Com os objetivos de dabater as causas do adoecimento dos trabalhadores(as) em educação e definir uma política de saúde para a categoria o SINTEPE realizou em sua sede nos dias 06 e 07 de abril de 2009 o III Seminário Saúde do Trabalhador.
Um dos palestrantes Alex Saratt (Secretário de Saúde da CNTE) enfatizou a visão mercadológica na educação e as doenças causadas pela competitividade. A competição estimulada pelas recompensas (abono, 14ª salário, computadores etc.) gera apartheid dentro das unidades de trabalho, as escolas querem sair na dianteira e passam a cobrar do trabalhador (a) esforço duplo, e, os próprios colegas de trabalho passam a exercer uma certa vigilância entre si. Surge o estresse, a síndrome da desistência ( síndrome de Bornaud), e outras doenças que obrigam o afastamento ou levam o trabalhador(a) a permanecer em atividade mesmo adoentado.
Permeando essa relação de trabalho conflituosa está o assédio moral. Com intuito de cobrar resultados e exigir cada vez mais eficiência, o chefe passa a exercer pressão sem limites sobre os funcionários expondo-os a situações humilhantes e constrangedoras.
Na tabela das patologias que mais afastam os trabalhadores(as) de suas funções estão as psiquiátricas, representando 67.13% dos casos.
No encontro foram apresentadas ações que estão sendo desenvolvidas pela SEDUC em parceria com SINTEPE, UPE, SASSEPE e outras instituições. O programa consiste em fazer um mapa de risco das escolas, e o levantamento do perfil do servidor, com avaliação geral da saúde do mesmo. Concluído o diagnóstico, a própria escola, a GRE e a SEE deverão apontar soluções para as questões levantadas. Segundo a apresentadora do programa algumas escolas já estão sendo contempladas com o programa, entre elas, a escola Murilo Braga, o Ginásio Pernambucano (rua do Hospício), Maria da Conceição R.Barros, Alfredo Nery, e a escola do Vale das Pedreiras.
No momento dedicado as intervenções o que se ouviu foi um festival de denúncias sobre as péssimas condições de trabalho nas escolas da rede, o má atendimento do Sassepe (emergência, 0800, médicos que mal olham os pacientes, consultórios lotados etc.) os descontos duplos para quem tem duas matrículas, e no 13º salário entre outras queixas. Porém, Paulo Rocha (Sassepe/CUT/SINTEPE), mesmo reconhecendo a ineficiência dos serviços prestados pelo Sassepe, disse que o "plano é muito barato" e que os servidores são responsáveis por onerá-lo uma vez que, marcam várias consultas, fazem exames e não vão buscar, além de marcar consulta e não comparecer.
Lindinere Ferreira, Secretária de Políticas Sociais (SUS/CUT), chegou a afirmar que o SUS é o melhor sistema de saúde pública do mundo, que em termos de saúde somos (nós brasileiros) bem mais assistidos que os europeus e os norte- americanos. Não há indigentes para o SUS, todos têm direito à atendimento, enquanto nos EUA e na Europa só os que contribuem para o sistema é que são beneficiados.
Após ouvir tantas aberrações creio que sai mais doente do Seminário de Saúde.
Para concluir os trabalhos, no segundo dia do encontro foi tirada uma comissão (Coletivo de Saúde) que encaminhará as propostas apresentadas pelos grupos à SEE/PE e Sec. de Saúde.
Infromações sobre o programa da SEDUC ligar: 3182-2118 (8ª andar DPP)
nucleoatencao@yahoo.com.br
Quem afirma que o atendimento público de saúde no Brasil é um dos melhores do mundo desconhece tal sistema. Nunca em sua vida precisou ficar horas em fila ou aguardar por meses um resultado de exame.
ResponderExcluirOuvir tantas balelas deixa a pessoa doente mesmo!!!
Em relação a quem afirma que "o SASSEPE é muito barato" digo que pagamos caro por um serviço que não atinge muitas vezes a condição de satisfatório.Se formos comparar aos descontos sofridos por outros servidores a nível federal e municipal e até mesmo os empregados da iniciativa privada contemplados por planos empresarias, as nossas contribuições, os descontos em folha ultrapassam em muito as cotas usuais tendo em troca prestações melhores de serviço de saúde, pelo menos em se tratando de atendimento em clínicas.
Convenhamos, o que o SASSEPE disponibiliza para nós associados é o mínimo necessário: Falta de estrutura até para o atendimento é uma constante.
Será que o SASSEPE quando resolve vincular um estabelecimento como conveniado se preocupa em olhar as suas estruturas. Conheço clínica cujo banheiro não admite a antrada de pessoas um pouco além do peso(Em Olinda, Clínica São Bento). Tenho um metro e sessenta e três centímentros, 52K e senti dificuldades. Lutei e quase perdi para aquela porta que competia com a pia pelo espaço.
Me depáro muitas vezes com clínicas lotadas. Perde-se tardes ou manhãs inteiras aguardando atendimento. Muitas vezes os gestores das unidades escolares não aceitam o fato do professsor precisar ir ao médico e perder tanto tempo, só aguardando.Tais clínicas parecem nos prestar favores ao nos atender.
Quem gerencia o SASSEPE dispõe de milhões para pagamento das consultas, exames, etc. Será que as clínicas nos atendem por preço abaixo do de mercado? Acredito que não.
Temos milhares de associados e dispomos apenas de uma clínica para exame de alergia. Aquela do Derby, Carneiro não sei do que.
Espero não ter que voltar lá.
É preciso melhorar e muito o atendimento aos usuários do SASSEPE por parte das clínicas conveniadas.
É preciso que auditores do SASSAPE fiscalizem tais clínicas.
Associados entrem em contato com a Ouvidoria do SASSEPE quando algo não ocorrer bem.
Precisei e fui muito bem atendida.Alguma coisa tinha de funcionar bem neste serviço de saúde do servidor.