LEI Nº 11.329, DE 16 DE JANEIRO DE 1996
CAPÍTULO II
DAS FUNÇÕES DOS CARGOS DAS CARREIRAS DO MAGISTÉRIO
Art. 7º - São atribuições do professor em regência de classe:
I - planejar e ministrar aulas, coordenando o processo de ensino e aprendizagem nos diferentes níveis de ensino;
II - elaborar e executar programas educacionais;
III - selecionar e elaborar o material didático utilizado no processo ensino-aprendizagem;
IV - organizar a sua prática pedagógica, observando o desenvolvimento do conhecimento nas diversas áreas, as características sociais e culturais do aluno e da comunidade em que a unidade de ensino se insere, bem como as
demandas sociais conjunturais;
V - elaborar, acompanhar e avaliar projetos pedagógicos e propostas curriculares;
VI - participar do processo de planejamento, implementação e avaliação da prática pedagógica e das oportunidades de capacitação;
VII - organizar e divulgar produções científicas, socializando conhecimentos, saberes e tecnologias;
VIII - desenvolver atividades de pesquisa relacionadas à prática pedagógica:
IX - contribuir para a interação e articulação da escola com a comunidade.
X - acompanhar e orientar estágios curriculares.
Companheiros(as),
O Estatuto do Magistério deixa claro quais são as atribuições do professor(a). No texto não há orientação alguma no sentido de nos ''obrigar'' a preencher planilhas administrativas, exercer tarefas em duplicidade (colocar notas no sistema online e nos diários) e outras cobranças que estão sendo feitas nas escolas da rede via GREs/Secretaria de Educação.
Muita coisa acontece em nossas escolas e ganha 'corpo' porque desconhecemos nossos direitos, nos acomodamos e baixamos à cabeça aceitando todo tipo de ordem sem ao menos questionar a legalidade da coisa.
Vejo professor dizendo: "Não posso tirar licença por que a direção disse que eu tenho que arranjar substituto".
Em Camaragibe por exemplo, visitamos certa escola, onde a liberação ou não para alguns professores participarem de assembleias e outras atividades sindicais, parte da direção da escola. Em outra, professor readaptado foi colocado para trabalhar como porteiro.
São aceitações de atitudes como essas que caminham no sentido contrário à valorização profissional, além de fortalecer a dominação do governo sobre nossa categoria. (Maria Albênia de S.e Silva).
MARIA DUCILENE4 de fevereiro de 2011 19:45
ResponderExcluirPROFESSOR! DÓI, O SILÊNCIO QUE TU FAZES
Professor, a mordaça está se alargando.
Ao teu corpo se arredando.
A rotina de sala, caderneta, ida e vinda.
A tua voz é calada e quando incontida se rompe
O teu ouvinte é surdo e ignora o eco das harpas sem cordas.
Os alunos atordoados foram toldados como os mestres.
Toldados de turmas, horários, conteúdos e oportunidades.
Professor, o teu silêncio é uma carícia na face do predador.
O coração dos alunos e a memória da categoria são carne sangrando.
Sangra também a esperança de mudança e união.
É hora de atitudes, vozes ecoando e passos se unindo,
Mas tu calas.
Dói professor, vê tua inércia
Teu carrasco se alonga, ganha espaço
Tua alma é caverna da dor e do silêncio.
E os sonhos, mestre, são tristes enganos,
Adormecem em salas lotadas.
Bolsos vazios e almas lacrimejantes.
O abandono dos valores, respeito e direitos.
As ruínas que sobram como resultado da profissão.
São sombras e poeira ao vento do esquecimento.
Assim como a vontade de seguir professorando.
O eleito pelo povo silencia a voz dos mestres.
Amordaça sua energia e vontade laboral.
Com uma lágrima vergando a face.
Um silenciar de desejos e anseios
O professor, que deixa atingir tua alma, teu bolso e tua dignidade.
Silencia e cala fundo. Cala professor!
Dói, o silêncio que tu fazes....
DUCI MEDEIROS
Precisamos ficar atentos e conhecer nossos direitos. As cobranças vão chegando de forma autoritária e com um implícito " Se vire! ". Os gestores deveriam se preocupar em dar condições para os professores ministrarem suas aulas e não criar formas de opressão com atividades que não são da nossa competência! Até quando ???
ResponderExcluirParabéns pelo poema!!!É cruel, mas é a grande realidade que vivemos.
ResponderExcluirDisse outro dia que o silêncio é amigo dos tolos. Fui mal compreendido. Seu texto me ajuda a reforçar que de fato "o silêncio é amigo dos tolos", mas aqui está em frente a uma antítese, a maior delas: o silêncio do professor.
ResponderExcluirO quadro é caótico, mas ainda cabe uma revolução. Pensemos!