sábado, 17 de março de 2012
PARALISAÇÃO NACIONAL da EDUCAÇÃO(14/03)
No primeiro dia da Paralisação Nacional da Educação (14 de março), às 9h, o SINTEPE (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco) juntamente com a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) promoveu debate sobre a questão da Educação com foco para a problemática do Piso Salarial Nacional.
Dr. Henrique Mariano, presidente da OAB-PE em sua fala ressaltou a legalidade do movimento e comentou das dificuldades que são postas pelos governos quando se trata de investimentos a serem aplicados na educação, enquanto as verbas destinadas para as obras da Copa de 2014 por exemplo, não enfrentam problema algum e chegam com facilidade nos locais aos quais se destinam.
Dr. Inácio Feitosa, advogado da OAB presente ao debate discursou sobre a corrupção no país, e o princípio da dignidade humana. Lembrou do atendimento às necessidades básicas como alimentar-se, vestir-se, direito ao lazer, entre outros coisas que, uma vez não atendidas por conta das baixas remunerações salariais geram doenças, interferem de forma negativa na vida do trabalhador.
Heleno Araújo, presidente do SINTEPE, enfatizou a falta de concurso público para professores da rede, e a não convocação dos aprovados no último concurso, disse que professores aprovados e não chamados acabam ocupando suas próprias vagas através de contratos temporários, citou também que, há escolas que ainda faltam professores de diversas disciplinas, apesar de dois meses do início das aulas estas, ainda não completaram o quadro de pessoal, e os alunos estão sem aulas. Porém, numa paralisação a primeira providência do governo é apontar através da mídia o ‘prejuízo’ que os professores causam ao aluno devido a não garantia dos 200 dias letivos, ou seja, apresenta uma visão simplificada, uma avaliação quantitativa da questão.
Após a fala dos presentes à mesa, no espaço aberto para o debate, o que se ouviu foram as queixas comuns nos encontros da educação: As doenças que afetam os trabalhadores, o número excessivo de alunos em sala de aula, fechamento de turmas do Ensino Fundamental, intensificação do política de municipalização, invasão de parceiros privados nas escolas da rede, escolas com problemas na infra-estrutura, bibliotecas, laboratórios de informática e de ciências fechados ou, funcionando precariamente, o modelo excludente das escolas de Referências, etc.
O professor Mariano Macedo, criticou a mobilização de prefeitos e governadores que em vez de unirem-se em defesa da educação pública, articulam-se de forma inescrupulosa para rebaixar ainda mais o índice de reajuste do Piso dos Professores. Ressaltou a importância da continuidade da luta como mecanismo de garantir o reajuste pela variação custo-aluno e não pelo INPC que reduzirá e muito o valor do Piso (R$ 1.451,00) que representa tão pouco e encontra-se defasado uma vez que, não foi aplicado o reajuste em 2009.
No período da tarde, ainda no dia 14, os Trabalhadores em Educação, lideranças partidárias e/ou sindicais, de movimentos estudantis entre outros, concentrados na Assembleia Legislativa de Pernambuco partem em passeata pelo centro de Recife. No trecho da rua da Aurora com a ponte Princesa Izabel, a passeata encontra-se casualmente com a marcha do Movimento dos Atingidos por Barragens. Entre gritos, músicas, cartazes e faixas, o MAB denuncia a pedra de terras, de espaço para morar e produzir. Denunciam o empobrecimento da população que ao migrar para as periferias das cidades enfrenta o desemprego ou subemprego. Além disso, a construção de barragens tem provocado danos irreparáveis ao meio ambiente. É o avanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em detrimento da qualidade de vida do trabalhador.
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