domingo, 9 de fevereiro de 2014

O CANTO DA SEREIA

Por  Antônio Henrique*
Estamos acompanhando pela televisão uma série de propagandas faraônicas das ações do governador Eduardo Campos, para o campo da educação. Chega até lembrar filmes de ficção científica, tamanho seus efeitos visuais. Depois do que eu vi na TV, ficou muito claro para onde estão indo os investimentos que deveriam ser destinados à educação. Em Pernambuco, o Gov. Eduardo Campos nega-se a pagar o valor irrisório que é o piso da categoria. Vem levando em banho-maria a comissão de negociação (composta pelo sindicato que na sua grande maioria é governista), quando na verdade deveria respeitar a lei e reajustar os salários desde janeiro de 2013. Porém, o governador Eduardo Campos, retirou a gratificação do Magistério, o quinquênio, destruiu o Plano de cargos e carreiras o PCC da categoria e ainda deve os dias parados da greve de 2009. 
Em 2013, estão correndo várias manifestações dos estudantes e comunidade escolar denunciando as precárias condições das Escolas de Referência, a exemplo da EREM Dom Bosco e o Ginásio Pernambucano. Por outro lado, a política do governo de criar escolas de referências, tem por objetivo diminuir as turmas de ensino fundamental, fazendo com que os alunos, sem opção de escolha, abandonem as escolas. Outra denuncia que veio à tona recentemente na comissão nacional de trabalhadores em educação (CNTE), descobriu que o MEC deixou de contabilizar R$ 4 bilhões do FUNDEB em 2012. Isso significa que o reajuste do Piso Salarial deveria ser de 12% pelos próprios cálculos do governo e não de 7,97% definidos arbitrariamente pelo MEC. É importante observar que o reajuste do professor deve ser feito pela variação custo-aluno que ficou em 20,16%. O governo de Pernambuco é um dos muitos governos a realizar varias manobras para não pagar o salário da categoria. No dia 08/04/2013, no Teatro Boa Vista em Recife. Foi realizada uma assembleia do sindicato dos trabalhadores em Educação de Pernambuco (SINTEPE). O sindicato com sua maioria governista (PC do B, PT e PSB) se mostrou não muito preocupado com o atual momento que os professores vem passando, e se mostra com uma passividade incrível, limitando-se apenas a uma pequena nota de jornal aos domingos. 
É dever dos sindicatos representar sua categoria. foi assim que aprendi, e isso não novidade, ou agora é? Eduardo Campos o imperador de Pernambuco esta acima da Lei. É o retorno do poder moderador em pleno Século XXI, em Pernambuco. O povo deixa-se encantar com os olhos azuis de brilho “verde($)” do Imperador Eduardo I, que tem todos em suas mãos. E quer mais, quer a Presidência da República. Em seu primeiro governo, quis terceirizar a saúde e por pressão da categoria ele não o fez (ainda), e agora com mais experiência, já calejado, esta conseguindo fazer com a Educação. Hoje conta com instrumentos importantes para conseguir seus objetivos, principalmente um sindicato inoperante para os trabalhadores da categoria, que funciona como um dique de contenção dos anseios e indignação dos professores. O governo Neoliberal de Eduardo Campos no qual ele chama, de novos métodos de governar, é na verdade um desmonte da classe trabalhadora em Pernambuco, sugando o suor dos trabalhadores para financiar suas viagens pelo Brasil, sacramentando assim o seu poder no Estado, ou melhor, no seu feudo.  

*Militante da UJC e do PCB

[Esse é um texto para a seção Crônicas Vermelhas, onde os militantes da UJC/PE opinam, comentam, debatem sobre diversos temas. Para acessar o conteúdo Crônicas Vermelhas basta acessar no "arquivo do blog por temática" a temática Crônicas Vermelhas, ir na página formação ou destaques, ou clicando no marcador dessa postagem.]

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