Educação em debate

Aguardado com muita expectativa, o secretárário de Educação Anderson Gomes compareceu ao debate promovido pelo Sintepe mas, deixou a categoria sem respostas concretas para algumas questões levantadas. O público presente que ontem à tarde lotou o auditório não, poupou o secretário em momento algum, nas intervenções feitas foram apontadas as falhas, o descaso, o desrespeito e o descompromisso do governo Eduardo Campos no setor da Educação. O professor Dácio Cruz (matemática) , provou por A+B , num breve levantamento feito das contas públicas e do dinheiro recebido pelo Fundeb que, o governo não paga o Piso Salarial Nacional aos trabalhadores em Educação simplemente porque não tem vontade política.

Tentando corrigir o descompasso da secretária, Anderson Gomes garantiu que os professores que perderam turmas, deverão permanecer nas unidades de ensino e estes, não terão remuneração suspensa como foi aterrorizantemente divulgado pela GRE e pelas direções das escolas. O seretário também comprometeu-se em resolver o conflito gerado pela SEE que ignorou a decisão dos professores de Educação Física quando em reunião com Zélia Porto rejeitaram em documento a proposta do governo que, inclui aulas de educação Física dentro do horário-aula. Soube por meio de um dos professores que, esta senhora informou que levaria a resolução dos docentes para o governo, porém, mais um golpe foi aplicado contra os trabalhadores, a tramóia já estava pronta e oficializada, sendo apenas posta em prática num piscar de olhos. As escolas denunciadas por terem fechado turmas de E.J.A e do Ensino Fundamental serão inspecionadas, pois de acordo com o secretário a justificativa dada para o reordenamento (nome dado à extinção de turmas) é que, estas, apresentaram índices elevados de alunos evadidos, quando é sabido que, tal afirmação não tem consistência. Na escola Santa Sofia(Camaragibe) por exemplo as turmas do Fundamental mesmo com número de alunos recomendado pelo Conselho de Educação, estão sendo extintas irresponsavelmente com anuência da gestora da GRE Sandra Farias.

Entre tantas questões discutidas (diários e livro de ponto burocráticos, assédio moral, mal atendimento nas Gres, mudanças no horário inicial dos turnos, convocação dos concursados, etc.) o secretário tocou em alguns pontos que merecem reflexão: Reconheceu que a categoria não está sendo ouvida, que as escolas estão perdendo autonomia que, os professores trabalham em ambientes inadequados e que os mesmos recebem baixas remunerações.

Concordando com o secretário, resta-nos saber o que realmente será feito para amenizar toda essa carga que pesa sobre nosso lombo.

Finalizando o debate Anderson Gomes disse apoiar a política (excludente) de bonificação e prometeu eleições diretas para gestores das escolas da rede, porém com critérios estabelecidos pelo governo . Sem comentários.