quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Pela primeira vez se discute de maneira verdadeira dar prioridade à educação

Lula está falando pela primeira vez em algo realmente sério para melhorar a educação do país: criar um fundo bilionário, com recursos do petróleo encontrado na camada de pré-sal, para a educação no Brasil.
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A idéia ainda é embrionária, mas Lula parece decidido a dar um impulso de longo prazo à educação no Brasil. As declarações de Dilma foram na mesma direção.
O Governo parece estar decidido a resolver esta questão agora, para que não deixe possíveis soluções para a próxima gestão.
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O problema é garantir os recursos que hoje já estão na área de educação, e resolver a questão salarial dos professores no país todo, valorizando o que é mais precioso no processo educacional: as pessoas.
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Não pode deixar acontecer o que fizeram com a CPMF e a saúde. Simplesmente substituíram os recursos que já existiam pelo da CPMF.
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Enquanto a valorização dos professores não vier através de maiores salários, falar em melhoria de educação é piada. Se os salários dos professores quadruplicarem, ainda não será um salário justo, mas já atrairá bons profissionais.
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Uma idéia seria criar um fundo nacional, e dar uma espécie de gratificação aos professores que efetivamente estão em sala de aula, além do salário que ganham. Inclusive premiando aqueles que tiverem bom desempenho. Mas premiando de verdade, e não pagando uma merreca para o professor trabalhar mais do que já trabalha.
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O sinal do Governo já é uma coisa importantíssima. Se Lula fizer algo relevante nessa área, terá sido sua maior contribuição ao país, que convenhamos, não tem sido pequena.
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Autor: Pierre Lucena
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Um comentário:

  1. Estão comemorando por aí a inclusão de piso salarial dos professores na constituição, através de emenda constitucional (EC nº 53, que trata de forma indireta do tema). O que se deve conter na carta maior, contudo, é um teto salarial, aliás, é nesse sentido que a lei maior de 88 estabelece como teto constitucional o subsídio dos ministros do STF. Nós professores teremos o que festejar quando a discussão chegar ao nível de teto. Por que ninguém discute piso salarial para algumas categorias? Porque simplesmente não precisam. Então ficamos com um problema sério: para professor, piso e teto são a mesma coisa, ou seja, o "sofressor" vive constatemente achatado por não poder vislumbrar futuro profissional e pessoal mais aprazível. Sem antes resolver a questão do professor, não se resolverá a situação do aluno.
    Achar que um professor da educação básica, sobretudo, das séries iniciais, deve receber salários ultrajantes, é assinar o seguinte: as crianças não são dignas, porque os professores não são dignos de receber melhor, de serem tratados melhor. Parece tudo tão óbvio, não é? Mas infelizmente não é tão óbvio a ponto de ser radicalmente modificado.
    Clever.
    Brasília.

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