ACESSIBILIDADE

Certas expressões assim como tantas outras coisas, também passam por momentos de puro modismo. A palavra ‘’acessibilidade’’ é uma delas. A mídia fala sobre o assunto e apresenta-nos projetos mirabolantes capazes de desobstruir o problemático trânsito recifense, além de rampas, passarelas, calçadas e outras vias que garantirão a total mobilidade aos pedestres. Nas escolas da rede estadual, a Secretaria de Educação de Pernambuco disponibiliza tablets, e propagandeia a facilidade de acesso e inclusão para todos ao mundo digital. A palavra acessibilidade é compatível com o mundo globalizado numa 'aldeia global' todos serão contemplados. Mas, o dia-a-dia encarrega-se de mostrar a realidade do fatos. O trânsito da capital pernambucana continua caótico, violento e provocando estresses e muita irritação aos que dele não podem fugir. Nas unidades de ensino, computadores chegam apenas para alunos do Ensino Médio atendendo ao falso Pacto Pela Educação. Nas GREs (metropolitana norte e na sul) por exemplo, pessoas cadeirantes ou que fazem uso de muletas são impedidas de subir aos pavimentos superiores dessas gerências porque não há rampas. Nas escolas, alunos com dificuldades de locomoção são carregados por colegas para poder chegar à sala de aula quando esta não localiza-se no térreo do prédio. Dificuldade semelhante é encontrada aos que visitam o Museu do Estado de Pernambuco (MEPE). Pergunta-se: Onde fica mesmo a tal acessibilidade?

Foto: GRE Metropolitana Sul (Cid.Universitária)