sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Informatizando o discurso



Informação divulgada no site da Secretaria de Educação:
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"Até o final do ano, 562 laboratórios de informática estarão sendo implantados nas escolas da rede pública estadual e 400 estarão ligados à internet de alta velocidade. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (13) pelo governador Eduardo Campos e pelo secretário de Educação, Danilo Cabral, em visita à escola Engenheiro Lauro Diniz, no bairro do Ipsep. A meta do Governo é que até o final do 2008, todas as 1105 escolas tenham laboratórios e internet com conexão em banda larga.
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Cada laboratório conta com, no mínimo, oito computadores. Só para a aquisição das máquinas a secretaria está investindo R$ 13 milhões e para o acesso à banda larga, são mais R$ 3,5 milhões. “Estamos empenhados em fortalecer a aprendizagem dos nossos jovens e em melhorar os índices educacionais do Estado. Não queremos mais as piores médias do IDEB”, disse o governador se referindo ao resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), que colocou Pernambuco em último lugar com médias 3,1 para o ensino fundamental de 1ª a 4ª série; 2,4 para 5ª a 8ª série; e 2,7 para o ensino médio."

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É evidente que os investimentos em informatização são fundamentais, porém cabe ressaltar umas questões básicas.
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Primeiramente, laboratórios mínimos são insuficientes para atender aos usuários, pois a proporção elevada de alunos por computadores não assegura nenhum acesso dos estudantes ao computadores. Há exemplos de escolas que possuem mais de 1.400 alunos que dispõem de apenas 10 computadores, representando uma média de 140 alunos por equipamento. Como, considerando tal proporção, o conjunto dos estudantes conseguirá ser plenamente atendido pelos computadores? Ele terão acesso à informática na escola apenas um dia por ano?
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Em segundo lugar, cabe ainda considerar a necessidade de um plano de aperfeiçoamento dos professores para lidar com os objetivos da informática aplicada às utilidades da tecnologia no ambiente escolar. O funcionamento dos laboratórios deve estar associado a um projeto que considere a interação da tecnologia à aprendizagem e distribuir meia dúzia de computadores para as escolas não consiste em modernizar a educação quando não há um planejamento efetivo sobre o emprego da informática e de seus objetivos educacionais.
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Por fim, para o pleno funcionamento dos parcos laboratórios há a necessidade de carga-horária disponível de professores que monitorem e acompanhem o desenvolvimento das atividades dos alunos diante dos computadores. Onde está esta carga-horária? Onde estão estes profissionais?
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Informatizar escolas é algo muito maior do que a mera montagem de laboratórios pequenos. Isto é interessante para alardear o feito, pois os números podem ser utilizados para enfeitar qualquer quadro estatístico. Mas informatização não é só isso!

4 comentários:

  1. Projeto de faz de conta. A forma como foi anunciado já denuncia isso. Pensar em oferecer acesso a informática, internet aos nossos alunos da forma como foi anunciada com míseros dez computadores para cada unidade escolar, que atende em sua grande maioria a mais de mil alunos cada, só pode ser entendida como piada de muito mau gosto. E ainda propagar que isso tem como meta melhorar os índices do desempenho vergonhoso do Estado é ainda pior. Se depender dessa atual política educacional do "faz de conta que estamos fazendo alguma coisa" Pernambuco jamais irá sair da última colocação do IDEB.

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  2. Algumas escolas já eceberam computadores porém, muito diferente daquelas "escolas lindinhas" que aparecerem na propaganda da TV.Um computador por aluno,tudo arrumadinho...organizado...
    Tem computador em depósito de escola,falta infra-estrutura.E ficarão lá (no depósito) até quando Deus quiser (não é assim que se diz?)

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  3. Dia D da EDUCAÇÃO, projetos Um Salto para o Precipício, Avançar, Se liga, ACELERA etc etc etc etc TRAVESSIA a história se repete e a categoria não é sequer ouvida, quanto mais decidir seu próprio rumo, ao contrário somos sempre taxados de incompetentes (haja vista tanta CAPACITAÇÃO)as outras categorias têm ENCONTROS; OU SEJA, O ETERNO COMPLEXO DA INCOMPETÊNCIA. Os "iluminados" das universidades que não têm vivência cotidiana da nossa realidade decidem por nós. Taí o resultado da EDUCAÇÃO BRASILEIRA. Se tudo é um faz de conta, para que licenciaturas, informatização etc etc?

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  4. Dinheiro público jogado no lixo.

    No mais, ainda há uma corja de imbecis achando, ou pelo menos propagando, que computadores vão resolver os gravíssimos problemas da educação básica pública do país... grande sofisma.

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