na grade curricular das escolas. Para que nosso alunado tenha prazer em aprender, os conteúdos deverão ser significativos. Que faça sentido para eles. Coitados de nossos alunos que por vezes perguntam: “professor, onde vou usar esse assunto em minha vida”? E nós respondemos: ...você vai precisar para passar no vestibular, depois você joga fora! Aliás, joga fora não, deleta! Isso mesmo, os conteúdos deverão ser significativos. Um currículo não apenas técnico, mas, humanista. Que promova um País mais consciente de seus deveres e direitos. Que preparem nossos alunos para novos desafios. Que incentivem à pesquisa em todas as áreas de ensino. Os outros conteúdos deverão ser riscados. Onde há aplicabilidade de números complexos? Como tornar essa aula prazerosa? Determinante de 3ª, 4ª e nº ordem...pôxa vida! Na 7ª série, frações algébricas, equações literais. Isso é um terror para o aluno que não tem habilidade em matemática e mesmo para aquele que tem, é chato.
Dado relevante 2. O caro leitor deve estar pensando também: A culpa não é só das universidades públicas. Em toda esquina há uma faculdade privada abrindo as portas. Concordo em parte. Tais faculdades aproveitam o espaço físico de uma escola de grande porte e oferece cursos superiores. Muitas vezes é a própria escola a financiadora. Porém, tais faculdades privadas oferecem cursos fora da licenciatura. São poucas as faculdades privadas que oferecem cursos na área de licenciatura. Se não me engano há uma em Olinda e outra em Vitória. Então, o referencial em licenciatura ainda é a Federal e a Rural. O que acontece então com os professores que saem dessas universidades públicas? Estão sendo ensinados numa nova linha de pensamento?
Dado relevante 3. Desde a sua implantação, em 1998, o ENEM (exame nacional do ensino médio) tem sido o referencial em avaliação no País. Avaliações que são bem elaboradas. São questões contextualizadas. Pois bem, será que nossas universidades ensinam aos nossos professores a elaborarem uma prova nesse molde? Trabalho com professores bem mais novos do que eu em idade e formação acadêmica, e nada vi de novidade. Logo, não foram ensinados nessa linha de pensamento. Continuam tradicionalistas. As provas do ENEM têm mais sentido para nossos alunos e professores. É a matemática aplicada. É a física aplicada. É a química aplicada. Muitas dessas questões são resolvidas com um raciocínio dedutivo, sem fórmulas prontas e decoradas. Onde a memorização de um conteúdo ou fórmula não é valorizada.
Dado relevante 4. A luz no fim do túnel brilha. Mas, não uma luz em todas as direções. As editoras através de seus renomados professores escritores, nos têm presenteado com uma vasta literatura que segue a linha do ENEM. Por sinal, é a partir dessa literatura e de uma revista mensal na qual sou assinante, é que tento elaborar minhas avaliações. Não aprendi em universidade. Aprendi porque pesquiso. Tenho compromisso. Quero mudanças profundas no sistema educacional. A formação de nossos professores em nossas universidades continua omissa. Os mestres e doutores de nossas universidades parecem não dar importância às mudanças. Seremos então, caros leitores, os únicos culpados pelo insucesso escolar em nosso Estado? Apontarei em outra oportunidade mais variantes desse insucesso escolar.
Profº Sérgio A. César – professor de matemática da rede pública de PE
sergioacesar@yahoo.com.br
segunda-feira, 9 de junho de 2008
Fórum dos Servidores Públicos do Estado defende piso salarial de R$ 1.036 para servidores com nível médio
Se a moda pega...
domingo, 8 de junho de 2008
sexta-feira, 6 de junho de 2008
Só faltava essa!
"DEPUTADA APLAUDE PISO SALARARIAL - Teresa Leitão (PT) revelou na Rádio JC/CBN estar felicíssima com o reajuste salarial dado aos professores por Eduardo Campos. Só parece desconhecer que quem está em início de carreira e tem 150H/aulas não receberá o piso de R$ 950."
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A deputada também parece ignorar o fato de que o comemorado reajuste ainda mantém os professores pernambucanos entre os mais mal pagos do Brasil e que, em breve, o festejado piso salarial será o valor mínimo (ou seja, mais baixo... o pior) que os professores deverão receber em todo país, isto é, a deputada está feliz porque passaremos um pouco tempo livres do vexame do último posto no ranking salarial para depois retomarmos nosso lugar de honra no fim da fila assim que o piso nacional for implantado!
