Ontem(22 de junho), estava agendada uma reunião com a equipe do governo e a comissão de negociação, porém mais uma vez, o governo (através da SEE e SAD) comparece ao encontro sem apresentar proposta alguma. O secretário de educação (Danilo Cabral) limitou-se a mostrar, os investimentos em educação, ou melhor o destino que será dado aos R$ 154.000.000 que virão através do Banco Mundial para a educação. A verba será empregada na ampliação de projetos de correção idade-série como o Se Liga, Acelera e o Travessia, projetos estes que, utilizam um professor para administrar diversas disciplinas, reduzindo assim o número de profissionais por unidade escolar, além disso, tais projetos são bancados pela iniciativa privada entre elas a Fundação Roberto Marinho e o Instituto Airton Senna. Parte do dinheiro será empregado na recuperação de escolas e outros fins (nada em salários dos professores).
Paulo Câmara (Sec. de Admistração) também mostra-nos alguns dados financeiros da educação e conclui afirmando que, a equipe está aprofundando os estudos sobre as questões levantadas pela comissão e, pede nova reunião.
Perante o exposto, Heleno Araújo (Sintepe) coloca os anseios da categoria, a demora em obter-se uma resposta concreta do governo e diz que, só haverá necessidade de uma outra reunião se o governo apresentar proposta. Assim, a equipe governamental, compromete-se em agendar reunião antes da Assembleia marcada para 06 de julho (Quadra do IEP às 9h.).
A nossa categoria precisa se mobilizar e organizar uma grande parada para o dia 06 de julho com direito a passeata com numerosas faixas denunciando as nossas baixíssimas remunerações e o não pagamento do piso. A desestrutura de nossas escolas também deve ser bandeira de luta a ser denunciada.
ResponderExcluirO que não falta são denúncias às faltas deste governo que se diz socialista e que vive a propagandear feitos que infelizmente até o momento não passam de promessas e palavras ao vento.
Insisto em mobilizções pois sei que de acordo com o passado recente em relação às negociações de reajuste e demais perspectivas do funcionalismo da educação, tal governo não cedeu de boa vontade, tanto que aqui estamos novamente buscando dialogar por algo que já devia ter sido cumprido, mas que ainda não passou de promessa.
A decisão de investir o dinheiro emprestado pelo BIRD em programas voltados para o problema da distorção idade-série reflete a falta de compromisso real com a melhoria da educação pernambucana. Não digo que tais programas não devam ser desenvolvidos, entretanto, a preocupação governista não residade na urgência em alfabetizar adultos, e sim na urgência em conter gastos sem por isso largar a mídia que promove piso salarial inexistente e indicativos ridículos de avanço na educação. Mais uma vez não serão os professores o alvo das intenções do poder público.
ResponderExcluirVale lembrar que, o programa Travessia, também apresenta um diferencial, os alunos possuem todo o material necessario, os professores também, há aparelho de som, tv, vídeo, em sala, há excursões e outras atividades extra-classe, enqunto os professores do ciclo regular não contam com tais vantagens. Além disso provoca desmantelos onde é instalado, na escola que trabalho 3 professores sairam da unidade por conta da redução de turmas do Ensino Médio em prol das telessalas. As direções, são instruidas pela GRE a aumentar o número de telessalas, e sequer pensem no prejuizo que causam as professores.
ResponderExcluirSe o governo não tem proposta então resta a categoria entrar em greve por tempo indeterminado. Quando os professores da prefeitura do Recife entraram em greve, logo o governo concordou antecipar o piso nacional. Ou os professores entram em greve e passeatas nas ruas ou contenuamos com o pior salário do Brasil. Precisamos colocar na pautar de reivindicação a não implantação do cronômetro para vigiar o profissional da educação. É melhor que o cronômetro seja utlizado pelo governador, secretários, deputados estaduais, federais, etc.
ResponderExcluirAinda continuo acreditando que greve deve ser o último recurso a ser utilizado.Devemos, antes de tudo, mobilizar as escolas e fazermos atos descentralizados ao mesmo tempo, tipo em cada cidade da região metropolitana e interior. Parar um dia para alertarmos a população. Não se pode simplesmente deixar de dar aula e ficar em casa.Esta é uma forma de protesto muito fraca e sempre se volta contra nós. Outra coisa é encher de faixas e cartazes as paredes e muros da escola chamando a atenção de sua comunidade para os infortúnios não somente das remunerações dos professores, mas principalmente para a falta de estrutura das nossas unidades de ensino. Quem sabe até uma avalanche de abaixo-assinados de cada comunidade de nosso estado, liderados pelos professores de cada unidade de ensino e demais representantes do SINTEPE, aptos para essas mobilizações? Isso sim chama a atenção da comunidade.
ResponderExcluirQuando o governo pensar nos votos que pode perder ao ser desmascarado talvez mude de postura. Com atos concretos e a população ao nosso lado não há propaganda enganosa governista que se segure!!!
Até a assembléia!!!