Em matéria editada no Jornal do Commercio no dia 7/9/2007 (Opinião,p.8) a Secretária de Educação do Estado (PE) faz alguns esclarecimentos sobre o Programa Travessia. Porém a SEDUC "esqueceu" de fazer referência à parceria feita com a Rede Globo e o (montante) capital que envolve o tal projeto, pois sabemos bem que isto é apenas mais uma tentativa em disfarçar as estatísticas da educação. Não se corrige distorções idade-série com projetos mirabolantes empurrados de cima para baixo de forma superficial, a educação precisa ser pensada com seriedade a partir das séries iniciais e os problemas relativos à mesma necessitam ser diagnosticados por quem realmente entende de educação. Projetos de "gabinete" jamais produzirão bons frutos, uma vez que a clientela envolvida no processo educacional não é consultada.
Não creio que TV, rádio, DVD e professor "polivalente" (UM, para administrar diversas disciplinas) sejam suficientes para assegurar à aprendizagem. Já conhecemos esta fórmula e sabemos bem como ela funciona, garante-se aprovação mas não aprendizagem.
Quanto ao desestímulo do aluno citado na matéria, seria interessante ressaltar que os professores também sentem-se desestimulados, fatigados com a sobrecarga de trabalho, obrigados a conviver muitas vezes em ambientes (escolas) desprovidos de uma estrutura mínima de funcionamento, sem falar nos baixos salários (vergonhosos até de serem comentados).
Ter compromisso com a educação não é apenas reconstruir escolas deterioradas, nem bancar projetos tipo Travessia. Que de travessia não tem nada. Travessia para lugar nenhum. Que perspectivas terão esses jovens mediante um mercado de trabalho globaliazado e extremamente exigente? Quais universidades os acolherão?
Ficam as peguntas.
O governo joga dinheiro público no lixo, estraga a vida de milhares de jovens e depois ainda sai fazendo propaganda dando uma de bom moço.
ResponderExcluirEnquanto isso a classe dos professores nada faz e ainda há alguns que são coniventes com tal bárbarie.
Precisamos fazer o abaixo-assinado funcionar!
o projeto é a cara dos tempos neoliberais
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