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Por falar em felicidade a respeito de reajustes, a deputada aprovou um aumento na miserável verba indenizatória que nossos representantes no Legislativo estadual recebem. Entusiasmada porque professores passarão a receber milionários R$ 950, a deputada esteve entre aqueles que decidiram aumentar ainda mais os proventos parlamentares. A tal verba indenizatória (um dinheirinho extra que recebem nossos mendicantes deputados) passará de R$ 9.000 para R$ 11.250 por mês. E os respeitáveis deputados não pensam sequer em divulgar como torram este dinheiro, pois não pretendem realizar prestações de contas!
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Bem, deputada, é fácil mudar o tom das cobranças ao governo e o nível de preocupação e exigência em relação ao que se passa com categoria que a elegeu quando se faz parte da base governista e quando se possui o poder de aumentar seus próprios rendimentos sem precisar fazer reivindicações humilhantes! Hipocrisia pouca e bobagem!
quarta-feira, 4 de junho de 2008
Brasil gasta 57% do "mínimo" recomendado para ensino médio, diz estudo
Bruno Aragaki
No Brasil, o valor gasto por aluno na rede pública não é suficiente para custear recursos mínimos para as escolas - como bibliotecas, professores com ensino superior e material didático. A falta de dinheiro na educação foi traduzida em cifras por pesquisadores brasileiros em parceria com as organizações internacionais Unicef, ActionAid e Save the Children.
Custo para qualidade "mínima"- Entre 2002 e 2007, os especialistas em educação Denise Carreira e José Marcelino Rezende Pinto coordenaram um levantamento para definir todos os gastos que uma escola tem por aluno - desde material de limpeza até salários de funcionários e professores. Batizado de "Custo Aluno-Qualidade Inicial", esse cálculo serviria de base para a formulação de políticas públicas. A proposta dos pesquisadores é tornar o CAQi o valor mínimo estabelecido em lei para o ensino público do país. "O objetivo inicial era calcular uma escola ideal. Mas os valores seriam muito altos, e teríamos só mais uma proposta difícil de colocar em prática. Então, optamos por projetar escolas com o mínimo de qualidade e estrutura", diz Carreira, que é pesquisadora da ONG Ação Educativa.
Investimento abaixo do necessário - Em estudo da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que reúne 34 países desenvolvidos e emergentes como Turquia, México e Chile, o Brasil é o que menos investe por aluno. Segundo Rezende Pinto, professor de Educação da USP (Universidade de São Paulo) em Ribeirão Preto, para que os estudantes brasileiros tenham o "básico", "é necessário destinar à educação 1% a mais do PIB (Produto Interno Bruto) nacional". O país destinou 4% do PIB para o setor, em 2004, segundo o MEC. Por meio de assessoria de imprensa, o MEC informou que "não comenta esse tipo de estudo", mas que "concorda que o investimento feito por aluno está abaixo do necessário". "Tanto que o ministro Fernando Haddad pede, reiteradamente, aumento de repasse do PIB para a educação", segundo a assessoria.
E agora, Sintepe?
POBRE SINTEPE
terça-feira, 3 de junho de 2008
segunda-feira, 2 de junho de 2008
"Modernização"?
Programa de Incentivo aos Educadores será lançado na próxima segunda-feira (02)
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domingo, 1 de junho de 2008
Sindicato "chapa-branca"
Enquanto o Sintepe se alia ao governo contra a categoria, fora de Pernambuco existe luta!
Em Pernambuco os indicadores de valorização profissional são os mais precários do País e, mesmo assim, a direção sindical se dá ao luxo (ou à cúmplice conveniência política) de acatar medidas superficiais como "acordos" vitoriosos que não modificam em absolutamente nada nossa situação. Em vez de mobilização, fizeram com o governo um pacto de subserviência que entrega a categoria de bandeja para o governo, viabilizando um ato pirotécnico através do qual o governo anuncia um "aumento virtual", considerando que seria mesmo obrigado a pagar o piso que está prestes a ser votado.
A suposta campanha salarial do Sintepe foi uma fraude e o seu "grito pelo piso" foi um brado no vazio, pois o piso da retórica furada será o patamar mínimo de remuneração do País, conduzindo Pernambuco novamente a condição de pagador do pior salário do Brasil. Sempre criticamos neste blog a opção da direção do Sintepe de privilegiar uma campanha pelo piso salarial nacional (de deliberação federal) sem propor nenhuma (vale ressaltar: NENHUMA) política salarial em âmbito contextualizado às nossas circunstâncias estaduais. O Sintepe fez o que melhor atendia ao governo e hoje ambos contam vantagem, contudo, até os mais iludidos perceberão o quanto foram ludibriados.
