domingo, 13 de maio de 2012

PRESSÃO E SUICÍDIO

A mídia tem divulgado e relacionado a morte do tenente coronel Marinaldo que suicidou-se quinta–feira (10/05/2012) passada à problemas financeiros. Atribuir a morte do policial simplesmente à dívidas é reduzir demais e desviar o foco da questão. É notório a pressão que os servidores públicos vêm sofrendo nesse novo modelo de gestão implantado em Pernambuco. Vivemos na era dos pactos, dos decretos, das metas. Os programas precisam dar resultados, as estatísticas são mais importantes que as condições de trabalho, é assim na área da saúde, da educação, da segurança, etc. Direções de escolas assinam ‘pactos’ e transformam o ambiente escolar em locais inóspitos de trabalho. Assédio moral, fiscalização e pressão psicológica são coisas comuns nas unidades da rede. Não é à toa que o número de professores afastados por motivo de saúde tem aumentado consideravelmente. Algo semelhante acontece nas corporações policiais, reduzir os índices de violência no Estado é questão de honra para o governo Eduardo Campos custe o que custar, não cumprir metas, significa assinar o próprio atestado de incompetência portanto, a morte do tenente Marinaldo merece ser vista com um olhar mais apurado.

Um comentário:

  1. O Diário de Pernambuco publicou hoje(23 de maio) esse texto, ainda deu um corte no finalzinho da carta mas, a ideia central foi exposta.

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