quarta-feira, 24 de março de 2010

"Pernambuco na pressão:pré-sal pra educação"?

A participação do governador do estado, que já foi apontado em assembléia dos professores como inimigo nº 1 da educação em Pernambuco, em passeata organizada por "estudantes" que ocorreu ontem dia 23 na Boa Vista, foi no mínimo risível.
Ora, vimos que apesar dos enormes valores, oriundos do FUNDEB e do Banco Mundial, que chegaram ao nosso estado para investimentos na melhoria da educação não produziram mudanças no cotidiano dos alunos e professores de Pernambuco. Falta água, gás, merenda decente, ventiladores, estrutura de prédios, como ocorre em uma das escolas onde trabalho, o Zequinha Barreto, na gre metro-sul, onde, além desses problemas todos, há a fossa da escola que está quebrada faz semanas e os alunos e professores reclamam do mau cheiro, mas são obrigados a continuar com as aulas e este exemplo não constitui caso único, como bem sabem os professores do estado.
O pré-sal pode produzir milhões e enviá-los ao nosso estado, mas nada vai mudar em Pernambuco, que investe menos em educação do que boa parte das prefeituras.
Quem trabalha na educação pública de Pernambuco ri para não chorar e fica aguardando um milagre, pois só as forças divinas podem mudar uma cultura de desvalorização da educação entranhada na atual gestão de nosso estado.

10 comentários:

  1. Eduardo inventa próprio salário para beneficiar marajás


    Aos poucos acabamos descobrindo as coisas que acontecem no serviço público. Ontem falamos aqui do aumento nos vencimentos do Governador Eduardo Campos, de R$ 18 mil, para R$ 22 mil, e que isso iria beneficiar centenas de fazendários que tinham que devolver dinheiro em função dos supersalários.

    O Governo resolveu responder dizendo que na verdade isso não era aumento para Eduardo, e fiquei estranhando a resposta. Nada contra o Governador ganhar isso, já que um Desembargador ganha até mais, e Eduardo possui o cargo mais importante do Estado.

    E eis que hoje recebo a informação de que na verdade ele nunca recebeu R$ 18 mil, e muito menos iria ganhar R$ 22 mil. Ele ganha por volta de R$ 9 mil, e esse salário seria apenas para que os fazendários não devolvessem parte dos supersalários. O salário de R$ 18 mil e R$ 22 mil é só ficção para ajudar a tropa de elite do funcionalismo.

    Hoje no Estado de Pernambuco não existe um fazendário ou procurador que ganhe menos que o Governador, que optou por construir um salário fictício apenas para agradar a massa de explorados da Secretaria da Fazenda. No caso da Procuradoria Geral do Estado o absurdo é tão grande que existe um artigo na Constituição que garante o teto no mesmo patamar do Judiciário, dando respaldo jurídico a uma aberração lógica. Como se vê, para defender os próprios interesses, sempre se arruma uma solução legal.



    Fazendários a espera do supersalário

    Estamos pesquisando a questão legal da interpretação que o subsídio estipulado ficaria apenas para efeito de limite remuneratório, mas colocaremos aqui posteriormente. Mas independente disso, é algo absolutamente imoral procurar subterfúgios legais para proteger marajás.

    A mensagem que o Governo manda é que arrecadar impostos vale 22 vezes mais do que educar as crianças, ou 3 vezes mais que gerir toda uma secretaria, afinal, um professor pode ganhar 22 vezes menos, e um Secretário de Estado também pode ganhar 3 vezes menos.

    Como justificar aos professores que ganham o pior salário do Brasil que eles devem ficar esperando, e que a sua hora vai chegar?

    O que impressiona é que o Governo não tem coragem de fixar o salário de seu próprio Governador nos vencimentos corretos, e que ainda contribui para aumentar ainda mais a diferença salarial dentro do próprio Estado.

    Qual o lugar civilizado do mundo onde um funcionário ganha quase 3 vezes o que ganha o Chefe do Executivo? Nenhum.

    Com isso o Governo Eduardo está dando sua contribução efetiva para o aprofundamento da abdução do Estado por parte de certas carreiras.

    Lamentável.

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  2. Para mim, ele está usando esses alunos para fins eleitoreiros. Já está fazendo a campanha eleitoral de 2010 e fica dando uma de bonzinho, de popular, para aparecer bem na fita. Ditador hipócrita!

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  3. Deputados aprovam projeto de lei que reajusta salários dos professores


    Acaba de ser aprovado na Assembleia Legislativa o projeto de lei proposto pelo Governo do Estado que reajusta os salários dos trabalhadores em educação. Foram trinta votos a favor e oito contra. Em assembleia realizada no início da tarde desta quarta-feira (24), na quadra do antigo Instituto de Educação de Pernambuco (IEP), em Santo Amaro, área central do Recife, a categoria rejeitou por unanimidade a proposta. A proposta da Secretaria da Administração está dividida em duas etapas. A primeira, que vigora de janeiro a maio deste ano, estabelece em R$ 1.025 a remuneração para professor de nível médio com 40 horas semanais. A segunda etapa, de junho a dezembro, fixa o salário em R$ 1.045.
    Segundo a categoria, os três modelos apresentados pelo Governo nas duas últimas rodadas de negociação acarretam uma desestruturação do Plano de Cargos e Carreiras (PCC), além de incorporar os 60% da gratificação pelo exercício do magistério, conhecido como “Pó-de-giz”. A proposta gera um achatamento de classes, que resulta na diminuição dos salários dos trabalhadores com mais tempo de serviço e títulos de graduação.
    A direção do Sintepe diz que é cedo para falar em greve, mas Heleno Araújo, presidente do sindicato, garante: "Não vamos deixar o Governo em paz".

