sábado, 24 de setembro de 2011

De 200 para 220 dias?

O Ministro Haddad propõe aumento dos dias letivos como mecanismo para melhorar os índices educacionais no país. A proposta prevê perdas de dias do recesso e partes das férias em janeiro. Está comprovado que o aumento de dias letivos não provoca melhorias no quadro educacional, saímos dos 180 para 200 dias e o que aconteceu? A educação permanece um caos pois, não se melhora educação sem reparar a qualidade de vida de um povo, não se melhora educação pagando baixa remuneração aos professores, não se melhora educação com escolas desestruturadas e funcionando a base do improviso, não se melhora educação garantindo bolsa-escola e outros artifícios com intuito apenas de manter o aluno preso à unidade de ensino.
Temos assistido discursos tímidos e que nas entrelinhas sinalizam para a aceitação da proposta de Haddad, dizer que, o aumento dos dias letivos se não vier acompanhado de outras medidas em nada modificará o ensino, é uma forma indireta de aceitar mais um golpe contra os trabalhadores em educação. Precisamos barrar o projeto, a sua implementação. Sindicatos, partidos políticos, alunos e professores precisam mobilizar-se. Utilizemos a internet, e demais meios de comunicação para esclarecer a inutilidade da proposta do Ministro da Educação, reformas paliativas são apenas mais um artifício para maquiar a situação educacional no país.
O mundo inteiro tem se rebelado contra medidas arbitrárias que ferem e retiram direitos dos trabalhadores, porque aqui (no Brasil) nos tornamos tão passivos e ordeiros? Onde estão os partidos ditos de esquerda? Por onde anda os políticos que dizem trabalhar pelo povo? E os movimentos estudantis o que andam fazendo?

4 comentários:

  1. Albênia, não vejo os trabalhadores como "ordeiros" e sim, passivos,covardes e omissos. Taí, de fato, nossa situação: temos estabilidade, escolaridade e muiiiiiiiiita ausência de solidariedade enquanto categoria. Infelizmente, não tenho mais perspectiva de nada, depois de 28 anos de atuação na educação.

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  2. Os partidos de esquerda estão no poder, são eles que estão retirando os nossos direitos que foram conquistados na época que os partidos de direita estavam no poder. Agora a esquerda domina tudo, a imprensa, a justiça, a polícia e a maior parte da população brasileira que recebe benefícios de algum ou alguns programas sociais do governo. A ditadura mais cruel já vista neste país está instituída e a bola da vez é o funcionalismo público. Não sobrará uma gratificação sequer, pois este governo é insaciável. "TIRAREMOS DO FUNCIONALISMO PÚBLICO PARA DAR AO POVO." este é o lema dos governantes de esquerda.

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  3. Acredito que estamos vivendo essa passividade porque na realidade isso é justamente o reflexo da educação quantitativa que se fez presente em nosso país, as aberrações que estão existindo dentro do sistema educacional brasileiro está formando seres apáticos e alienados. Foi-se o tempo em que a juventude era participativa no que diz respeito a política. Hoje alunos são aprovados sem nada saber, são poucos os que realmente se interessam em terminar seus estudos com conteúdo. A sensação que tenho as vezes é que estou dando aula para as paredes, pois o que vejo em sala são jovens totalmente desmotivados, sem perspectiva alguma. A educação esta na UTI. A nossa categoria é extremamente desunida, muitas vezes em encontros com educadores presencio certos discursos que me deixam envergonhada. Pessoas se contentando com nada, enquanto outras categorias lutam por pisos de R$3000,00 estamos a mendigar míseros mil e poucos. Atribuo isso a falta de união da categoria. Ser professor hoje, sobretudo em PERNAMBUCO é motivo de desmotivação, vergonha.

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  4. Concordo com Arlene. Somos omissos e não tomamos atitudes diante das perdas por nós sofridas.O prof. Edinho também tem razão, estamos há quase 10 anos com o governo que se auto intitula "dos trabalhadores" no entanto sofremos perdas atrás de perdas, quando deveria acontecer o contrário, deveríamos sim acumular ganhos.

    Isto tudo é desmotivante e mais desmotivante ainda é a acomodação de boa parte da nossa categoria que insiste em reclamar mas nada faz.

    Temo muito com o passar do tempo, pois vejo colegas bons de luta se aposentando e e ninguém para os substituir na luta por valorização.

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