Decepcionando o público que lotou o auditório do Sintepe na tarde de ontem (19/março) o secretário de educação Anderson Gomes saiu sem responder aos diversos questionamentos feitos pela categoria. Alegando compromisso inadiável, encerrou o encontro(não houve debate)limitando-se a fazer anotações de tudo que foi citado na fala cada inscrito. Inicialmente abrindo o 'debate' o secretário fez algumas considerações sobre pontos levantados no encontro passado. Justificou a política de fechamento de turmas, alegando pouca demanda em algumas escolas o que ocasiona a junção de turmas, divulgou por meio de ofício que, chegará às escolas orientações sobre a volta do horário da tarde para às 13:30' e, as práticas de Educação Física em horário diferente do que o aluno está matriculado. Quanto ao Piso Salarial que é a inquietação de todos, restringiu-se a dizer que, a "lei está aí, não há o que discutir e, o governo pagará o retroativo".
Retroativo a partir de quando uma vez que, o governo deixou de reajustar o Piso em janeiro de 2009, 2010 e 2011 como manda a lei?
Nas falas dos presentes, muitas queixas quanto às gestões autoritárias sendo citadas como exemplo as direções das escolas Mac Dowell/Camaragibe e da Artur Mendonça/Moreno que, impostas por força da Gre Metrosul, infernizam a vida dos professores e agem de forma ditatorial, sem escutar o professorado, tudo que dizem é para seguir o que manda a GRE, por essa postura, estão sendo chamadas pelos professores de GRERETORAS.
Em sua fala a professora Arlene Gomes (nenhum parentesco com o secretário)colocou com muita propriedade a extrema burocratização que acompanha o pedido de aposentadoria do servidor da educação, cobrou uma política educacional que valorize, amplie e estimule o ensino do supletivo na rede e, pediu esclarecimentos quantos aos custos do projeto Travessia incluindo as gastanças com as capacitações em hotéis luxuosos. Queixou-se das baixas remunerações e das inadequadas condições de trabalho, além da falta de atenção do governo no atendimento às reivindicações da categoria. Finalizando arrancou aplausos da plateia quando afirmou que "gosta muito do que faz, só não gosta do que ganha". Aproveitei o momento para pedir eleições diretas para gestores com critérios definidos pelos trabalhadores(as) junto ao Sintepe. Solicitei explicações para o fechamento de turmas do fundamental onde a demanda de alunos é imensa a exemplo da Escola Santa Sofia/Camaragibe que vem fechando às portas à esse público de forma arbitrária e, cobrei definições sobre os burocráticos diários de classe, precisamos definir urgentemente o que consideramos básico, ou melhor o que realmente faz sentido e deveremos preencher.
Valéria (Sintepe) também fez observação importante quanto aos critérios para eleições para direções de escolas, citou que o modelo atual não satisfaz, o voto do professor não vale nada, quem define a eleição são os votos dos alunos por serem maioria portanto, são deles que as direções aproximam-se em campanhas eleitorais. Boa observação, aliás o critério da proporcionalidade deveria valer também para as eleições sindicais, uma vez que, chapa concorrente com mais de 40% dos votos válidos deixam de ter representação no sindicato. Sem mais, o encontrou foi um fiasco numa tarde acinzentada à espera de chuvas.
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