Campanha salarial 2008 – Sintepe – Entre manobras e mentiras a direção tenta enganar a categoria
- a) Toda nossa luta salarial estava resumida a implantação do Piso Salarial Nacional. Nenhum deles, em nenhum momento, falou em perdas salariais, ou em defasagem dos salários. Na campanha salarial do ano passado ainda se falava em perdas salariais, que estavam em torno de 45% nos últimos oito anos. Colocavam isso porque esse índice se referia ao governo Jarbas. Em se tratando de Eduardo Campos a memória dessas perdas foi “deletada”, pois não convém ao grupo de partidos que está no poder, PSB, PT e PC do B. Algumas pessoas usavam uma camiseta vermelha com a seguinte inscrição – “Nosso grito é pelo piso”. Como vemos, de antemão a questão salarial, para a direção, era direcionada nesse sentido. E dela eles não saíram. Pelo contrário, criaram o discurso falso de que a proposta do governo era uma conquista da categoria. Omitiram que a antecipação prometida pelo governo para setembro, não respeitava o fato de que a nossa data base é o dia 1º de junho. Igualmente omitiram que ao aceitarmos o piso em setembro, abdicamos do índice de reajuste em 1º de junho ! Vamos esperar quatro meses até vermos se realmente esse piso será implantado. E até lá, com a volta da inflação, devido principalmente a alta do preço dos alimentos, como vamos ficar ?
- b) Quem critica o governo Eduardo Campos tem saudades do governo Jarbas Vasconcelos. Uma intervenção ousou pronunciar essa sandice ! Ela tenta desqualificar os pronunciamentos críticos, tanto os feito ao governo como aos discípulos de Eduardo Campos, ou seja, a direção do Sintepe. Tal intervenção mascara a profunda identidade existente entre os dois governos na sua visão comum de uma educação gerida de forma empresarial, como por exemplo, os Centros de Referência em parceria com a iniciativa privada (projeto de privatização do ensino), criados na gestão anterior, e que foram ampliados no atual governo. Tal fala só pode ser feita por aqueles que, diferentemente da nossa categoria, devem estar lucrando com esse governo !
- c) O governo Eduardo Campos não é inimigo dos trabalhadores. Nas diversas intervenções, em nenhum momento, o governo foi criticado pela direção do Sintepe. É impressionante a desfaçatez do sindicato em alinhar-se automaticamente com o governo estadual. Cada proposta do mesmo é anunciada como se fosse a única alternativa possível. O governo está sempre fazendo o melhor que pode pela educação. Prova disso é que quando questionado sobre os valores pagos pela contratação pelo governo de uma consultoria empresarial para gerir a educação em Pernambuco, o mesmo respondeu que a mesma seria sem nenhum custo, e tal resposta não foi em nenhum momento questionada pela direção do sindicato. A promessa da implantação do piso parece ser colocada como uma dádiva desse governo “popular” ! É preciso analisar esse quadro de apoio explícito a Eduardo Campos dentro de um contexto maior, que englobe as alianças partidárias a nível nacional e local. A base do governo Lula no Congresso Nacional em Brasília é composta entre outras forças políticas, obviamente pelo PT, pelo PSB e pelo PC do B. Do ponto de vista regional esta mesma aliança se reproduz no governo Eduardo Campos e na Prefeitura do Recife e de Olinda. O melhor exemplo desse processo é a indicação do presidente estadual do PSB para o cargo de vice de João da Costa (PT) para as eleições municipais do Recife. Como quem está junto nos governos (municipal, estadual e federal),que também estarão juntos nos próximos palanques,podem estar separados na vida sindical ? Nas mesas de negociação não temos adversários, patrões e empregados, temos membros de uma mesma coligação política.
