Em reunião com o governo agendada para hoje(30 /07) às 9h e a comissão de negociação, discutiu-se o pagamento dos dias parados e a anulação de outras punições (suspensão dos contratos temporários, demissão de um funcionário que aderiu a paralisação e era lotado em Centro de Referência, etc.).
Em relação a questão financeira da pauta de reivindicação, Paulo Câmara que responde pela Secretaria de Administração e agora também, pela Secretaria de Educação reafirmou o posicionamento do governo em só discutir esse ponto após a conclusão do balanço financeiro das contas públicas e as ocorrências verificadas no 2º quadrimestre desse ano.
Retomado o calendário de atividades, os assuntos pedagógicas da pauta ficarão para agosto, dia 5 às 9 horas na Sec.de Adminitração, serão discutidos pontos que tratam da perda da gratificação dos profissionais dos Centros de Referências quando no gozo de licenças, cláusula sexta e, a décima primeira que, visa assegurar o direito garantido por lei da concessão e gozo de lecença prêmio, no período solicitado.
Em 12 de agosto acontecerá nova reunião com a comissão e, os assuntos abordadas na ocasião serão o programa Professor Conectado (sem internet), a reformulação do Plano de Cargos e Carreiras, a convocação dos concursados, a redução do número de alunos por turmas, as eleições diretas para direções de escolas entre outros.
Sobre os assuntos discutidos na reunião da manhã, o secretário de adminitração disse ter encontro marcado com o governador às 15 horas de hoje, que levaria as questões ao conhecimento do mesmo e daria resposta ao Sindicato (SINTEPE) ainda hoje.
Pela indisposição do governo em discutir agora a questão financeira da pauta, deixando este exercício apenas para o segundo quadrimetre, é bem provável que este ano de 2009 a nossa categoria não veja em seus contra cheques reajuste salarial algum, o governo vai ganhar tempo, o final de ano será marcado por enfadonhas reuniões que se arrastarão até 2010, ano das eleições para governo do Estado.
O secretário de educação Danilo Cabral estava presente à reunião porém, pouco expressivo, limitou-se a fazer acrescimos à fala de Paulo Câmara. Aproveitei a ocasião para quetioná-lo sobre do uso dos cronômetros em sala de aula, da "qualidade" da aula que estava sendo ministrada pelos professores substitutos, e das baixissímas remunerações pagas aos trabalhadores em educação, inclusive mostrei-lhe meu contra cheque com valor R$ 546,69 no qual subtraindo-se o percentual pago pela especialização, recebo 1 salário mínimo.
Para o problema do cronômetro, o secretário disse estar aberto para conversar com o sindicato em outra ocasião, quanto aos salários e a discutida qualidade da aula dada pelos professores substitutos, este, apenas acenou com a cabeça...ASSEMBLEIA SINTEPE
SEGUNDA (03 de AGOSTO) às 9 horas na quadra do IEP
sexta-feira, 31 de julho de 2009
Comissão e governo
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Não ficou claro no texto o que foi decidido sobre õs cortes de ponto nem sobre o pagamento do bônus. Poderia esclarecer?
ResponderExcluirObrigado
Voltamos mais uma vez ao ponto inicial de todo o movimento, ou seja, o governo vai arrastar o quanto puder, não vai nos pagar, reajuste algum, então pergunto paramos por quê?
ResponderExcluirPontes, não houve acerto algum na reunião de hoje. Paulo Câmara (SAD)encarregou-se de levar as reivindicações quanto às punições para o encontro que teria à 15h, com o governador.
ResponderExcluirSoube agora "informalmente" que o governo vai manter sua posição e descontar os dias parados.
(albeniass@yahoo.com.br)
Forte abraço, a greve acabou a LUTA permanece...
Adriano, também interrogo-me até quando a categoria vai aguentar?
Nossa proposta apresentada ontem foi esperar a reunião de hoje e decidir segunda, mas, a assembleia é soberana e os companheiros (as) apostaram na decisão do Sindicato.
