Levando em consideração a relação dialética do processo, assim como existe o direito de greve, existe também o direito de não fazê-la, afinal vivemos numa democracia, não é mesmo ? Conversando ontem com alguns colegas na Assembléia, ouvi relatos que comprovam justamente o contrário. Professores que não queriam aderir ao movimento (por "n" motivos - e não cabe aqui discuti-los se são coerentes ou não) foram impedidos de assinar o ponto pelos gestores, sob a argumentação de que sem aluno não tem aula, e sem aula não tem ponto! Noutra escola, a proposta do gestor foi "ou volta todo mundo ou não volta ninguém"! O ruim é que justamente esse pessoal que vai mandar a falta daqueles que optaram por não fazer a paralisação. O que é que está por trás desse joguinhho que alguns gestores estão fazendo ? Uma hora o governo garante a continuidade das aulas; mas nas escolas é a gestão que praticamente empurra para a greve. Afinal de quem é essa greve, dos professores ou para os gestores prejudicarem ainda mais os professores ?
Ass.: José Ricardo (historiador e professor)
Companheiro Ricardo, acho complicado a postura de um professor querer ir à escola para garantir aulas quando a maioria do aluno não comparece.
ResponderExcluirComo fica a situação dos outros alunos? O professor assina o ponto e faz o quê durante o expediente?
Assinar o ponto pra garantir o salário enquanto o restante da categoria está na luta, jutstamente por melhorias salariais e de condições trabalho, é um tanto contaditório.
Discordo da companheira Albênia. Assinar o ponto sem dar aulas não é contraditório, NÃO.Isso seria muito pouco pra esta postura DESONESTA E COVARDE.A nossa Regional é próxima a fronteira com o Estado de Alagoas.Lá, foi necessário muito tempo para a categoria perceber que só a UNIÃO poderia romper as ameaças e intimidações dos governos.Até, que passaram um ano em GREVE.Desde então, conquistaram um salário DIGNO e são RESPEITADOS em suas MOBILIZAÇÕES.Quem sabe um dia aprendamos isto também.
ResponderExcluir