sábado, 3 de novembro de 2007

O exercício da docência atrai menos a cada dia


A concorrência para os cursos de licenciatura é cada vez menor, poucos são os jovens que visualizam um futuro exercendo a profissão de professor, fato comprovado visto a concorrrência das universidades federais do Estado de Pernambuco para o ano de 2008( ver site da Covest).
Os salários baixos e as péssimas condições de trabalho e estruturas das escolas fazem esse exercício ser pouco atrativo, pois não vislumbra perspectivas de melhoria, principalmente em se tratando de Pernambuco que paga aos seus docentes o pior salário do Brasil: R$ 3,03 por hora/aula. Funções a nível de ensino médio pagam salários superiores aos recebidos pelos docentes estaduais. Devido a esse desincentivo prefere-se trabalhar em comércio, serviços e outros a se exercer a docência. Muitos docentes já migraram para outros setores e a grande maioria que consegue se manter exercendo a função, trabalha em mais de dois empregos cumprindo uma carga horária de trabalho excessiva.
Diante disso ficam os seguintes questionamentos : O que o governo pretende para nosso Estado?Concorrência zero em 2009 para os cursos de licenciatura? Extinção da categoria de professor? Televisores em vez de professores dialogando com os alunos através de projeto no molde de telessalas?Permanência de Pernambuco no último lugar nos testes nacionais de aprendizagem?
Qual será o futuro de Pernambuco se houver a manutenção da atual postura do governo de desvalorização e desrespeito aos docentes do Estado? Pensar em desenvolvimento desvinculado de investimento efetivo em educação não é possível e neste setor Pernambuco está estagnado há décadas. Os pernambucanos esperam um "Um Novo Pernambuco". Até o momento a "Esperança Não Se Renovou"...

3 comentários:

  1. Infelizmente, não temos uma política de estado. Sempre a Educação serviu como moeda de troca de governos. Nossa LDB não foi aprovada na íntegra, como sempre, houve modificações só para o bem do CAPITAL (taí as faculdades pipocas), o professorado não é consultado, nem decide nada. Tudo vem de cima para baixo e com "fórmulas mágicas" (fora de nossa realidade) vindas do exterior...consequentemente... temos o País que está aí...

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  2. "Novo Pernambuco" é só um slogan... todo e qualquer governo se propõe como promotor de mudanças, se diz "novo". O que jamais é novidade é o descaso com a educação e nisso o governo Eduardo Campos é tão "novo" quanto qualquer um outro!

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  3. Parece que tudo caminha para levar a nossa categoria a um processo de extinção.
    Criam-se tele-monitores e a cada 18 meses formam-se batalhões de tele-guiados.
    Pena que a vida fora da sala de aula não é nadinha virtual...é real...real.

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