Grande abraço !
Em nota publicada na página do SINTEPE, diz-se que os "professores saíram da greve de cabeças erguidas", o que soa um tanto hilário, já que em 24 dias de greve não se conseguiu mais que um "misericordioso perdão" pelos transtornos causados pelos docentes grevistas à desenvolvida educação estadual.
ResponderExcluirObrigado, senhor governador. Lamentamos ter causado tanto incômodo (será que causamos mesmo?)já que o senhor há pouco nos presenteou com notebooks e 14° salários, assinatura de jornal da imprensa chapa branca e R$ 200,00 para investirmos integralmente em livros na bienal recifense. Desculpe-nos por tudo, afinal de contas, o nosso salário, conforme divulgado na imprensa sediada no palácio das princesas, não é lá tão mau assim e nós é que somos mesmo mal agradecidos. Prometemos repor todas as aulas em respeito à sua benevolência demonstrada no ato de gentilmente nos pagar pelos dias em que aguardamos ansiosamente por um pouco da sua expressa atenção.
Agora, de cabeça erguida e com a certeza de que nossos vencimentos são condizentes com a nossa autoestima, voltemos todos às salas de aula.
E não nos esqueçamos de cumprimentar com cortesia o nosso amigo gestor que preencheu nosso ponto enquanto estávamos ... é isso aí.
o governo já decidiu:::vai descontar os dias parados em 5 prestações (blog de jamildo)
ResponderExcluirEsta foi a 3ª greve que encarei desde que entrei na rede estadual. Nas 3 ocasiões eu entrei e sai das greves recebendo o PIOR SALÁRIO DO BRASIL. Cabeça erguida? Tá bom, é fácil para a direção do SINTEPE usar o velho falatório de quem não reconhece que perdeu e ficar por aí dizendo que não houve derrota.A direção do sindicato deveria ser realista e mais honesta nestas horas.
ResponderExcluirEstou a 16 anos na educação, e cada vez mais me convenço, que a lógica do poder é a hipocrisia e o uso da força.Entra governo e sai governo, alguns se auto-intitulam de esquerda, e o sofrimento dos esfarrapados aumentam.Parece uma contradição, mas me pergunto, é possível mudar a sociedade pelo viéis institucional ( democracia representativa)? ou mudaremos o mundo sem tomar o poder? Já que existe um lógica própria do poder. ( existe um livro com o seguinte título : COMO MUDAR O MUNDO SEM TOMAR O PODER- Recomendo a leitura. )
ResponderExcluirPaulo, assim como vc participei de tr~es greves desde que ingressei no estado. Como vc comentou sempre o resultado foi o mesmo: saimos sem ganhos algum e apenas com promessas nos bolsos até o momento não cumpridas.
ResponderExcluirEste deveria ser o que de pior aconteceu, todavia nesses anos observei que a participação efetiva dos docentes é mínima: atos com pouca particpação dos interessados, assembléias que decidiam o destino de toda a categoria com no máximo tr~es mil particpantes, muitas vezes menos que isso. Imagine isso em uma categoria, a maior do estado, com mais de vinte mil associados?O que representa?
A meu ver isso constitui uma séria demonstração de entrega dos pontos. Do não acreditar mais em nada. Isso é péssimo. Nossa maior luta de agora em diante é fazer com que a maioria volte a acreditar que teremos melhorias efetivas, que vale a pena lutar por melhorias e que nosso trabalho é importante e por isso deve ser valorizado como tal.
É preciso que a diretoria do sintepe passe a trabalhar a auto-estima de nosso sindicato. Estão desacreditados e essa arma se volta para todos. É preciso fazer com que os professores acreditem em sua representação, participem ativamente de tudo. Que todo o trabalho seja construído e discutido pela maioria que deve voltar a participar da vida sindical através das assembléias da categoria.