Um companheiro nosso ao dirigir-se à GRE (Metro Sul) coincidentemente assistiu a uma das reuniões de orientação e lavagem cerebral para os gestores das escolas da rede. No data show a ordem dada era: As unidades que, em sua vizinhança exista Escola de Tempo Integral estão impedidas de abrir vagas para alunos da 1ª série do Ensino Médio. Estes, deverão procurar as (mal) 'ditas' escolas de Referência, caso contrário, deverão encaixar-se no Programa Travessia (Médio). Não há outra opção.
Esta é apenas uma amostra do modelo de 'educação inclusiva' desenvolvida em Pernambuco.
Que interpretação poderemos tirar dessa orientação? Ora, se as escolas estão dando certo porque o apelo? Sem a proibição de matrículas (1º Médio )não haverá formação das turmas previstas nas Integrais para 2011?
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ResponderExcluiressas escolas em tempo integral são uma caixa preta. Ninguém sabe como realmente funciona a seleção dos professores que atuam nelas. Eu por exemplo, participei de uma seleção esse ano uma vez que a escola onde leciono estava 'virando integral' e mesmo com Mestrado, com experiência em ensino de terceiro grau, tanto na graduação quanto em pós-graduações, com varias publicações, com apresentação de trabalhos em eventos internacionais, fui preterido por colegas que, sem querer desmerecê-los, possuem formação inferior a minha.
ResponderExcluirNessas seleções, parece que o que realmente vale não é a formação do profissional, mas sim o quanto esse profissional puxa o saco das direções. Essa foi a única explicação que encontrei. Da mesma forma são as escolas técnicas que tem por aí, ninguém sabe como é feito o processo seletivo delas. Na época do Danilo Cabral, apesar de todas as mazelas, ainda viamos alguns editais com chamada para seleções internas a fim de preencher as vagas dessas 'escolas'. Não sou especialista em direito mas acredito que situação assim fere o princípio da isonomia, cabe aqui a dica para que o sintepe com seu departamento jurídico, verifique como ocorre essas seleções interna.
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ResponderExcluirDe qualquer forma, nem queira passar mesmo nessas seleções. Eu fui convidado para trabalhar numa delas, pois precisavam de um professor da rede que tivesse conhecimento razoavel em alemao. Aceitei a proposta que me oferecia até um intercâmbio acadêmico. Foi a pior experiência profissional que tive. Ainda pior do que o caos na rede de tempo regular. Por mais que possa ser mais rentosa para os alunos, no sentido de aprovação em vestibulares, para nós, professores é uma perda de direitos terrível. Com seis meses pedi pra sair, mas os colegas me conveceram a permanecer. Com mais seis meses (nao via a hora de acabar o ano) pedi com um alívio imeeeeennnnnnnnso a minha volta para a escola que, como a funcionária gestora do programa integral fala, "a escola que não dar certo". De fato, a escola integral não deu certo pra mim não. Você não pode ir às assembleias (se bem que o SINTEPE tem feito desse espaço um bom uso de manipulação política) mal consegue ir ao médico e, perderá mais cedo ou mais tarde a gratificação descartável do integral, que causa em muitos a ilusão de estarem ganhabdo bem e depois acabam no psiquiatra... Por isso, cara colega, apesar de você ter um bom currículo, não foi selecionada porque a seleção é em si obscura. Mas te digo, não lamente! Você e eu e os outros merecemos um espaço melhor para trabalhar como professores do que o programa integral de Eduardo Campos, que anda dizendo por aí que PE já tem modelo educacional para servir de modelo.
ResponderExcluirNem pensem que na era Danilo Cabral as coisas eram diferentes. No Tito Pereira em Camaragibe, a reunião de convocação dos professores para a suposta seleção ocorreu enquanto estávamos em férias(janeiro)denunciamos e houve outra 'seleção'em abril, não me inscrevi uma vez que, discordo totalmente da política mesquinha e discriminatória dessas escolas. Além disso, mesmo que tivesse candidatado-me,não ficaria, uma amiga com mestrado (profª Elenilza)e com diversos projetos desenvolvidos na escola, alguns até premiados, não foi aprovada. Motivo provável: participou das ações que culminaram na exoneração de nossa gestora anterior.
ResponderExcluirAtualmente há professores que, mesmo sem participar da seleção conseguiram uma 'brechinha' na escola.
Estou passando uma temporada no Programa Integral. Em termos de aprendizagem, não difere do regime regular. Quanto as cobranças sobre os professores, a situação chega a ser patética, pois são exigidas coisas ainda mais inúteis e sem finalidade.
ResponderExcluirO paraíso pregado pela SE não existe. Para se ter uma ideia, tenho 6 turmas nas quais ministro aulas de História, Sociologia e Filosofia. Tenho 18 diários de classe, que são, na verdade, o objetivo do meu trabalho, pois o que tem valido é assegurar que tais preciosidades fiquem impecáveis. Com tantas aulas, diários de classe e burocracia, fica impossível realizar algum bom trabalho diferenciado. E o chamado contra-turno sem ações ou formação diferenciada em escolas sem infra-estrutura?
Além do mais, a política de remuneração por gratificação gera uma postura subserviente na maioria dos profissionais que atuam no programa, afinal, muitos tremem de medo de tecer publicamente qualquer comentários crítico dirigido ao programa ou aos seus problemas (que existem e são muitos).
Isso sem deixar de considerar também outras questões como a falta de transparência na seleção dos profissionais e na adoção de direcionamentos proporcionados por uma entidade privada que atua como "consultora" do programa. Não podemos esquecer ainda uma certa tendência discriminatória que tem colocado as escolas integrais num patamar superior às escolas regulares, forçando uma distinção que não deveria existir.
Não discordo da criação de escolas em tempo integral. Ao contrário, sou amplamente favorável porque - em princípio - a ampliação do tempo na escola pode oferecer condições para o melhor desenvolvimento dos alunos. O problema tem sido a forma de implantação do ensino integral em Pernambuco, que tem exagerado na visibilidade publicitária e no uso político de uma iniciativa que em tese é bastante positiva.
O ensino integral em si não deveria ser o alvo de nossas críticas, ao contrário, deveríamos defender e exigir sua universalização e implantação em toda a rede pública estadual, seja para alunos do Ensino Médio ou para alunos do Fundamental. E o ensino integral que efetivamente atenderá aos pernambucanos deveria ser democrático, pactuado entre os envolvidos e com participação de toda a comunidade escolar, não este modelo centralizado empregado como plataforma política ou vitrine publicitária. E, claro, os professores não deveriam receber gratificações distintivas para atuação na escola integral adequada. Os professores deveriam ser valorizados em qualquer situação, pois não nos interessam as gratificações extraordinárias. Queremos salário decente!
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ResponderExcluirÉ verdade que esse governo louco vai transformar todas as escolas em "falsas" escolas integrais. E que não vamos ter mais direito às nossas aulas atividades? Alguém sabe? A minha escola não tem estrutura pra ser integral, aliás, não tem estrutura nem pra ser regular, quanto mais integral...
ResponderExcluirPois é, a proposta desse governo insano é até 2014 transformar as escolas da rede em 'integrais'. Em Camaragibe várias escolas já estão perdendo a turmas do Fundamental,mesmo capengas virarão 'Escolas de Repelências'e, no decorrer do tempo, as de Fundamental ficarão sob responsabilidade das prefeituras,isto foi confirmado por Kátia (SEE) em uma das reuniões de 'negociação'.
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