Os servidores do Judiciário estão mantendo sua greve, lutando pela garantia de seus direitos por melhores condições salariais. As causas dos servidores merecem nosso apoio, porém a postura do Poder Judiciário merece nossa suspeita.
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Quando estávamos em greve, o Judiciário decretou e depois reiterou a decisão de que nossa greve era ilegal. A alegação era a mais superficial possível: servidores públicos não possuem a devida regulamentação do direito de greve - embora greves no serviço público não sejam novidade! Mantivemos a greve apesar da decisão judicial, cuja sentença nos colocava na condição de "foras-da-lei" que estavam descumprindo uma ordem legal.
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Como o mundo dá voltas e as contradições institucionais existem, o Judiciário está sendo abalado por um justo movimento grevista de seus servidores. A greve não foi declarada ilegal, pois alguns de nossos magistrados não possuem a disposição de partir em perseguição aos servidores do próprio Judiciário, embora indiquem ter certa tendência a demonstrar todo seu poder decisório ao reprimir servidores públicos de outro âmbito, como decretando a ilegalidade da greve dos professores ou acionando os médicos que resolveram também realizar uma manifestação contra o governo estadual.
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Aos servidores do Judiciário prestamos nossa solidariedade e expressamos nosso apoio, ressaltando que é necessário que a categoria parta para o enfrentamento político e institucional em busca da garantia de suas reivindicações.
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