sexta-feira, 26 de junho de 2009

Pesquisa diz que professor falta muito

Pesquisa feita pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) afirma que professor falta muito (Diário de Pernambuco/ Educação, 20/06/09) e que, entre os 23 países pesquisados o Brasil ocupa a 8ª posição. Os professores são ausentes, atrasam e perdem minutos preciosos em sala de aula com outras atividades, prejudicando assim o andamento da escola, estas, são as principais queixas relatadas pelos diretores envolvidos na pesquisa.
De acordo com Maria Auxiliadora Seabra presidente do CONSED (Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação), os professores faltam muito porque temos no país uma legislação excessivamente permissiva, Mozart Neves coordenador da campanha Todos pela Educação acrescenta que, "o sistema de concessão de licenças é um tanto frouxo".
Notório é que, a maioria dos países pesquisados compõem o Primeiro Mundo, entre eles estão a Noruega, Itália, Hungria, Dinamarca, Bélgica, Áustria, etc., países que investem intensamente em educação, que possuem excelente qualidade de vida, algo que pode ser certificado através do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de cada um destes, assim, é compreensível que os "piores desempenhos"recaiam sobre os professores do Brasil, México, Malásia e outros Terceiros Mundistas. Se os professores brasileiros são considerados "faltosos" antes de mais nada é necessário conhecer as condições de trabalho destes, a rotina estressante sobre intensa fiscalização à que são submetidos diariamente, a estrutura das unidades em que lecionam, entre outras coisas.
No III Seminário de Sáude promovido pelo SINTEPE (abril/2009) pesquisas realizadas apontaram que boa parte dos professores sofrem da Síndrome de Bournauld (síndrome da desistência) e que as doenças psiquiátricas são responsáveis por 67.13% dos afastamentos dos docentes da rede pública estadual (PE).
Certamente a presidente do Consed e o senhor Mozart Ramos Neves, desconhecem tais informações.

2 comentários:

  1. A pesquisa aponta uma realidade que não nos é desconhecida. Entretanto, cumpre observar que tal se verifica em parte por consequencia de um esgotamento profissional muitas vezes precoce. Alguém aí está profissionalmente satisfeito? E não se trata de migrar de carreira profissional, o que pode ser uma solução pessoal inflama ainda mais um problema social. Não há como trabalhar satisfeito a troco de oitocentos reais quando se tem investido anos numa formação superior que mais que dinheiro, custou empenho, suor e sonhos.

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  2. Que tal pesquisar a eficiência de nosso serviço de saúde( O SASSEPE) que nos atende de forma tão satisfatória, jamais nos tomando tempo aguardando para podermos nos consultar com o médico?

    Nos obrigam a faltar ao trabalho pelo fato de ficarmos, como todo mortal, doentes e precisarmos de atendimento médico. Isto independe de nossa vontade!!!E aí governador? Como fazemos para superarmos este obstáculo que impede o desenvolvimento pleno da educação em nosso estado?

    Temos o melhor serviço de transporte do universo, principalmente aqueles docentes que moram em Jaboatão dos Guararapes, como eu. Não se entende portanto por quê o professor chega algumas vezes atrasado? afinal as nossas unidades de ensino em sua maioria tem localização privilegiada.

    E aí governador que tal estruturar as periferias ampliando e melhorando o serviço de transporte em nosso estado?

    Como se percebe a partir de uma anílise superficial que os problemas que levam alguns professores a se ausentarem de seus locaias de trabalho muitas vezes independe de sua vontade. Ao contrário disto são problemas de ordem estrutural e de gestão pública.

    Vamos ficar no aguardo de resoluções daquele que escolhemos para gerir o nosso estado.

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