Na prática fica impossível para o professor(a) processar tantas informações sem uma adequada quantidade de aulas-atividades. Vejamos o exemplo de uma situação comum à maioria dos professores:
Um professor com 10 turmas de 45 alunos = 450 alunos. Imaginemos que o referido professor resolva oferecer duas oportunidades de avaliação de aprendizagem por mês. Cada avaliação com 5 questões. O professor teria que corrigir 450 x 10 = 4.500 questões. Vamos supor que ele gaste 1 minuto por questão. Teremos 4.500 minutos de trabalho. Dividindo 4.500 por 50 min (hora-aula) = 90 horas-aula! Ora, se um professor com 200 horas-aulas por mês, tem apenas 60 horas-atividades.
Fonte: Periódico: A Luta Começa na Escola. Articulação de Esquerda na Educação - 2009
O novo formato dos diários de classe são uma prova do desazo do governo do estado na condução de uma educação que se pretende séria e comprometida com a formação de cidadãos. Delega ao professor o desempenho de uma tarefa que não lhe cabe e que é, antes de tudo, irrealizável. Um professor com 14 turmas e 600 alunos nunca terá como planejar e preparar suas preleções, elaborar e corrigir atividades e registrar um acompanhamento individual de cada um de seus alunos nestes diários. Não bastasse isso, a secretaria de educação, através dos expedientes escusos de suas GRE's, impõe o método avaliativo num claro desprezo pelas particularidades das mais distintas comunidades escolares e pela habilidade de seus docentes em reconhecer tais particularidades.
ResponderExcluirExigir várias avaliações bimestrais é um retrocesso e, só é possível na cabeça de certas antas (perdoem-me as antas).
ResponderExcluirCom dois vínculos na rede um professor tem aproximadamente 24 cadernetas, disciplinas como história e geografria tiveram suas cargas horarias reduzidas, então sobram 16 aulas num bimestre. Nesse intervalo (com 16 aulas) deveremos trabalhar conteúdos, avaliar (incansáveis vezes), reensinar e recuperar. Qualquer imbecil percebe a irrealidade desse mecanismo "faz de conta".
Socorro!!!! Eu sou professora de Geografia e ainda não consegui chegar a uma base sólida em relação a tantas atividades propostas ao educador. Quem será por nós? E o tempo, pouco! E o salário? pouco! As vezes eu sinto a SEDUC de forma irreal, igual a ilha de Utopia, que não existe! Pelo menos não está trabalhando de forma consensual. É muito radicalismo pra pouca ação!
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