Não sei qual prestação de serviço público em Pernambuco consegue ser pior, se é na área da Educação ou na Saúde.
Dia 27 de março (2008) precisei acompanhar minha irmã que esteve internada no Hospital da Restauração ficando lá até 02 de abril, a mesma foi vítima de um AVC (derrame cerebral) hemorrágico.
Deprimente o que assisti por lá, o setor de traumatologia é um horror, pessoas em situações de extrema gravidade aguardam atendimento em macas, enquanto os médicos num esforço sobre humano decidem a quem atender primeiro. O número de pacientes é imenso para o pouco quantitativo de profissionais atuantes no hospital. Os corredores viraram enfermarias e estão lotados de macas de um lado à outro, os acompanhantes dormem em cadeiras ou papelões colocados debaixo das macas. A fedentina é insuportável, o cheiro de sangue mistura-se com o de urina e de fezes. Pacientes sem acompanhantes ficam entregues à própria sorte, vi gente com crise consulsiva caindo da maca, pessoas sujas, descobertas, com dificuldades para se locomover, tomar um banho e até se alimentar. Muitas funções do serviço de enfermagem é repassada para os acompanhantes, troca de lençóis de cama (quando há lençol), curativos, limpeza do paciente, ministrar medicamentos prescritos entre outras.
O Setor de Emergência é outro caos, ficamos lado de fora horas a fio sem acesso à informações e ainda somos obrigados a lidar com a indiferença e abuso de alguns profissioniais que atuam na recepção e outros que fazem a segurança do hospital.
Em momento de espera fiquei a pensar no papel do Estado, e na situação em que se encontra a maior parcela da nossa população. Pensei nos investimentos que estão sendo destinados à Copa de 2014, no dinheiro gasto em viagens presidenciais, nas propagandas eleitoreiras, nos altos salários pagos à deputados, senadores e ministros, nas verbas que são desviadas de setores básicos (educação, saúde, habitação etc.) para atender aos caprichos e manter no poder uma classe burguesa que nos controla. Atônitos e impotentes assistimos a este espetáculo de sofrimento e miséria humana. Dói-nos presenciar tal situação e não criar perspectiva alguma de melhoria. Resta-nos o GRITO e o VOTO.
Dia 27 de março (2008) precisei acompanhar minha irmã que esteve internada no Hospital da Restauração ficando lá até 02 de abril, a mesma foi vítima de um AVC (derrame cerebral) hemorrágico.
Deprimente o que assisti por lá, o setor de traumatologia é um horror, pessoas em situações de extrema gravidade aguardam atendimento em macas, enquanto os médicos num esforço sobre humano decidem a quem atender primeiro. O número de pacientes é imenso para o pouco quantitativo de profissionais atuantes no hospital. Os corredores viraram enfermarias e estão lotados de macas de um lado à outro, os acompanhantes dormem em cadeiras ou papelões colocados debaixo das macas. A fedentina é insuportável, o cheiro de sangue mistura-se com o de urina e de fezes. Pacientes sem acompanhantes ficam entregues à própria sorte, vi gente com crise consulsiva caindo da maca, pessoas sujas, descobertas, com dificuldades para se locomover, tomar um banho e até se alimentar. Muitas funções do serviço de enfermagem é repassada para os acompanhantes, troca de lençóis de cama (quando há lençol), curativos, limpeza do paciente, ministrar medicamentos prescritos entre outras.
O Setor de Emergência é outro caos, ficamos lado de fora horas a fio sem acesso à informações e ainda somos obrigados a lidar com a indiferença e abuso de alguns profissioniais que atuam na recepção e outros que fazem a segurança do hospital.
Em momento de espera fiquei a pensar no papel do Estado, e na situação em que se encontra a maior parcela da nossa população. Pensei nos investimentos que estão sendo destinados à Copa de 2014, no dinheiro gasto em viagens presidenciais, nas propagandas eleitoreiras, nos altos salários pagos à deputados, senadores e ministros, nas verbas que são desviadas de setores básicos (educação, saúde, habitação etc.) para atender aos caprichos e manter no poder uma classe burguesa que nos controla. Atônitos e impotentes assistimos a este espetáculo de sofrimento e miséria humana. Dói-nos presenciar tal situação e não criar perspectiva alguma de melhoria. Resta-nos o GRITO e o VOTO.
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