- d) A omissão de informações e a falta de articulação política são características marcantes das práticas do Sintepe. Durante a fala do presidente do sindicato sobre a proposta de antecipação do piso, apenas um dos elementos salariais da pauta de reivindicações que, caso a proposta fosse aceita pela categoria, seria perdido, foi dito, o abono-educador. Não foi colocado que como aceite da proposta governamental duas reivindicações seriam de antemão descartadas, ou seja, a luta pela implantação da vale-alimentação para os trabalhadores em educação e a extensão do 14º salário para toda a categoria, não apenas para aquelas escolas que atingissem as metas definidas pela empresa de consultoria empresarial, INDG, Instituto de Desenvolvimento Gerencial, contratada pelo governo no ano passado, para traçar os rumos da Secretaria de Educação, dentro de uma visão de gestão empresarial !!! Para a atual direção do Sintepe os trabalhadores em educação de Pernambuco estão fora da realidade local e nacional. Vejamos. A aceitação passiva da antecipação do piso nacional desarticulou uma maior possibilidade de enfrentamento do conjunto dos servidores estaduais diante da proposta de 5% de reajuste salarial para o funcionalismo estadual. A nossa categoria é, historicamente, uma das mais combativas em Pernambuco. Uma proposta diferenciada do governo para nós representa a força da greve do ano passado. Apesar de reprimida pelo governo e sabotada pela direção do Sintepe, ela foi forte o suficiente para fazer com que o governo temesse nossa mobilização. Por isso o empenho do Sintepe em defender a antecipação do piso como única forma de reajuste salarial, e que uma possível radicalização do nosso movimento, como a que foi proposta pela oposição, com a antecipação do piso para junho e a decretação do estado de greve, fosse a porta aberta para uma unificação do movimento dos servidores estaduais contra o arrocho salarial imposto por Eduardo Campos. Também parece que Pernambuco está isolado do Brasil. Veja se no site do Sintepe saem notícias de greves de professores estaduais de outras unidades da federação. Nenhuma notícia ! Quem sabia que os professores do Piauí e do Pará estão em greve há semanas ? E que reivindicam as perdas salariais, com índices entre 30 e 40%? E, principalmente, que enfrentam governos do PT ? E que as bases passam a frente das direções da CUT ? Não é preciso dizer que essas lutas tem a participação, junto as bases, da CONLUTAS (Coordenação Nacional de Lutas).
A Manobra da Mesa – Com o prolongamento das intervenções e o conseqüente esvaziamento da quadra do IEP, foi encaminhada a única votação em toda assembléia ! Pasmem ! A campanha salarial 2008 teve apenas quatro assembléias ! E foi decidida em uma única votação ! E a direção da mesa, numa visível manobra a fim de aproveitar o esvaziamento da assembléia, não encaminhou as propostas da oposição, que eram de que a discussão do piso nacional não era o principal eixo, mas sim a recomposição das perdas salariais; que a antecipação desse piso deveria ser feita na nossa data base, em junho; que a luta pela manutenção do abono educador, pela implantação do vale-alimentação e pela extensão do 14º salário para toda a categoria deveriam ser mantidas na pauta de reivindicações, pois a campanha salarial não deveria terminar naquele momento. Pelo contrário, deveríamos decretar estado de greve, visando verdadeiras conquistas, e não aceitarmos uma promessa de um governo que usa a educação visivelmente como trampolim eleitoral ! Também a questão da manutenção das eleições diretas para diretores de escolas não foi votada. Ficou para ser debatida numa futura comissão formada pelo governo e Sintepe. Não foi discutida a evidente intenção do governo em acabar com a democracia nas escolas estaduais. Tudo isso não foi votado ! Não houveram defesas e réplicas sobre essas questões. Como um rolo compressor, a mesa encaminhou uma única votação sobre a proposta do governo e ponto final ! Encerrada a votação, fim da assembléia, e a grande maioria dos professores presentes saiu sem entender direito quanto teria de reajuste em setembro.
E a mesa encerrou dizendo que a educação de Pernambuco saíra ganhando. Só se for uma educação baseada na omissão, na subserviência, e na mentira !
É preciso construir um movimento de oposição forte e consciente de que a luta pelos direitos da nossa categoria, é luta por uma educação melhor para a grande maioria da população de Pernambuco. E ela não deve se esgotar só visando às próximas eleições do Sintepe. Ela deve ser feita no dia a dia da vida profissional. Hoje e sempre.
Estranha e curiosa coincidência
Questões variadas... resposta única
- Será que nossa tão acomodada direção sindical sabe que a antecipação do piso salarial foi uma bela jogada publicitária?
- Será que os nossos experimentados líderes classistas perceberam que a suposta vantagem que o governo "oferece" será breve, afinal, o Piso Salarial será obrigatório para o Estado de qualquer forma?
- Será que os digníssimos sindicalistas notaram que "Piso Salarial" será sinônimo de "pior salário" assim que oficializado pelo Congresso Nacional?
- Será que os notáveis heróis do sindicalismo sabem que muitos estados já pagam salários acima do valor proposto como piso salarial sem precisar de nenhuma pantomima pirotécnica de seus governos?
- Será que a direção do Sintepe não percebeu que a supressão das gratificações e abonos seria um ótimo negócio para o governo e representaria perdas potenciais e objetivas para os professores?
- Será que os nossa ilustre elite sindical acabou servindo de agente governista diante deste episódio?
Todas estas perguntas possuem a mesma e objetiva resposta: SIM! Não percebe tal resposta quem padecer de um perigoso grau ingenuidade ou quem - sem ser ingênuo ou ingênua - devotar alguma cega e desastrosa complacência em relação a este tipo de atuação sindical.