Com pouco mais de quarenta participantes, aconteceu dia 06/09/2011 às 9 horas no auditório do SINTEPE o encontro para discutir a Educação de Jovens Adultos no Estado. Há aproximadamente dois meses formou-se uma Gerência (G.E.J.A) encarregada de atender, discutir, diagnosticar e solucionar as questões que envolvem a EJA. Em sua fala representante da G.E.J.A condenou o ''aligeiramento' do ensino, a falta de apoio pedagógico e defendeu políticas de incentivo aos alunos e aos professores envolvidos com o ensino da EJA.
Um discurso dissociado da prática, coisa comum na Secretaria de Educação. Ora, iniciamos o ano letivo com o fechamento de turmas de EJA, professores e alunos remanejados de forma arbitrária para outras Unidades de Ensino tudo por causa de um ''reordenamento'' criado pela SEE/PE.
Alunos da EJA não são contemplados com recebimento de livros e quando recebem, estes, são sobras existentes nas escolas muitas vezes com conteúdos defasados que em nada auxiliam as práticas pedagógicas. Esse ano, algumas escolas receberam a coleção Viver, Aprender porém, considerada por vários professores, distante da realidade do que é programado para alunos da EJA. Enquanto no falido Projeto Travessia os professores recebem todo aparato necessário (vídeos, TV, aparelho de som, livros, etc.) para melhor desenvolverem as práticas de ensino, nada chega aos professores e alunos da EJA. Há uma política de exclusão declarada. Quanto ao aligeiramento, parece-nos ser este o principal motivo do projeto, ou não? O Ensino Médio por exemplo agora será, concluído em apenas um ano e meio.
Na intervenção do professor Dácio Cruz, o mesmo cobrou resultados do Encontro de Educadores realizado em 2006 em Gravatá. Encontro este que teve por objetivo a elaboração de um programa comum para o ensino de EJA e que, não há notícias da finalização dessa proposta. De acordo com representante da SEDUC, a conclusão do referido trabalho ficou ao encargo de uma comissão de sistematização mas, o projeto não chegou a ser implementado. Disse ainda que, em novembro desse ano haverá um Encontro Estadual para debater e apontar novas diretrizes para ensino de EJA. Os critérios para a seleção dos professores que irão participar do encontro serão definidos pelo SINTEPE.
Li no JC de ontem, 11/09, nota na coluna da senhora Roberta Jungmann sobre a viagem da senhora Margareth Zaponi, da Secretaria de Educação, dia 29 deste, para Cingapura. Mais uma vez, como professor, fico indignado com este tipo de notícia. Como sempre pensei, esta gestão atual da Secretaria de Educação de PE ainda não sabe o que quer da Educação, tanto é verdade que agora precisa ir até Cingapura para aprender sobre gestão. Concordo com Pierre Lucena, aquele que foi candidato a reitor da UFPE este ano, quando em seu blog "acerto de contas" disse que "todos sabem como resolver os problemas da Educação, o que falta é 'vontade política'". No mais, o que vemos com esta viagem de Margareth Zaponi até Cingapura soa mais como "turismo e farra com o dinheiro público para aparecer na coluna social". Como diria o colunista Ancelmo Góis: "Mas não é uma fofa?"
ResponderExcluirTriste ver esse tipo de notícia reverberando na coluna social.
Meu amigo, Romero,. eles não se garantem... !
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Estão querendo e, muito provavelmente, conseguirão ampliar a carga horária das escolas públicas e privadas...
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Qualidade e quantidade são coisas muito diferentes.
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Caramba ! Estao atirando para tudo que é lado. Perdidinhos... !!!
E o danado é que a educação em Cingapura é baseada na rigidez, na cobrança feita aos alunos e em tantas coisas que são feitas exatamente de maneira oposta por aqui! Pelo menos espero que ela aprenda isso!
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