segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Circo dos Horrores em PE

Desde a semana passada milhares de jovens vem disputando vaga nos cursos de profissionalização oferecidos pelo Governo do Estado, debaixo de sol e chuva, sereno e dos perigos da noite, pois se não se dispuzerem a dormir na fila não conseguem ficha de inscrição. Muitos dormem e nem assim as conseguem, pois são oferecidas em número limitado a cada dia. Hoje encontrei quatro alunos meus na Conde da Boa Vista, que vivem na comunidade de Prazeres, dizendo que iriam dormir na rua para guardar a vez na fila de amanhã. Dormiram ontem e não conseguiram e tentariam de novo para poder ter acesso a um curso de informática. Imaginem quatro adolescentes, três meninas e um garoto, dormindo na rua tão longe de casa, correndo riscos e mais riscos, tudo isso por falta de organização e respeito por parte daqueles que dizem estar fazendo o bem. Isso é mesmo " bom para Pernambuco"? Oferecer vagas da forma como estão sendo oferecidas? Centralizar na Agência do Trabalho que já atende a milhares de desempregados que passam o dia todo na fila foi o pecado maior do governo. Propaganda não pode ser tudo na vida de um político. Que prazer há em ver milhares de jovens pernoitando ao sereno, debaixo de chuva e desprotegidos, longe de casa? Esse CIRCO DOS HORRORES precisa acabar, os jovens pernambucanos não podem ser desrespeitados dessa forma! Cadê o ministério público? os órgãos de proteção dos jovens? direitos humanos? As escolas estaduais poderiam muito bem inscrever esses jovens de forma bem mais humana, dentro das comunidades em que eles vivem . Todavia isso não iria aparecer de forma tão impactuosa na mídia quanto milhares em fila para receber as beneces do governo que só que ver o "bem" de toda a população pernambucana.

3 comentários:

  1. Estão todos tomando uísque comprado com dinheiro público...

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  2. Além de submeterem-se a todas essas formas de humilhação, ficar penando em longas filas, sujeitos a todos os tipos de riscos, sabemos que muitos não vão conseguir inscrever-se. E os inscritos irão verdadeiramente profissionalizar-se? Quantos se encaixarão no mercado de trabalho?

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  3. A meu ver muita coisa serve para justificar gastos, não importa de que forma e os retornos possíveis como uma profissionalização realmente concreta ocorra.

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