A unificação dos vestibulares das universidades federais foi uma medida drástica que poda o direito de muitos jovens de ter acesso as vagas de diversos cursos, principalmente os de histórica concorrência: medicina e demais cursos da área de saúde, direito, tecnologias da informação, entre outros. O aluno já a partir deste ano concorrerá não somente com seus colegas de estado e região, mas com pessoas do País inteiro.
A vida dos jovens das classes menos favorecidas vai ficar mais difícil. Sem condições financeiras de pleitear uma vaga em universidade pública fora de sua cidade, correrá o risco de adiar seu sonho por vários anos, ou até desistir de cursos cuja concorrência seja alta.
Tal mudança privilegiou a quem afinal? A meu ver a um pequeno grupo pertencente à elite que dispõe de condições financeiras para o deslocamento e a manutenção do filho fora de casa por todo o tempo da graduação.
Como uma mudança deste porte é posta em prática pelo MEC sem discussão com a população? Talvez por que a maioria da população não aceitasse tal modificação. Daí o não interesse em ouvi-la.
A questão das cotas para alunos de escolas públicas nas universidades federais até hoje é discutida, uns querem outros não. Quando é para benefício de desfavorecidos o Congresso discute por anos. Mas quando é do interesse das elites as mudanças ocorrem rápido, e num piscar de olhos já estão implantadas.
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