No Brasil, o pagamento de um piso salarial de apenas 2,3 salários mínimos já é motivo de comemoração. A razão mais óbvia para esta situação é a pouca atenção dada ao ensino no País, que historicamente negligencia a educação como fator de desenvolvimento econômico e social. O resultado não poderia ser outro: o Brasil amarga índices internacionais vergonhosos em relação aos medidores dos níveis educacionais e vê seu futuro comprometido pelos limites impostos pela falta de expectativas de um desenvolvimento sustentável.
Recentemente foi noticiado pelo The New York Times que o Brasil já sofre um grave problema com a falta de mão-de-obra qualificada para os serviços de ponta num cenário produtivo moderno. Por que? A reportagem no jornal mais influente do mundo responde indo diretamente ao assunto: falta investimento em educação!
E enquanto as ações tomadas pelo Poder Público fingem atacar os problemas estruturais, a crise vai sendo apenas "administrada" e a situação não muda. Líderes do Governo Federal até chegam a sugerir que ainda não é hora para investir capital público no setor, enquanto o exemplo é seguido por governos estaduais e municipais. Muita retórica, muitos planos furados e muitas palavras vazias não resolvem a crise.
Para que o Brasil ou que qualquer uma de suas unidades federativas conheçam um desenvolvimento sólido e verdadeiro, precisam investir fortemente em educação. E não adianta evasivas retóricas ou discursos ilusórios, o negócio é provar o compromisso com ações evidentes.
Enquanto fala-se muito e realiza-se pouco na educação brasileira, vale conferir o contraste: enquanto o Brasil afugenta até os profissionais do setor, pois a carreira docente é tão desvalorizada que não desperta o interesse de futuros profissionais, na Coréia do Sul a boa qualidade da educação e o alto grau de investimento no setor já são aspectos que caracterizam o país.
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