A base de muita festa e em 'pleno exercício da democracia' o SINTEPE conseguiu aprovar na íntegra sua resolução (nº1) apresentada no VIII Congresso de Educação realizado em Cabo de Santo Agostinho(litoral-PE). Na verdade tudo estava demarcado, mesmo antes das resoluções serem apresentadas, já tínhamos idéia qual seria o resultado, uma vez que receberam camisetas vermelhas apenas os delegado que iriam votar nas propostas do sindicato. Fato este que, rendeu crítico e engraçado comentário do professor Geraldo Luiz que, em uma de suas intervenções referiu-se à plenária como um espaço democrático e multicolorido quando, na verdade predominava a cor vermelho. De acordo com alterações estatutárias propostas pelo sindicato e aprovadas, os critérios para eleição dos delegados implicam na redução da participação da categoria nos próximos congressos uma vez que, será necessário 50 sócios por escola para eleger-se 1 delegado ( antes a proporção era 10 para 1). A escola que tiver menos que 50 sócios, os delegados serão escolhidos em plenárias pré-congressuais. Um golpe para nossa categoria, todos sabem o quanto é difícil eleger delegados no locais de trabalho, imagem numa plenária. Fica claro que irão prevalescer os interesses do SINTEPE. Explicando melhor, questionadores, opositores às ideologias do Sintepe, certamente ficarão fora do processo, pois é comum nessas situações surgirem caravanas e caravanas para respaldarem através do voto os desejos do sindicato. Uma contradição, num Congresso onde o que mais ouviu-se foram as expressões, democracia, luta, garantias de direitos e valorização profissional, aprova-se entre outras coisas, a redução do número de trabalhadores(as) na participação da luta.
Aprovou-se também a Pauta de Reivindicação da Campanha Salarial Educacional 2011, distribuída em três eixos: I.Valorização Profissional(Formação/Salário Base/Benefícios), II.Condições Adequadas de Trabalho(Pessoal/Pedagógicas/Equipamentos e Infra-Estrutura) III. Gestão Democrática. Pontos importantes foram sancionados na pauta, a questão agora é, a implementação ou não das reivindicações levantados. Devido aos acréscimos, correções e algumas supressões realizadas, apresentaremos (nesse blog) a pauta após correção da redação feita pelo Sintepe.
Abraço cordial à todas(os).
A questão é muito simples: o que adianta a filiação ao SINTEPE?
ResponderExcluirEu, de minha parte, quero distância deste troço que dizem ser nosso sindicato!
E mais: me retiro da sala de professores nas raras ocasiões em que alguém aparece na escola para pregar algum cartaz (atividade que parece ser agora a principal do SINTEPE, pois não existem mais assembleias).
Esqueci de dizer: pedimos assembleia para abril mas, o plenário multicolorido, não aprovou.
ResponderExcluirO comentário da querida Albênia sobre o congresso reflete uma realidade que já era esperada.
ResponderExcluirCom um governo forte,com a estrutura sindical na mão e com uma oposição inexistente a direção do SINTEPE tem campo aberto para realizar suas políticas de conciliação de classe.
Vi a foto de colegas que realmente foram ao congresso disposta a lutar e discutir(Albênia,Lourdes e Simone) mas é bom dizer que há muito congresso do SINTEPE virou para muitos professores um local de lazer e recreação,com piscina,alimetação e música...
A saída???
paciência e trabalho de base.
O Sintepe amargou uma experiência ímpar nesta segunda, dia 04/04/2011, na Assembleia de Fundação do Sinprofe-PE. Bateu o desespero, não foi, "sintepeanos"? Relaxa! Ainda tem mais.rs
ResponderExcluirDireto do Plenário: STF considera constitucional piso nacional para professores da rede pública
ResponderExcluirOs ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) declararam a constitucionalidade da Lei 11.738/2008, no ponto em que regulamenta o piso nacional - vencimento básico - para os professores da educação básica da rede pública. Na sequência, a sessão foi suspensa para definir a constitucionalidade do dispositivo sobre a distribuição da carga horária.
A decisão foi tomada na tarde desta quarta-feira (6), no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4167, ajuizada na Corte pelos governos dos estados do Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Ceará.
Será que o "Socialista" vai cumprir a Lei. Não deixa de ser um avanço!
O que é isso, Companheiro(a)?!
ResponderExcluirO início de 2011 dava sinais de um ano de novas conquistas, não por haver alguma garantia explícita disso, muito mais pela longa espera por um piso digno, pelos grandes investimentos anunciados para o Estado de Pernambuco, pela conjuntura socioeconômica favorável. Não foi o que vimos! Este ano não tem precedentes na história desta categoria. Nunca se viveu um período de tantas incertezas e cassação de direitos. Até agora, não se tem notícia de ano letivo que iniciasse com exclusão de professores das escolas. Muitos já estavam há anos localizados. As férias são um capítulo à parte, pelo inusitado da perturbação de se ter de sair às unidades ou às Gres, à procura de solução para um problema exclusivamente deste governo. A falta de políticas educacionais sérias, que resolvessem as questões pendentes deste governo ‘socialista’ e de seus antecessores, como, quadras poliesportivas cobertas, laboratório de exatas, bibliotecas com atendimento diário(nos três turnos), merenda de qualidade, segurança, adequação das áreas livres no entorno das unidades, climatização das salas(o calor está insuportável!), atualização dos repasses às escolas(estão congelados desde o governo Arraes), entre outras, responde diretamente pela evasão escolar. Mas, no final, os professores são penalizados, sem direito à defesa, ou, no mínimo, a opinar num grande fórum ou assembleia. É ESTRANHO o SILÊNCIO do Sintepe e da deputada classista diante de fato gravíssimo. Enquanto isso, o governo sadossocialista de Eduardo Campos contrata administradores forasteiros para empanturrar as escolas de relatórios estéreis, avaliza o comando repressor de Margareth Zapponi na SEE, paga a peso de ouro a Fundação Ayrton Senna e ao IFC(GIDE) para oprimir gestores e docentes com suas estatísticas intermináveis, encomenda diários e livros-de-ponto detalhistas às gráficas para sustentar os lobbies do setor, coloca cronômetro em sala de aula, pior ainda(!), mantém portarias do governo JARBAS, como a do “gozo interrompido” da licença-prêmio(do ex-secretário Maurício Romão); a Lei 12.944, de 16 de dezembro de 2005(esta é de Mendonça Filho) que gerou perdas para salários de secretários e adjuntos; licita gêneros de terceira para a merenda, cassou por duas vezes a gestão democrática; num disfarce ridículo colocou professor de educação física em sala de aula regular, para neutralizar o debate emergente das quadras cobertas(o dinheiro para isso já “saiu do orçamento” várias vezes), promove o “apartheid” na Rede com escolas de tempo integral e nas escolas semi-integrais, quando numa sala estão profissionais da mesma categoria com política salarial diferenciada ou estudantes com tratamento ‘desigualitário’ para a merenda, em afronta, neste caso, à Lei 8.069/90(ECA). E o sindicato genérico continua em silêncio. Por essas e outras, resolvemos construir nosso caminho. Boa-sorte para os que ficarem lá. A partir de agora, a pauta é nossa, companheiro(a)s! Sabemos dos desafios; porém, coragem e ousadia não nos faltam. É como sentenciou Paulo Freire: “Ai de nós, educadores, se deixarmos de sonhar...”
Sejam Bem-Vindo(a)s!
Laércio Gomes(Presidente da Comissão Pró-Sinprofe-PE)
Paulista, 04 de abril de 2011.