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  4. Um deputado hipócrita do PC do B foi um dos que votaram a favor da proposta do governo. Seria interessante colocar uma foto do deputado.

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  5. Outro deputado traíra foi Nelson Pereira também do PC do B a qual foi a favor do governo.

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  6. Assembleia aprova propostas do Executivo para funcionalismo estadual

    Seis projetos do Executivo relativos aos vencimentos, gratificações e planos de cargos e carreiras de várias categorias de servidores estaduais foram aprovados em primeira discussão, pela Assembleia, nesta quarta (24 de março). Antes da votação, as propostas motivaram debate intenso no Plenário da Casa. As matérias, segundo o líder da Oposição, deputado Augusto Coutinho, do Democratas, deixaram o funcionalismo bastante descontente, sobretudo os policiais militares. Pela manhã, os projetos foram questionados por deputados oposicionistas na Comissão de Justiça, onde receberam parecer favorável.

    Sobre a matéria relativa ao quadro de vencimentos da Secretaria de Educação, aprovada com 30 votos, Coutinho afirmou que há distorções graves. Ele apontou que um professor com doutorado vai ganhar menos que um docente de nível médio de uma escola integral. O parlamentar ainda enfatizou que há casos de servidores que vão ter reajuste de apenas um real.

    Na opinião de Pedro Eurico, do PSDB, o Governo dividiu as categorias. Maviael Cavalcanti, do Democratas, e Antônio Moraes, do PSDB, mostraram preocupação com os servidores com maior tempo de carreira e aposentados. Segundo os deputados, esses funcionários foram prejudicados, sobretudo os que estão no topo da carreira na Polícia Civil, como alertou Moraes. Jacilda Urquisa, do PMDB, apontou falta de diálogo entre o Executivo e o funcionalismo.

    Teresa Leitão, do PT, afirmou que o projeto dos servidores da educação não foi resultado de consenso. Na avaliação da parlamentar, que votou contra a matéria, o Plano de Cargos, da forma como foi aprovado, não vai servir de estímulo à categoria. Isabel Cristina, do PT, contrária à proposta, acredita que a matéria anula as conquistas obtidas pelos servidores do setor nos últimos anos. Luciano Moura, e Nelson Pereira, do PC do B, votaram a favor da medida, enfatizando a disposição do Governo para a negociação.(C.F.)


    Publicada em 24/03/2010

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  7. Acabo de chegar da frente da Assembléia Legislativa e não vi nenhuma surpresa no resultado.
    E não me vanham me convencer que este sindicato que ai está não tem parte nisso.
    Essa batalha perdida hoje é fruto da omissão desse sindicato, que tem sido político demais e de pouca ação.
    Em outros tempos a porta daquela Assembléia teria sido arrombada e os deputados sentiriam de perto a nossa pressão.

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  8. Fica difícil, quase inimaginável descobrir quem financiou os ônibus para estes estudantes preocupados com este pré-sal que vem dividindo a nação (leia-se os interessados no dinheiro) e que usados como massa de manobra mais uma vez parecem lutar por esta causa.
    Talvez tivesse sido interessante, já que os interessados alunos encontravam-se na capital, levá-los junto com a imprensa, para visitar a escola de nossa colega e tantas outras.
    O que seria mais improvável é que estes não conseguiriam adentrar as salas quentes (saunas na verdade) e tentariam se abrigar em bibliotecas abarrotadas de livros e fechadas por falta de bibliotecário, daí veriam as salas de computação no mesmo estado.
    Mas como isto tudo é sonho precisamos pensar como mostrar isto a comunidade de nossas cidades. Pensei em colocar um termômetro nas salas e fotografar quando este estiver próximo do insuportável divulgando seus valores em faixas ou outdoors.
    O dano que nos foi causado pelas ações fracas e “propositadamente” tênues de nosso sindicato não conseguiremos reverter tão cedo, mas os causadores esperam reeleição e aí é que nós entraremos. Vamos nos unir e pensar.
    Espero conhecer alguns dos seguidores deste blog na próxima reunião. A que aconteceu hoje foi produtiva.

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  9. Até que achei importante a defesa feita pela deputada Tereza Leitão, só não gostei quando ela disse várias vezes que mesmo sabendo que os professores iriam se prejudicar, não abandonaria o seu apoio ao fora da lei do governador.
    Quase ela me convencia que estava do nosso lado, mas ao confirmar seu apoio ao sacana, ela jogou um balde de lama em tudo que disse em defesa da categoria que ela tão bem representou em tempos passados.

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  10. Una palhaçada, alunos despolitizados levantando a bandeira do pré-sal, que nada mais é, se não preparação eleitoreira para Eduardo Campos. Gostaria de ver estes alunos mobilizando-se para melhorar pelo menos as condições físicas estruturais das escolas em que estudam.
    Já não se faz movimentos estudantis como antigamente!

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