quarta-feira, 8 de abril de 2009

" A questão da àgua"

É uma prática comum nas escolas estaduais não ter água na sala dos professores. Imagine o que é dar cinco aulas por turno e não ter um pingo d'água para beber.Nos turnos da manhã e da tarde, ainda existem intervalo de 20 minutos, onde o professor pode comprar uma garrafa de água mineral. Mas, em se tratando do turno noturno, a coisa se complica pois não há intervalo e o professor passa as cinco aulas direto em sala de aula, com a garganta seca e sem ter onde aliviar a sede.
Gostaria de saber de onde partiu a ideia de cobrar mensalmente do professor 3,00 para que ele possa encontrar o precioso líquido na sala dos professores. A condição mínima para que possamos realizar nosso trabalho é termos água para beber. Será que em todas as outras secretarias a prática também é essa, de deixar os funcionários sem água para beber ao menos que paguem 3,00?
Professor também tem sede de muitas outras coisas que nos são negadas.Mas, não ter água para beber na sala dos professores é falta de respeito, descaso com a categoria. Enquanto isso na sala da diretoria será que falta água lá também?
(Matéria publicada no Diário de Pernambuco (Cartas) pelo profº José Paulo de Vasconcelos)

EDUCAÇÃO RESPONDE - em atenção ao questionamento do Sr. Paulo Vasconcelos, a Secretaria de Educação informa que todas as escolas da rede recebem recursos da secretaria para comprarem, entre outras coisas, material de expediente e água para estudantes e profissionais. Se há qualquer tipo de cobrança de taxa para esse fim, recomendamos questionar a gestão da escola ou até mesmo a Gerência Regional de Educação (GRE) na qual a escola está jurisdicionada para que sejam esclarecidos os fatos. Assessoria de Comunicação- Secretaria de Educação.

2 comentários:

  1. Gostaria de apresentar meus parabéns ao Prof. Paulo Vasconcelos por sua carta cujo conteúdo interessa aos milhares de professores da rede pública estadual. Faz quatro anos que trabalho no estado e sempre sofri a cobrança de taxa para água. É preciso a SEE fazer auditorias nas suas unidades escolares porque este abuso é prática constante por parte dos gestores.

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  2. É verdade Andrea, pecisamos fazer circular essa informação dada pela SEE, além disso já vi em várias escolas colocarem no quadro de aviso da sala dos professores os nomes dos que contribuem e os de quem não coopera com a cota.
    E o pior é que, muitos colegas assistem a tudo sem posicionarem-se. Precisamos destituir esse 'vício'.

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