Para Sintepe, Eduardo Campos é inimigo da educação
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Depois de uma manhã de debates em assembleia, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) concordou em definir o Governador do Estado de Pernambuco, Eduardo Campos, como "inimigo da educação". No encontro foi decidida também paralisação na próxima quarta-feira (24), quando haverá nova assembleia e panfletagem.
"Isso é fruto do desgaste que a categoria está sofrendo no local de trabalho pelos diretores. No macro discordamos da forma que o governo está agindo pagando abaixo do piso. É o pior salário do país", afirmou Heleno Araújo, Presidente do Sintepe.
Araújo destacou ainda como crítica, a ausência do secretário de Educação nas negociações."Desde o final do ano passado, a área da educação negocia com o secretário da Administração. A presença do secretário de Educação é importante nas negociações".
A contraproposta redigida pelos membros participantes da categoria não aceita a redução dos percentuais da grade de vencimentos. Para o Sintepe, o governo, em sua proposta, desestruturava o plano de cargos e carreira dos educadores reduzindo o benefício conhecido como "pó de giz". Cairiam também as bonificações por qualificação.
"Só foi aprovado aumento para cargos administrativos, aliados ao governo", disse o Sintepe. O ofício será entregue à secretaria assim que o governo propuser continuar o debate.
A frase em destaque chama a atenção para algo que todos sabem, mas pouco comentam. Foi boa a referência feita pelo próprio sindicato sobre o fato de que o largo campo dos "trabalhadores em educação" abriga de tudo, inclusive aqueles que servem para pressionar, punir e prejudicar quem lida com as dificuldades diárias do árduo trabalho em salas de aula quentes e lotadas. São pressoas que, embora representadas pelo SINTEPE, agem contra os professores sempre que podem.
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Os capatazes do governo serão beneficiados enquanto os professores serão prejudicados. Esta lógica premia exatamente o lado que recebe as considerações por parte da administração estadual.
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Os "trabalhadores em educação" constituem uma generalização que pode ser perigosa. Os servidores lotados nas GREs, nas instâncias da Secretaria de Educação e os fiscais de professores fazem greves? Seus pontos são cortados? Costumam receber alguma punição? Por outro lado, quando algum benefício é conquistado através do esforço dos professores, estes servidores acabam sendo contemplados. E todos são também representados pelo mesmo sindicato que representa os professores, pois o SINTEPE é caracterizado pela abrangência. É verdade que muitos administrativos (principalmente aqueles lotados nas secretarias das escolas) vivem com remunerações precárias - embora, em geral, também não façam greves e não se arrisquem como os professores. Mas a questão é: esta abrangência tem sido eficiente em nosso caso?
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Mais uma polêmica que precisa ser considerada.
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Infelizmente, carregamos nas costas todos os opressores e os eternos fura greves. Quando foi aprovado em assembléia a criação do SINTEPE, o propósito era unificar para fortalecer a luta. Transcorridos tantos anos temos o que está posto: uma (MMMMMMMMMMMMM.....!)Temos que criar uma representação só com professores. Não pódemos eternamente carregar esse pessoal.
ResponderExcluirArlene
A idéia utilizada pelo governo é a da guerrilha. Dividir para enfraquecer. Desmobilizar por partes: diretores, pedagógicos, administrativos e professores das escolas de referência com salários diferentes dos nossos. Nesta proposta rejeitada iguala antigos a novos. Assim vai dividindo e enfraquecendo. Somado a falta de unidade e brio da categoria(professor) quando o governo abre inscrições aparecem centenas para nos substituir (vejam exemplos dos médicos). Postei em outro setor do blog materia sobre possíveis ações. Vamos discutir.
ResponderExcluirSe quem leva na cara são os professores, então por que agregar tanta gente que não é professor no sindicato? nada mais justo do que uma representação sindical para professores apenas. Quem sabe esta não é nossa saída para uma nova associação?
ResponderExcluirConcordo, desde que a direção não esteja envolvida com partido político algum...e se por acaso estiver, deverá desfiliar-se para continuar à frente, pois infelizmente os interesses políticos passam a ser prioridade e a categoria vira apenas um trampolim ou uma maneira de sustentar a carreira política, como é o atual SINTEPE, capacho de Dudu.
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