O que foi a reunião da ASSEPE

Assistir as reuniões da Assepe adoece-nos. Não dá pra sair delas sem no mínimo contrair uma dor de cabeça. Na última, realizada em 19 de agosto (no Sintepe) incontáveis foram as queixas sobre o serviço 0800/ SASSEPE, atendimento no HSE e clínicas conveniadas mas, quando colocamos as questões e acreditamos que providências serão tomadas, surgem os defensores do governo através dessa associação querendo fazer crer que há melhorias e que as coisas já andaram pior. A empresa terceirizada (CRC) prestadora do serviço 0800 vai novamente concorrer a licitação, mesmo tendo sido atestada pelos usuários a péssima qualidade no atendimento e, ter sido a mesma alvo do Ministério Público uma vez que, quebrou acordo quando 'quarteirizou' (transferiu para outros) a prestação. Segundo argumentos de Beatriz Gomes presidente da ASSEPE e recentemente designada por Eduardo Campos para exercer o cargo de Chefe de Apoio no Hospital do Servidor, "nada podemos fazer a não ser torcer para a empresa não sair vencedora, pois não há impedimentos perante a Lei no sentido de barrar que a CRC concorra novamente". Houve denúncias sobre a retirada da emergência pediátrica do HSE, de acordo com os presentes, o atendimento dado pelo Hospital Maria Lucinda para onde agora são mandados é de má qualidade. Falou-se também sobre a cobrança do serviço de instrumentação para certos procedimentos cirúrgicos mas, para o desengano de todos, as denúncias foram fortemente rebatidas pela direção da Assepe que, mesmo reconhecendo os problemas chegou ao absurdo ao afirmar que, a urgência pediátria estava "tomando o espaço" dos adultos e idosos quando estes precisam de internamento prolongado, e o que pode ser feito é ver a possibilidade de encaminhamento dos pacientes para outra unidade. Quanto ao pagamento aos instrumentadores, o recado dado foi que, deveríamos ter muito cuidado e prestar atenção quando fazemos certas denúncias pois a profissão de instrumentador não é reconhecida e estes profissionais precisam ser remunerados adequadamente e os planos de saúde privados também cobram por esse serviço.

Ora, saúde pública não é dever do Estado? Será que os descontos realizados em duas matrículas não são suficientes para pagar as despesas consideradas 'extras'? Parece que a prioridade das reuniões da Assepe é exclusivamente arrecadar recursos para sustentação da Casa de Apoio.

O governo também está aplicando a política de produtividade no HSE para os funcionários do quadro, os temporários e o pessoal terceirizado estão fora.