sábado, 26 de abril de 2008

Educação e relativismo

O texto abixo foi publicado na seção de opiniões do Diário de Pernambuco do dia 25 de abril dete ano. Vale a pena ler e considerar estas reflexões ao avaliar sobre as inúmeras tendências "renovadoras" da educação.
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EDUCAÇÃO E RELATIVISMO
Gilvandro Coelho
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A viagem do Papa Bento XVI aos Estados Unidos, a sua recepção no aeroporto pelo presidente daquele país, como homem de fé, a quem pediu que recomendasse a Nação em suas orações; as visitas à ONU e ao canteiro de obras das Torres Gêmeas, com reiterados apelos pela paz entre as nações, são fatos que nos ajudarão a entender problemas atuais, como as divergências entre Oriente religioso e Ocidente relativista.
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O Pontífice, disse George Bush, encontrará uma Nação desenvolvida e "imbuída de compaixão" que acredita estar dando um tratamento adequado aos mais débeis e mais vulneráveis e crê que a vida humana é sagrada. E para logo explicou: necessitamos de uma mensagem de esperança que identifique a verdadeira liberdade e não pense que esta só existe em benefício próprio, mas deve repousar no apoio mútuo. Precisamos rechaçar a ditadura do relativismo e acolher uma cultura de justiça e verdade.
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Assim, convém relembrar cinco expressões freqüentes dessa ditadura do relativismo. Aproveitaremos a síntese e a crítica do jornalista espanhol Eulogio López (site catholic net): O primeiro e mais importante porque a todos engloba: "Nada é verdade, nem nada é mentira, pois tudo depende da cor do cristal com que se olha". Isto significa que não há verdades absolutas... Menos esta que, por si, já constitui dogma aniquilador.
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O segundo: "É proibido, proibir". Assim, há algo que se está proibindo proibir conforme o lema de uma geração francesa que permanece no poder, sem querer abandoná-lo. Se proibirmos proibir, há algo que se está proibindo: proibir.
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O terceiro: os dogmas são inadmissíveis. Salvo, certamente, o que acabo de enunciar: indemonstrável e de aplicação forçada. Em qualquer situação, o homem sempre parte de um dogma para concluir usando os métodos indutivo ou dedutivo para o raciocínio.
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O quarto: toda idéia, princípio ou crença é respeitável. Todas, não porque a que acabo de enunciar vale muito mais do que qualquer outra.
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E o quinto: eduquemos em liberdade. Isto é impossível porque se concedermos liberdade ao aluno para rejeitar a educação, seguramente ele optará pela liberdade de não educar-se, sobretudo porque a educação exige que se esforce para aprender.
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Concluindo, o homem não pode ser contraditório. Portanto, precisa ser educado e se manter bem informado para não acreditar que há povos bons e maus, mas existem governos e regimes políticos que não alimentam uma cultura de justiça e verdade.

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